quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Os deformadores


“Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti.” Is 26;3

Elementar, um cristão dizer que confia sem reservas no Senhor. “Se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar a Si mesmo.” II Tim 2;13

Porém, se, seduzidos por sutilezas malignas, negligenciamos à necessária vigilância e albergamos em nossa “teologia”, desvios espúrios, desconfiamos. Incorremos numa traição mais por sonolência irresponsável, que, por perfídia.

A confiança não pode ser meramente formal; antes, deve ser essencial. Dizer que Ele "É O mesmo ontem, hoje e eternamente” Heb 13;8 e aceitar nos lugares onde Sua Doutrina é ensinada, inovações que a contradizem, destoa. Não É Ele, suficiente?

Um dos “pecados” que mais incomodam aos modernistas é a dita religiosidade. Rótulo pretensamente danoso, que colam nos que se ocupam em manter a firmeza doutrinária, sem compactuar com certas mudanças.

Lutero é tido como o grande reformador. A rigor, ele não reformou nada. Apenas desafiou a igreja a voltar para A Palavra de Deus. Os que dela se afastaram, foi que se fizeram deformadores. Sua proposta ortodoxa causou grande abalo, por causa da distância que se tinham afastado os pretensos expoentes de Cristo. Quando o original se torna revolucionário é porque a apostasia foi normalizada.

Quando, os herdeiros da aversão a Lutero escrevem suas diatribes, evitam abordar as teses propostas e se ocupam em difamar ao “herege”; na falta de condições de demonstrar supostos erros, basta que, o desqualifiquem como rebelde e pronto. Para esses, ser fiel ao “papa” mesmo fora das Escrituras importava mais que ser fiel ao Senhor e Suas Palavras. Ainda é assim, vergonhosamente.

Os deformadores da atualidade se igualam em relação aos que decidiram acusar de “religiosidade”; sua fidelidade inegociável incomoda, a quem decidiu ser infiel. A incapacidade de demonstrar erros doutrinários, outra vez, leva a atacar pessoas invés de contra argumentar, aos ensinos. “Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8

Quando, sair fora da casinha se torna o “novo normal”, os que decidem permanecer, incomodam pelas suas monótonas anomalias. Anunciar paz quando a mesma não havia foi o labor preferido dos falsos profetas; ver, Jr 6;14, Ez 13;10 etc. Igualmente hoje, muitos “Coachs” enchem de promessas de bênçãos e Divinos cuidados, aos que ainda estão em guerra contra Deus, pela resiliência no pecado.

Antes de assimilada e aceita a Justiça de Cristo, e reconhecimento arrependido das nossas injustiças, não há paz; “O efeito da justiça será paz,..” Is 32;17 “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Estar errado, eventualmente, pode acontecer com qualquer um, dada a humana imperfeição; porém, recrudescer no erro, e a atacar aos que permanecem centrados no que sempre se ensinou e viveu, é uma temeridade mui grave. Acaso não foi essa disposição mental e espiritual, que levou fariseus e saduceus a pedirem aos romanos a morte do Senhor?

Tais agem como se, o filho pródigo, tendo desperdiçado tudo, perdido “amigos” e estando entre porcos, invés de reconhecer seu erro e voltar ao pai, arrependido, decidisse partir para a difamação do seu velho, e do irmão que permanecera leal. Assim se sentiria “justificado” em suas danosas escolhas.

Assim fazem os deformados, que, tendo deixado a “simplicidade que há em Cristo”, desperdiçaram nos bordéis das conveniências mundanas, os tesouros da Sã Doutrina; passam a menosprezar os que não fazem o mesmo.

Se, as mentes dos tais não estão confortáveis com suas escolhas, não serão, essas, testemunhas contra eles nos tribunais das próprias consciências? “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti.”

“Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; as suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21

Enfim, erram os coachs das motivações amorais e das promessas incondicionais, feitas a gente inconsequente que busca reles motivação mesmo carecendo de salvação; erram também os teólogos liberais, excessivamente “inclusivos” fazendo parecer que o Divino Amor ama aos homens antes de amar à justiça.

Quem segue firme em Cristo fatalmente será perseguido, pelo canhoto, pelo mundo e pelos falsos cristãos; não terá paz com esses, por motivos alheios à sua vontade.

Essa “guerra” será o mais eloquente testemunho que está em paz com O Senhor. “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e mentindo, disserem todo o mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;11 e 12

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