quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Envenenando o pão

“Quem guarda o mandamento não experimenta nenhum mal; e o coração do sábio conhece o tempo e o modo.” Ecl 8;5

Que as coisas tenham tempo e modo propício é pacífico; até a sabedoria popular versa; “O apressado come cru” (antes do tempo); ou, “colocar os pés pelas mãos”, (agir de modo errado).

A Palavra de Deus ensina: “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do céu.” Ecl 3;1 Sobre modo há muitos ensinos; vejamos um exemplo: “Vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como convém responder a cada um.” Col 4;6

Se, como dizia Spurgeon, “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar”, por outro lado, “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” Prov 25;11 O “lugar” das palavras tem mais a ver com o tempo oportuno, que, com uma localidade qualquer.

A falsidade para posar de verossímil (ter aparência de verdadeira) sempre usa alguma porção de verdade em seu desfile; uma mexidinha no tempo, no modo, ou mesmo no contexto; o que era pão pode se tornar veneno. Acaso Satanás não tentou ao Senhor usando trechos das Escrituras?

Em todos os aspectos da vida, temos que lidar com os dois lados da moeda; verdade e mentira. O homem público probo sofre a antítese do corrupto; os filósofos eram combatidos pelos sofistas; os ministros idôneos da Palavra de Deus, o são pelos falsos profetas, etc.

Dizer que Deus ama a todos, de todas etnias, crenças, porque Ele É Amor, está correto; é isso mesmo. 

Daí concluir que todos os credos, por dissonantes que sejam entre si, e sobretudo com A Palavra de Deus estão certos, ou são válidos, é dar o assento da justiça ao amor, isso estraga os dois.

A universalidade do Amor Divino O faz desejar a salvação de todos; movido por esse desejo, O Eterno mandou oferecer igual oportunidade; “Pregai O Evangelho a toda criatura.”

Como é da natureza do amor, não impõe, convida e respeita a escolha do convidado; advertir da consequência das opções não é impor nada; é um derivado do amor; um demonstrativo inteligível, lógico, para o motivo das restrições de agora. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Desse modo, usar a parábola do Samaritano, onde religiosos agiram com indiferença, e um estrangeiro com amor, para validar todos os credos como tentam os ecumenistas, invés de interpretar um texto Bíblico com uma hermenêutica sadia, o estão pervertendo, forçando-o a dizer o que não diz.

O que se demonstra ali é o que Tiago expressou depois, que a “Fé sem obras é morta”; religiosos indiferentes à dor do próximo espiritualmente são mortos. 

O estrangeiro desconhecido que se compadeceu e socorreu, fez a coisa a certa; isso não significa que, cresse ele em qualquer ensino ou adorasse a um ídolo vulgar e estaria certo porque, naquele caso especial fez o que deveria.

Outra vez o amor tomaria o lugar da justiça; Deus é zeloso quanto a ela; “Eu sou o Senhor; este é Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu Louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Portanto, o que ensina aquela passagem é a inutilidade da “fé” que não molda um agir coerente; jamais, a salvação mediante boas obras ou validação de doutrinas espúrias.

Aliás, havia um romano que fazia muitas boas obras e orava a Deus; O que O Santo fez? Disse que ele estava salvo por agir assim? Dirigiu-o ao encontro da mensagem de salvação. Ele era “Piedoso, temente a Deus, com toda sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e contínuo orava a Deus.” Atos 10;2

Com esses predicados todos, Cornélio precisou ouvir O Evangelho mediante Pedro para salvação; “Agora, pois, envia homens a Jope, manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro... Ele te dirá o que deves fazer.” Vs 5 e 6

Socorrer um estranho em dificuldade, grande coisa! A Palavra manda amar aos inimigos.

Porém é só o conhecimento prático da Verdade que liberta; e A Verdade é Jesus. Fora disso é engano, erro, fraude; depende das motivação do trevoso da vez. Não importa que seja o Papa.

O Eterno não mudou nem muda, diz: “... Pois não há outro Deus senão Eu; Deus justo e Salvador não há além de Mim. Olhai para Mim, e sereis salvos; todos os termos da terra; porque Eu sou Deus, não há outro.” Is 45;21 e 22

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