sexta-feira, 23 de junho de 2023

Mais que o ouro


“Os castiçais com suas lâmpadas de ouro finíssimo, para as acenderem segundo o costume, perante o oráculo. As flores, as lâmpadas e os espevitadores eram de ouro, do mais finíssimo ouro. Como também os apagadores, bacias, colheres e incensários, de ouro finíssimo; quanto à entrada da casa, suas portas de dentro do lugar santíssimo, e as da casa do templo, eram de ouro.” II Crôn 4;20 a 22

Utensílios pertinentes ao culto no Antigo Testamento, mesmo os para funções mais simples, eram todos de ouro refinado.

Aqueles dias com seus móveis, utensílios preciosos e ritos, apontavam para outros dias no porvir. “Porque tendo a Lei à sombra dos bens futuros, não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferece cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.” Heb 10;1 Uma sombra de bens, então, futuros; agora, cumpridos em Cristo.

A repetição sistemática dos rituais era um testemunho, de que o problema do pecado permanecia em pé. “Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo.” Heb 9;8

Apesar de toda a santidade requerida, da preciosidade dos objetos do culto de então, ainda era mera sombra do que estava por vir. “Mas, vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por Seu Próprio Sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” Heb 9;11 e 12

A “purificação” daqueles dias era como que um cheque pré-datado, que O Próprio Deus assinava, a espera do que, depositaria a devida quantia; “Porque é impossível que o sangue dos touros e bodes tire pecados.” Heb 10;4

A remissão dos ofertantes era exterior, “segundo a carne”; a de Cristo toca consciências; “Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo?” Heb 9;13 e 14

A mera repetição de “arrependimentos” que não logram transformar nossa vida, nos lança na mesmice daqueles dias, quando, O Espírito Santo ainda não fora dado aos arrependidos. “Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, (sacrifícios) porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados.” Heb 10;2 e 3

Nosso comprometimento com Cristo deve ser intenso profundo; de modo a nos identificarmos cabalmente, Nele; “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?” Rom 6;3

Então, o viver relapso, a volta ao lixo depois de havermos sido libertos é considerado como “repetir” para si o Sacrifício do Salvador. “... pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, O expõem ao vitupério.” Heb 6;6

Infelizmente, o ouro compra quase tudo aqui; até coisas que o dinheiro não deveria. Antes de nos impressionarmos com a pompa do templo antigo, suas riquezas, pois, devemos meditar, “Sabendo que, não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas, com o Precioso Sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado, incontaminado.” I Ped 1;18 e 19

Nos impressiona o precioso; na escala de valores dos Céus, o Amor está no topo; “Ninguém tem maior amor do que este, dar alguém sua vida pelos seus amigos.” Jo 15;13 A fé também se avantaja ao metal amarelo; “Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, honra e glória, na revelação de Jesus Cristo.” I Ped 1;7

Nossa identificação com Cristo em Sua renúncia, fidelidade e obediência, transfere parte do Seu inefável valor, aos regenerados Nele, Deus diz: “Farei que o homem seja mais precioso que o ouro puro, mais raro do que o ouro fino de Ofir.” Is 13;12

Não se trata de encontrar o que há de bom em nós; antes, de remover o que há de ruim, para que Suas virtudes brilhem através do nosso viver. “... Porque Ele será como o fogo do ourives como o sabão dos lavandeiros. Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata... os refinará como ouro... então ao Senhor trarão oferta em justiça.” Mal 3;2 e 3

A fé genuína nos torna agradáveis a Deus; obtido isso, quem precisa de ouro?

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