terça-feira, 12 de dezembro de 2023

A vereda dos justos


“O caminho do justo é todo plano; tu retamente pesas o andar do justo.” Is 26:7

“O caminho do justo...”
embora, diante de Deus não exista um justo sequer, nas relações interpessoais, a bondade Divina chama de “justos” gente como Jó, Samuel, Noé, Daniel... que adotaram um proceder em equidade e verdade. Os convertidos da Nova Aliança são justificados, não obstante, precisem longo processo de santificação. “... porque, havendo os teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26:9

A “justiça” dos tais é uma disposição espiritual, uma índole direcionada à virtude, a qual, não podem praticar cabalmente, sem a ajuda Divina, do “Senhor Justiça Nossa”, Jesus Cristo; mesmo renascidos Nele, ajudados pelo Espírito Santo, ainda falham, carecem arrependimento e confissão.

Nesses, pela contínua disposição a aprender, os próprios erros da vida são professores; tendo comido dos frutos amargos das consequências, se fazem mais prudentes nos novos “plantios”; “a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4:18

Paulo chamou os dias de ignorância espiritual, de “noite”; os ensinos do Salvador de “armas da luz;” “A noite é passada, o dia é chegado. Rejeitemos as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.” Rom 13:12 A essas “armas” comparou com vestes. Não são para atacarmos algo, senão, o pecado; isso requer uma mudança no “ser”; como nos “vestimos”, evidencia a quais “inimigos” derrotamos.

“O caminho do justo é todo plano...” Plano, é uma alusão a ausência de “acidentes”; esses costumam acontecer, quando o giro da roda dos interesses, testa a veracidade de quem se comprometeu com outrem. Aquele que Deus reputa justo, o é, mesmo quando a justiça aponta armas contra ele; “... jura com dano seu, contudo, não muda.” Sal 15:4

Moveres efêmeros dos interesses não o dirigem; antes, uma escala de valores; uma capacitação recebida, para a prática da justiça; “Bem-aventurado o homem cuja força está em Ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84:5

Fortes Nele; nosso braço é incapaz diante de um adversário mais forte; “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17:5 O efeito colateral da autoconfiança; aparta do Senhor. Presumirmos que podemos sem Ele, apenas deixará nuas, nossa impotência e presunção.

“... Tu retamente pesas...” Uma balança pesar algo correto parece óbvio, trivial; contudo, muitos usavam pesos diferentes, enganosos, sempre “a favor” do dono da balança. “Peso e balança justos são do Senhor; obra Sua são os pesos da bolsa...Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o Seu prazer.” Prov 16;11 e 11:1

Sendo a balança, uma figura para a aferição do comportamento de alguém, os “pesos justos” também o são. Essas coisas estragadas pelo mau uso, que, “todos são iguais perante a lei”, “Pau que bate em Chico também bate em Francisco”, etc. falácias de gente hipócrita, nas conveniências torpes dos discursos vãos, Perante O Santo se verificam, deveras.

O Eterno nos dá o direito de escolhermos “os pesos” com os quais aferiremos a outrem; usa aos mesmos, quando for pesar-nos; “... Com a medida com que medirdes vos medirão...” Mc 4;24 “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, com a medida com que tiverdes medido vos medirão.” Mat 7:2

Eis o risco de fazermos mau uso do arbítrio! A severidade com que avaliamos a atitude de outrem, será a justa medida, quando nossa postura estiver em apreço.

“... pesas o andar do justo.” Por que esse cuidado com os reputados justos, invés de, com os outros de errados caminhos? Porque “... Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.” Mat 22:32

Acaso algum pai faria vistas grossas aos erros dos próprios filhos e seria zeloso com os erros dos filhos do vizinho? Pode existir um insano assim; mas, não O Pai dos Espíritos. Os que estão alienados Dele, inda estão espiritualmente mortos; com esses tenta falar via difusão do Evangelho, para que “passem da morte para a vida.”

O zelo do Eterno incide sobre os regenerados; esses são Dele, tomam sobre si O Nome do Santo. Ele retamente os “pesa”, não para castigá-los; antes, corrigi-los para que não se percam. “... não desprezes a correção do Senhor, não desmaies quando por Ele fores repreendido; porque O Senhor corrige ao que ama, açoita a qualquer que recebe por filho.” Heb 12:5,6

Agora os “justos” sofrem renúncias, são desafiados por caminhos estreitos; no dia do juízo veremos o porquê: “Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Ml 3:18

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