domingo, 26 de outubro de 2025
Obras abandonadas
“Este homem começou edificar e não pôde acabar.” Luc 14;30
O Salvador realçou a importância das renúncias em perseverança; usou a edificação de uma torre como figura. Abandonar a vereda da salvação equivale a ter começado uma obra, sem acabá-la.
Se, para uma torre, literalmente, o risco seria a falta de materiais, na edificação da salvação, eventualmente, é o que “sobra” que atrapalha; os maus hábitos que não conseguimos “crucificar”.
Homens dúbios querem o Céu, sem renunciar à Terra. Tiago foi categórico sobre isso: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Tg 4;7 e 8
Na parábola do semeador, O Salvador advertiu sobre os espinhos; “O que foi semeado entre espinhos é o que ouve a Palavra, mas os cuidados deste mundo, a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera;” Mat 13;22
O Senhor concluiu o Seu ensino com a seguinte advertência: “... qualquer de vós, que não renuncia tudo quanto tem, não pode ser Meu discípulo.” V 33 Quanto maiores as renúncias, mais “matéria prima” teremos.
O Senhor assevera que ficarão de fora os tímidos; (Apoc 21;8) não se refere à timidez como traço de personalidade; a que faz alguém mais retraído. Antes, alude aos que deixam de perseverar resolutos, nos momentos que são desafiados a sofrer por Cristo. Se, o barco da fé singra em remansos, festeiros seguem, os superficiais; mas, quando uma nuance do “opróbrio de Cristo” testa-os, presto fogem; esses são os tímidos que serão excluídos. Seus melindrosos excessos de amor próprio tolhem que manifestem amor pelo Salvador.
A fé sadia tem um quê de loucura, capaz de arrostar tempestades. Nem tanto pela nossa fibra, por termos uma têmpera superior; antes, por saber em quem cremos, como disse Paulo. Nele confiarmos sem reservas.
Pode patrocinar ousadias como a dos jovens ameaçados com a fornalha em Babilônia; “Nosso Deus a quem servimos pode nos livrar; se não, fica sabendo, ó Rei, que não nos curvaremos aos teus ídolos.” Dn 3;17 e 18 Como os cristão nigerianos, que, perdem as vidas fiéis ao Senhor; ou, ainda como a declaração de Jó; “Ainda que me mate, Nele esperarei...” Jó 13;15
Sempre que houver impedimentos no curso da Obra Santa em nós, invés de cogitar obstáculos alhures, olhemos no espelho e veremos o culpado. Do ponto-de-vista Divino, não há interrupções; “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra, aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6
A bem da verdade, quem começa a “obra” e depois a abandona, se torna pior do que, se nem tivesse começado. Pois, ao dizer-se de Cristo, anexa seu nome ao Dele. Sempre há o risco que isso se mostre vão. Caso escandalize, tal pecado, além do seu peso natural, ainda trará consigo a profanação, por macular ao Santo, ao qual dissera pertencer.
Pedro andou nessas pisadas, quando falou dos profanos; “Porque melhor seria não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado;” II Ped 2;21
Esses mortos com aparências de vivos, não param de frequentar ambientes santos, tampouco, se deixam contagiar por eles; a uns assim, foi dito: “... Conheço tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.” Is 3;1
Isaías advertiu sobre os resistentes ao contágio da virtude: “Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende a justiça; até na terra da retidão ele pratica a iniquidade; não atenta para a Majestade do Senhor.” Is 26;10
Nos ambientes onde a retidão é ensinada, esses permanecem acoroçoando suas tortuosas inclinações; “... nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco; tendo os olhos cheios de adultério, não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição; os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça;” II Ped 2;13 a 15
Spurgeon dizia: “Ninguém é obrigado a se declarar cristão; mas, se o fizer, diga e se garanta.” Não seja tímido, covarde; honre sua escolha ao preço que for necessário.
O mesmo Pedro que depreciou aos de tais comportamentos, usou uma figura poderosa para mostrar o real significado do seu proceder; “Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito; a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;22
Embora alguns esposem que os “eleitos” jamais se perderão, a Palavra do Senhor é categórica: “Aquele que perseverar até ao fim será salvo.” Mat 24;13
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