terça-feira, 1 de novembro de 2022

Pena de morte


“Não recebereis resgate pela vida do homicida... certamente morrerá.” Nm 35;31

Crimes culposos, acidentais, teriam escape para o envolvido, nas cidades de refúgio. Outros, menores, poderiam ser regatados com indenização correspondente; porém, o homicídio deveria ser punido com pena de morte.

“Todo aquele que matar alguma pessoa, conforme depoimento de testemunhas, será morto; mas uma só testemunha não testemunhará contra alguém, para que morra.” v 30

O refugiado não poderia burlar a pena; ficaria retido nela até a morte do Sumo Sacerdote, não cabia resgate, atenuante. “Não tomareis resgate por aquele que se acolher à sua cidade de refúgio, para tornar a habitar na terra, até à morte do sumo sacerdote.” v 32 A Lei de Deus não comportava jeitinhos nem burlas.

A vida é algo solene, sério, inegociável. Quem a menospreza, afronta ao Criador; Ele Reserva a Si o direito de dispor dela. “Vede agora que Eu, Eu o Sou; mais nenhum deus há além de Mim; Eu mato, e Faço viver; Eu Firo, e Saro; ninguém há que escape da Minha Mão.” Deut 32;39

Nosso chamamento é ao amor, ao perdão, deixando a vingança com Ele.

Alguém cantou: “Consideramos justas todas as formas de amor”; como se houvesse mais do que uma.

O que muitos sem noção chamam de diversidade do amor, não passa de um mosaico de perversidades, anomalias biológicas e comportamentais, cujos agentes, cientes da feiura disso tentam minimizar usando o verniz do amor. Uma coruja tingida de verde não se faz papagaio.

Os gregos usam três palavras; Eros, Phileo e Ágape, como facetas do amor. A primeira refere-se à atração física, sexual, não vai além disso; Phileo tem a ver com amizade, identidade de valores e gostos, mais do que, amor propriamente dito. Esse é o Ágape, excede atração física, supera a identificação psicológica, chegando às razões do espírito. “O amor é sofredor, benigno; não é invejoso; não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas com a verdade...” I Cor 13;4 a 6

A verdade tem sido odiada numa sociedade apodrecida, que não tolera o pensamento dissidente, acusando outros de intolerância; odeia à liberdade alheia, e denuncia supostos “discursos de ódio”, os quais fazendo, diuturnamente, ao eventual triunfo desses, presto diz que “o amor venceu”; outra coruja verde papagaiando.

O Eterno considera injusta, criminosa a iniciativa de matar; isso inclui violência, omissão, corrupção que desvia recursos necessários à vida, aborto, falso testemunho contra a vida de alguém, cumplicidade com quem defende métodos de matar... Sim, um testemunho falso pode matar; “A morte e a vida estão no poder da língua; aquele que a ama comerá do seu fruto.” Prov 18;21

Acontece que, isonomia é algo que A Justiça de Deus preserva, de modo a incidir sobre nós o que achamos justo sobre terceiros. “Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei, também.” Luc 6;31

Por isso, o conselho para que sejamos sóbrios, cuidadosos em nossas aprovações. “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não condena a si mesmo naquilo que aprova.” Rom 14;22

Mas, e as palavras duras que falo contra corruptos, ladrões e assassinos? As mesmas coisas que lhes digo valerão contra mim, se, eventualmente eu passar a agir como eles. Deus não tem favoritos “à priori”; apenas, posturas que aprova, outras que não; “Meus Olhos buscarão os fiéis da terra, para que se assentem Comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

São nossas escolhas, viciosas ou virtuosas que determinarão onde acabaremos nossos dias, a despeito das consequências temporais que possam nos assolar; “Portanto comerão do fruto do seu caminho, fartar-se-ão dos seus próprios conselhos. Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;31 a 33

A pena de morte segue valendo? Sim. Deus não a está aplicando por tentar ainda a salvação espiritual; sem essa, todos já estão mortos embora, a execução esteja aguardando a fila andar.

O Salvador ensina: “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me Enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

O fato de a existência dos mortos seguir vigente, invés de ser usada para esse bendito escape rumo à vida, na maioria tem sido para aumentar a própria pena; “Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5

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