sexta-feira, 20 de maio de 2022

O Sonho do Faraó


“Que voz de grande júbilo é esta, no arraial dos hebreus? Então souberam que a Arca do Senhor era vinda ao arraial.” I Sam 4;6

Ao sinal visível da “presença de Deus”, os hebreus fizeram grande barulho comemorativo, de modo a ser ouvido até no acampamento inimigo. Embora, aos olhos mais simplórios isso pareça uma demonstração de fé, a rigor, não é.

Os clamores e “confiança” manifestos apenas em momentos de urgência, dificuldade, tem seu consórcio mais com a esperteza, que outra coisa. A fé verdadeira se alinha ao Eterno quando tudo está bem; e, nas horas difíceis, pode descansar Nele. Devemos reparar o telhado em dias de sol, não quando está chovendo.

Aquilo que precisa de uma “segunda opinião” das vistas, não é fé; quando muito, autoengano, temeridade. A idolatria dos que têm fé nos seus “santos”, também é uma doença do mesmo calibre.

Se “a fé vem pelo ouvir, e ouvir da Palavra de Deus”, ainda, “é o firme fundamento das coisas que não se veem”, os olhos não têm parte com ela. Por isso a advertência do Senhor a Tomé: “Porque me vistes, Tomé, crestes; bem aventurados os que não viram e creram.”

Pra alguns, a fé é cega. Entretanto, ela pode “ver” a vida que transcende aos sentidos. Não é algo deficiente das pernas que precise de muletas para andar com dificuldade; antes, uma firmeza tal, que mesmo às circunstâncias mais adversas, inda prevalece confiante. “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Essa doença humana da incredulidade, cujas vistas se esforçam pra disfarçar os sintomas, tem sido explorada de modo absurdo, por toda sorte de falsários. O fetichismo que grassa nas igrejas, nada mais é do que isso: Oferecer uma muleta à descrença, para que essa se apoie nesse pretenso símbolo de fé, que, se existisse deveras, não careceria, tais espantalhos.

Não bastassem as “rosas ungidas”, sal, toalhinhas, fronhas, lâmpadas, e o diabo a quatro, “terra de Israel”, muitas dessas guarnições de aves de rapina, também trazem uma réplica da Arca da Aliança, para saciar a fome das vistas, de uma geração que se recusa a crer.

Quem conhece À Palavra e está atento aos tempos vividos, se vê repleto de sinais, que testificam a veracidade das profecias, bem como, a urgência de salvação, para os que ainda a desconhecem.

Porém, o problema maior é que os fetichistas da vez, acoroçoados por mensagens mercenárias de falsos profetas não têm a salvação como horizonte, quando frequentam tais ambientes. O alvo sempre é um “upgrade” financeiro, emocional, quiçá, uma cura.

Tomar o “Jugo de Jesus” e renunciar a si mesmo para salvação, seria esperar demais, sobretudo, porque as mensagens que ouvem não apontam nessa direção.

A Palavra deixa categórico qual é o objetivo da fé; “Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.” I Ped 1;9

Não precisamos de mais revelações que as que estão na Palavra para interpretarmos o “sonho de Faraó” e nos precavermos ante o que está por vir. 

O mundo caminha célere para o totalitarismo global, imposição do ecumenismo, destruição dos valores cristãos, fim da liberdade de credo, de expressão, de culto, destruição das famílias.

Quem for prudente encherá os “celeiros” enquanto a “colheita” de liberdade permite; para que, nos dias do estio não pereça de fome.

Deus não pode ser coagido a fazer o que não quer; naqueles dias, em tempos de calmaria profanavam-no; nos dias de combate levaram a Arca ao Front, para que Deus pelejasse por eles. Nada. A Arca foi tomada pelos inimigos e eles sofreram amarga derrota.

A pior geração de todos os tempos, os pés de barro vistos por Daniel, é onde estamos. Em todos os quesitos; honra, cultura, valores, sabedoria, fé... A única coisa em veloz expansão é a tecnologia, o que acelera os meios, sem impedir o apodrecimento dos fins.

Muitas pessoas de baixíssima estatura estão em lugares altos; grassa como nunca o “triunfar das nulidades.”

Como O Eterno não É sujeito à ação do tempo, não carece dos “revisionismos politicamente corretos” dos teólogos liberais que profanam Sua Santa Palavra.

Não importa quão moderninha se pretenda a vida; a essência segue a mesma: “... perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele...” Jr 6;16

Muito barulho político, religioso, assoma para confundir; mas, no fundo é simples: “... o erro dos tolos os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

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