sexta-feira, 27 de maio de 2022

Mordomos fiéis


“... porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz. Eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.” Luc 16;8 e 9

O mordomo infiel, prestes a perder o emprego “saiu atirando”; antes de ser banido do seu posto, “perdoou” grandes dívidas dos credores de seu senhor, para socorrer-se nesses “amigos” quando privado da sua mordomia.

É preciso ser criterioso com o “elogio” de Jesus ao referido administrador, para não concluirmos, grotescamente, que O Salvador aprovaria a desonestidade.

Certa vez deparei com um irmão que, “interpretando” o “Granjeai amigos com as riquezas da injustiça” entendia que seria lícito o uso de dinheiro mal havido, na Obra de Deus. Desde dias antigos, essa prática fora vetada. “Não trarás o salário da prostituta nem preço de um sodomita à casa do Senhor teu Deus por qualquer voto; ambos são igualmente abominação ao Senhor teu Deus.” Deut 23;18

Esse exemplo basta, para que entendamos que o dinheiro mal havido não é bem-vindo.

Convém atentar bem para o quê, O Senhor disse: “Os filhos desse mundo são mais prudentes ‘na sua geração’, que os filhos da luz.” A única coisa boa retirada daí é a ideia de sermos prudentes, na nossa geração, de “filhos da luz”, como eles o são, na deles.

Digamos que, tínhamos uma coisa boa, prudência, em má companhia; a serviço dos ímpios. Noutra parte O Senhor ensinou: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes, inofensivos como as pombas.” De novo a prudência em má companhia. Devemos ser “como as serpentes” no quesito prudência; no demais, como ovelhas ou, pombas.

Notemos que, os “amigos” comprados com dinheiro alheio pelo mordomo infiel, irão na eternidade, para o mesmo lugar que aquele; estarão juntos na perdição, corruptos e corruptores. “Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.” Ou alguém supõe que os “tabernáculos eternos” onde estarão os infiéis, seja algo parecido com salvação?

Todavia, caso paire alguma dúvida sobre o quê O Senhor aprova nessas questões, o contexto imediato se encarrega de dissipar: “Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito. Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?” Vs 10 e 11

O que está em nossas mãos para gerirmos aqui, por muito que seja, trata-se de um mínimo, um nada se comparado às riquezas eternas que O Senhor tenciona nos dar. Aqui somos testados no pouco, para que fique patente nossa fidelidade, ou não.

Onde aparecerão os que usam da Palavra de Deus para negócio, os mercadores da fé? Paulo ensina: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé; traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas; segue a justiça, piedade, fé, amor, paciência e mansidão.” I Tim 6;9 a 11

Se a prudência do mordomo o fazia pensar num “depósito” para socorrer-se nos dias maus, o que aconselharia a nossa? De novo Paulo: “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos, às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando-a alguns, se desviaram da fé.” I Tim 6;20 e 21

Guarda teu depósito; cuidado com a “ciência” que faz oposição à fé! Essa é falsa e como tal, deve ser resistida.

Sem acesso à Árvore da Vida, o inimigo trará seus frutos roubados da Árvore da Ciência. Mediante o domínio da tecnologia, usará todos os meios de gerar enganos, e controlar o planeta inteiro até estabelecer o totalitarismo global que anseia.

Nosso depósito é espiritual; discernimento do que procede de Deus, e do que é um simulacro, vindo da oposição. Toda “conquista” moderninha, não importa quão hightech seja, se, no final faz oposição a Deus e Sua Palavra, deve ser combatida, não assimilada.

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4

Nos convém permanecermos fiéis, mesmo padecendo injustiças; toda privação por amor a Cristo, oportunamente terá sua recompensa. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos;” Mat 5;6

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