quarta-feira, 29 de março de 2023

Religiosidade vã


“O sacrifício dos ímpios já é abominação; quanto mais oferecendo-o com má intenção!” Prov 21;27

O caráter dos ofertantes, ímpios; e a intenção má. Não raro, a impiedade também se manifestava na qualidade do que seria sacrificado.

Malaquias denunciou uns que pecavam religiosamente, em seus dias: “Ofereceis sobre Meu altar pão imundo, e dizeis: Em que Te havemos profanado... Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? Quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? aceitará a tua pessoa? diz o Senhor dos Exércitos.” Mal 1;7 e 8

Então, o caráter do ofertante, a intenção da oferta, bem como, a qualidade da mesma eram aspectos relevantes.

Porém, vivemos nos dias da Nova Aliança, isso não tem a ver conosco; será? “Jesus Cristo é O Mesmo, ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8 Aquilo que é errado diante Dele, o é, em qualquer tempo.

O que mudou entre um e outro pactos, é que, após O Sacrifício Perfeito e Eterno de Cristo, já não há espaço nem necessidade de outro. “... porque permanece eternamente tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” Heb 7;24 e 25

O ministério dos “sacerdotes” que anunciam Cristo, foi figurado como se, estivessem aplicando sobre as pessoas, a eficácia do Seu Sangue, oferecido de uma vez por todas. Pedro, escrevendo aos judeus crentes, na dispersão, os chamou de “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para obediência e aspersão do Sangue de Jesus Cristo...” I Ped 1;2

Santificação pelo Espírito, “obediência”, depois, convidar outros a entrarem na Nova Aliança, “aspergindo o Sangue de Cristo.”

Quando reiteramos nossos pecados, não carecemos sacrificar outro animal, como na Antiga Aliança. Nosso arrependimento e confissão ao Senhor, evocam outra vez, a eficácia do Redentor, se, nosso ato contrito é sincero. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, O Justo.” I Jo 2;1

Impiedade, má intenção ou sacrifício defeituoso eram motivos para rejeição; na Nova Aliança, ainda é assim. A graça não tornou as coisas mais fáceis, “apenas” fez possível o que, antes dela não era.

Da má intenção quando alguém ora, por exemplo, Tiago advertiu que dará em nada; “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites.” Tg 4;3 O Salvador ensinara qual deve ser a prioridade dos Seus: “buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Quando os samaritanos rejeitaram a Jesus, mesmo os que andavam com Ele se deixaram seduzir por um mau intento; “Seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias fez?” Luc 9;54

Nos dias de Elias o rei mandara soldados para que o “buscassem”, o que significava, prender; Jesus, apenas não fora aceito; eram momentos e circunstâncias distintas, no prisma da Vontade Divina. “... Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las...” Luc 9;55 e 56 Muitas vezes, a ignorância acerca do querer de Deus “patrocina” maus passos.

Quanto aos ímpios, mesmo que façam muitos milagres no Nome do Senhor, sua sorte não mudará; “... Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;23

Esses que enganam com pretensos dons, manipulações e profetadas, estão enganados pelo inimigo, que os convenceu que isso é esperteza. “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.” II Tim 3;13

A “prosperidade dos ímpios” não resiste a um breve escrutínio da luz. “Até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles. Certamente Tu os puseste em lugares escorregadios; Tu os lanças em destruição.” Sal 73;17 e 18

Sacrifícios defeituosos são possíveis ainda, embora, o de Cristo seja Perfeito, Eficaz e Eterno. Quando, os maus motivos ou a impiedade ainda se abrigam naqueles que invocam ao Santo Nome, invés da “Aspersão do Sangue de Cristo”, como ilustrou Pedro, ocorre, a profanação do Mesmo, por gente que ignora a distância que deve separar o santo do profano. “... o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Enfim, o sacrifício aceitável proposto é: “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional.” Rom 12;1

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