“Por que saltais, ó montes elevados? Este é o monte que Deus desejou para Sua habitação; O Senhor habitará nele eternamente." Sal 68;16
Simples entender que, “montes” aqui, é figura se referindo a governantes. Têm qualidades humanas. Saltam. O texto deixa implícito o motivo; em demanda do monte de Sião, onde está Jerusalém.
Qualquer semelhança com a geopolítica atual, onde, a capital israelense é desejada por muitos, não é coincidência; é cumprimento profético.
Isaías figurou as lideranças espirituais dos dias do Senhor, como montes que seriam aplanados. Isto é; colocados semelhantes aos lugares baixos, significando que receberiam o mesmo chamado ao arrependimento, que os rejeitados da sociedade. Os “vales”, prostitutas e publicanos, os baixos naqueles dias, teriam a mesma chance que os montes.
Até se avantajaram; O Salvador observou: “... Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes, mas publicanos e meretrizes creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crer.” Mat 21;31 e 32
“Todo o vale será exaltado; todo monte e todo outeiro será abatido...” Is 40;4 os líderes religiosos se revelaram “montanhosos” demais, para se colocar ao mesmo nível dos outros pecadores; seu orgulho lhes fechou a porta.
Esse é, certamente, o maior “inconveniente” da doutrina de Cristo; não reconhece aos montes sociais; antes, tem especial afeto pelos pequenos; “Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar às que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 28 e 29
Esse nivelamento no raso tolhe aos orgulhosos, porque os coloca ao lado dos que eles desprezam.
Ezequiel também falou aos “montes” nos dias do seu ministério; “Montes de Israel, ouvi a Palavra do Senhor.” Ez 36;1 Tanto eram os montes literais, lugares onde eles cultuavam ídolos, quanto, os líderes, culpados pela apostasia.
Quando as pessoas pensam na “fé que remove montanhas” costumam promover seus problemas cotidianos, pequenos punhados de terra, ao status de grandezas. Muitos, não obtendo resposta se afastam ofendidos dizendo que a Palavra não se cumpre.
Não que O Eterno não possa remover isso. Mas, muitas vezes permite que pequenos incômodos concorram, quando pode usá-los para nosso aperfeiçoamento. Davi escreveu: “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse Teus estatutos.” Sal 119;71
As melhores lições que nossas almas recebem são nela gravadas em baixo relevo; digo, são em momentos de dor, privações. “Melhor é ir à casa onde há luto, que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens; os vivos o aplicam ao seu coração. Melhor é a mágoa que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Ecl 7;2 e 3
Muitas vezes, nossas perdas são disfarces de ganhos; bens de valor eterno sendo forjados nas intempéries efêmeras que O Santo permite que nos toquem. Nossa finitude tende a inflacionar as coisas como se, minúcias efêmeras fossem uma cordilheira. Esses montes de enganos também, uma fé sadia no Senhor se encarrega de remover.
Se, nosso ego usurpador e doentio pretender reinar em lugar do Senhor, Certamente esse é o primeiro “monte” a dar trabalho para a fé, quando ela for veraz. “negue a si mesmo”. “... Ele remove reis e estabelece os reis; dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com Ele mora a luz.” Dn 2;21 e 22
Se, aos montes apreciados é possível saltar, desejar, se entristecer, prerrogativas humanas, os que são edificados de modo a desenvolver confiança irrestrita no Senhor, não hão de mudar por nada, quaisquer que sejam as circunstâncias pelas quais sua fé deva passar; evidenciarão uma qualidade dos montes reais, cuja perenidade é notória; “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Sal 125;1
Todavia, o “monte” governante que escolhe a impiedade como modo de atuar, no tempo do juízo deixará de ser; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade.” v 3
Para sua perda, todos os “montes” da terra se unirão; “Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra O Senhor e contra Seu Ungido...” Sal 2;2 “Eu, porém, ungi meu Rei sobre o meu santo monte de Sião.” V 6
Daniel completa a figura do fim dos governos ímpios e o reino global de Cristo; “... a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, encheu toda a terra.” Dn 2;35
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