sábado, 14 de agosto de 2021

A Coragem das Crianças


“A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Se as crianças temem ao escuro pela incerteza, (vá saber o que ele esconde) os adultos temem à luz, por saberem bem o que ela mostraria. Pelo medo da condenação “abrigam-se” à margem dessa.

Como se, cegos se fizessem traidores de si mesmos. “O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Eles entendam o que a Luz, uma vez abraçada revelaria; por bem saberem disso e das implicações, evitam-na; o que recusam a entender é que sua obstinada escolha pelas trevas, malgrado, o “conforto” eventual, ruma à eterna perdição. Agem como se, não estivessem fugindo de uma decisão difícil e vital; enganam-se como se estivessem apenas adiando para um momento mais oportuno. Com um mínimo de honestidade saberiam que tal momento, jamais chegará.

Por isso, a mensagem de salvação sempre se apresenta urgente; “... Hoje, se ouvirdes Sua Voz, (de Deus) Não endureçais vossos corações ...” Heb 3;15

Ao saberem que a luz mostra-os como são, por gostarem de ser daquele modo e temerem a mudança que a mesma propõe, preferem a fuga.

Por isso, o primeiro desafio da Luz, para quem a desejar receber é “negue a si mesmo.” Se, o “eu mesmo” está acostumado ao escuro e é chamado, doravante, ao convívio com a luz, para não fazer feio precisa ser mudado de maneira tal, que é como se deixasse de existir. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?” Rom 6;3

Para Deus, os ímpios não passam de mortos-vivos; eles podem ouvir, decidir, andar, e são, mediante A Palavra, desafiados a uma mudança radical; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Esse ouvir que regenera e traz vida equivale a obedecer. O Adão fugitivo sai detrás da moita e é reconduzido à Bendita comunhão; se abrem, assim, seus olhos, pois, “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3;3

Se, o medo levou Adão a se esconder, a regeneração mediante Cristo refaz a confiança perdida; o que não podia nem se atreveria a se aproximar, temendo morrer, agora descobre que carece do Pai, para viver; “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; Os quais não nasceram do sangue, da vontade da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1;12 e 13

O primeiro homem, ao se esconder após pecar, evidenciou que, pecado e Luz são coisas excludentes. Luz espiritual, claro! Há tantos desavergonhados fazendo atrocidades à luz do sol.

Nosso espírito regenerado não é um lugar de se ocultar nada; antes, de se revelar ante O Criador; “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

Assim como, o painel de um veículo acende uma luz quando um componente qualquer deixa de funcionar, nossas consciências são o painel do Espírito Santo, onde nos adverte sempre que nos desviamos da Luz.

O andar na luz, tem reflexos horizontais e verticais segundo nos ensina João: “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

Notemos que a Luz nós é uma possibilidade; “... se andarmos ...” Nele É Parte do Seu Ser, Seu Habitat; “Na Luz Está.” Assim, resulta a conclusão que somos desafiados em Cristo, a andarmos em direção a Deus. Logo, tornar-se como crianças nos fará temer ao escuro, doravante, não à Luz, a qual passaremos a desejar.

Tendemos, como mostram as redes sociais, a exibir as maiores conquistas, os melhores eventos, os melhores ângulos para nossas fotos; os renascidos devem, em todas as noites tirar uma “selfie” com o Pai, onde, as imperfeições que necessariamente surgirão serão removidas pelo seu Photoshop, o perdão; desde que, tenham a honestidade necessária para expor perante Ele, e a integridade, para disso se arrependerem.

A mesma luz que expõe nossas falhas para devida correção, em tempo exporá também a arte-final quando essa for plasmada em nós; “Ele fará sobressair a tua justiça como a luz, o teu juízo como o meio-dia.” Sal 37;6

Como aparecerão na foto os que fizeram opção pelas trevas?

Nenhum comentário:

Postar um comentário