sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

A rejeição ao Caminho


“Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim, são caminhos da morte.” Prov 14;12

Diferente de Deus escrevendo certo por linhas tortas, temos o homem andando por linhas tortas, presumindo que são retas.

O problema de determinado caminho me parecer direito, nem é o caminho em si; antes, minha presunção doentia, aconselhada pelo inimigo, que poderia atuar autônomo, alienado do Criador. “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.” O mau caminho não é a causa do erro, antes, consequência de colocarmos o ego em lugar do Senhor; o erro capital.

Sendo o valor de um caminho conhecido no fim, seria necessária certa presciência, para sabermos aonde cada um leva. Pois, chagado ao fim, não haverá escolhas, só a ceifa devida.

Como a faculdade de antever não reside em humanos, nossa presumida sabedoria é só uma miragem a nos trair enquanto erramos, no deserto da ausência de Deus.

Por isso o ensino: “Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Se, aos servos Ele endireita as veredas, necessária a conclusão que, os que confiam em si mesmos entortam.

A rejeição à Palavra passou de, não concordar ao ouvi-la, a nem querer ouvir, vetar sua voz. Mesmo nas igrejas, em muitas delas, grassam “profetas” de “vitórias” “chaves” disso ou daquilo, adivinhadores de CPFs, e vetam homens da Palavra que instruem segundo Deus, sem manipular emoções, apenas buscando iluminar.

Parece direito acreditar em suas alegres mentiras, como um drogado que traga ou, inocula seu veneno, e passado o efeito sai em busca de mais; não importa que as “profecias” não se cumpram; seguem crédulos atrás desses salafrários, traindo a si mesmos, na ilusão de que um dia a coisa “dará certo”.

A principal razão para a rejeição ao Salvador foi não ter se enquadrado no modelo religioso vigente; ainda hoje não se enquadra em muito do se faz em “Seu Nome”; ainda é rejeitado, por trazer estritamente, Sua Palavra, sem artifícios nem alegorias rasteiras que o homem tanto gosta.

Um profeta autêntico é, antes de tudo, alguém que denuncia o erro; “Não mandei esses profetas, contudo foram correndo; não lhes falei, porém, profetizaram. Mas, estivessem no Meu Conselho, então teriam feito Meu povo ouvir Minhas palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23;21 e 22 

Assim, se um profeta falando segundo Deus tende a denunciar erros, confrontar à maldade, um ímpio religioso manterá “distância segura” dele, cercando-se, antes, dessas “caixas de promessas” ambulantes, que adulam aos maus por interesses.

Religiosidade oca, sem obediência apenas aumenta a culpa; “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar Meus Estatutos e tomar a Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças as Minhas Palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, e Me Calei; pensavas que era tal como tu, mas te arguirei e as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;16 a 21

O Salvador ensinou a possiblidade de se edificar sobre a Rocha e sobre a areia. A diferença entra as edificações seria notada em horas tempestuosas. Assim são os que estão edificados na Palavra, a ela obedecem, e segundo ela, vivem; as provações, por duras que sejam não os derrubam. Os demais, malgrado eventual religiosidade, seguem escolhendo a maldição, por colocarem o homem em lugar de Deus; primeiro, escolhendo suas predileções doentias à sã doutrina; depois escolhendo “ministros” que servem seus “manjares” favoritos em detrimento dos servos de Deus.

A Palavra é categórica: “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem...” Jr 17;5 e 6

Claro que é mais fácil acreditar em promessas mirabolantes e incondicionais que alinhar nossa viver ao prumo da Palavra; mas, se O Salvador nos desafiou a tomarmos uma cruz, quem disse que Ele nos chamou a um caminho fácil?

Bijuterias até fazem figura ante incautos; mas O Santo Ourives prova os metais; “assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão oferta em justiça.” Ml 3;3

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