sábado, 1 de agosto de 2020

Fogo no Circo


“Desde o princípio do mundo nunca se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença. Se este não fosse de Deus, nada poderia fazer.” Jo 9;32 e 33

Irretocável a lógica do ex cego que, curado, para desespero do “Mecanismo” de então, via duas vezes; as coisas circunstantes, e O Ser de Jesus que o sarara.

Reconhecer perante as lideranças que, um “Rebelde não alinhado” como Jesus, procedia de Deus era uma afronta. Por certo já começavam a pensar num “Adélio Bispo”. Quando da ressurreição de Lázaro não tiveram dúvidas; era preciso livrar-se da “ameaça”.

Luz, de nenhum tipo, física ou espiritual, sai da fábrica do Capeta; seu trabalho é diametralmente oposto. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo...” II Cor 4;4

Como atua, para cegar às pessoas para a verdade? Desde os dias do Império Romano se dizia que dando pão e circo ao povo ele estará dominado, não questionará as coisas e viverá sua servidão sossegado.

Desgraçadamente é assim. Embora, para tentações “especiais” em que o alvo seja maior, como Adão e Cristo, ele tenha oferecido ao primeiro divinização; o poder; (sereis como Deus) ao Segundo um domínio global (tudo isso te darei se prostrado me adorares), para o homem comum, abastecido o ventre e drogada a alma com alguma sorte de circo, ele dormirá sossegado entre os mortos.

Paulo sofreu com esses; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, repito chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, cuja glória é para confusão deles...” Fp 3;18 e 19

Um do efeitos colaterais, “positivos” do famigerado vírus que grassa é que o circo fechou. Digo; grandes espetáculos, futebol, fórmula 1, shows, etc. Pelas aglomerações óbvias que ensejariam pararam de acontecer, pelo menos, com concurso de público.

Mesmo o pão, em muitos casos, por consequência de atitudes desastradas de governantes ineptos, ou mal intencionados, também começa a faltar e o desemprego assusta. Um cenário que outrora permitia sonhar com progresso, agora se reveste do mero desafio pela sobrevivência.

Desesperado com a possibilidade das pessoas, finalmente se esforçaram um tiquinho pelo que, deveras interessa, salvação da alma, o “dono do circo” rebusca-se de espetáculos pretéritos, grandes feitos de pilotos, músicos, atletas do passado, para tentar requentar às almas viciadas, para que essas não “corram o risco” de se voltarem para O Criador. A fábrica de cultura inútil, então, nunca esteve tão produtiva.

Para muitos o “Vale à pena ver de novo”, forma em que se apresenta o vale à pena seguir morto, consegue sanar parcialmente a crise de abstinência.

Contudo, almas viciadas tendem ao vício outra vez; mesmo em casos graves como o atual, seus anseios são por mais do mesmo, não por “fecharem para balanço” por um pouco e pensarem seriamente sobre os caminhos por onde têm andado. São como o bêbado citado nos provérbios; “Dirás: Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.” Prov 23;35

Em muitos casos, burlam leis e fazem seus ajuntamentos clandestinos deixando patente que têm mais sede de morte, que de vida.

Pois, abraçar à Vida requer o abandono de coisas a que se recusam; todavia, aos que ousam tal passo, com vírus ou sem, recebem uma segurança que extrapola à vida e uma paz interior que desafia às circunstâncias adversas. “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte d’água que salta para a vida eterna.” Jo 4;14

Nessa reta final da saga Divino-humana O Salvador segue deixando patente Seu Amor, no convite à vida que reiteradamente faz; “O Espírito e a esposa dizem: Vem. Quem ouve, diga: Vem. Quem tem sede, venha; quem quiser, tome de graça da Água da Vida.” Apoc 22;17

Infelizmente, quem levou uma vida toda drogado pelo vinho das paixões, não vê um apelo desejável num convite à água; “... não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para Ele, não havia boa aparência Nele, para que o desejássemos.” Is 53;2

Não disse Isaías que Ele era feio; mas, que as pessoas não viam Sua Beleza; Quem se acostumou com o caminho largo como conceito de beleza, achará sem graça a “Vereda estreita”.

Diz o adágio que o pior cego é o cego voluntário; como curaria, O Senhor, alguém que recusa-se a admitir sua doença?

“Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

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