quinta-feira, 23 de junho de 2022

O Deus Vivo

 “Vede agora que Eu, Eu Sou; mais nenhum deus há além de Mim; Eu Mato, e Faço Viver; Firo, e saro; ninguém há que escape da Minha Mão.” Deut 32;39

Esse verso tem sido citado fora do contexto, por ignorância ou maldade, para fazer parecer que diz coisas que não fala. Quando O Eterno ensina: “Eu Mato e Faço Viver...” não significa que todos os nascimentos e mortes ocorrem diretamente por Sua Vontade; longe disso. Ele criou seres arbitrários; todas nossas ações terão consequências. Daí, somos advertidos a ser consequentes.
No contexto vemos a diferenciação entre O Deus Vivo e os bonecos de humana feitura. Quem confiavam nessas coisas, na hora da provação seria envergonhado; “Então dirá: Onde estão seus deuses? A rocha em quem confiavam, de cujos sacrifícios comiam gordura, e de cujas libações bebiam vinho? Levantem-se e vos ajudem, para que haja para vós esconderijo.” vs 37 e 38.

Nada mais justo: Se, na hora da calmaria, tais fantoches recebiam culto, como sendo deuses, que, na hora da tormenta livrassem àqueles que os cultuavam.
Foi em oposição a essas crendices, que O Eterno disse o texto aquele; diferente dessas ilusões, às quais destes formas, que carregais, mas nada servem na hora da angústia, “Vede agora que Eu, Eu Sou; mais nenhum deus há além de Mim; Eu mato e faço viver; Firo e Saro, e ninguém há que escape da Minha Mão.”

Quando diz: Mato e faço viver, não está enfatizando que faz, necessariamente, isso; mas, diferente dos ídolos inertes, Ele Tem Poder para tal; o fará, quando achar necessário. Tal poder, em absoluto, significa que não somos responsáveis por nossas escolhas e ações; “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33 As alternativas de darmos ouvidos a Deus, ou nos desviarmos estão preservadas.
Nosso encontro com a morte é derivado de uma escolha arbitrária, não de um Capricho Divino: "... o erro dos simples, os matará...”

Paulo chamou a suicida autonomia humana de semear na carne; a submissão a Deus, de o fazer no Espírito, e advertiu das consequências de ambas as escolhas; “... Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Assim, O Poder de Deus para dar vida a quem jaz refém dos pecados não viola a liberdade concedida às criaturas; por isso, O Espírito Santo Obra por persuadir, sem se impor.
Se alguém cogita que, por ser O Santo, Todo Poderoso, está vigiando para, presto destruir a quem Lhe desagrada, erra. Ele Tem o poder para matar Seus oponentes, mas Seu Prazer está em salvar; “... Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não Tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...” Ez 33;11

Seu Poder para punir é contido pela força do Seu Amor, que prefere dar tempo aos errados de espírito, a punir de impulso ante à ira momentânea como faria um mero homem; “Porque Eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” Ml 3;6

Entretanto, se, por Ser Eterno Ele tem o tempo ao Seu dispor, conosco, que estamos restritos à vida, “debaixo do céu”, o tempo tem uma relação breve; devemos ser parcimoniosos com o nosso; “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;” Ecl 3;1 e 2
Mesmo Ele tendo Seu Prazer em salvar, como vimos, abrirá mão desse prazer, no devido tempo, pois, também se apraz em fazer justiça, e com essa julgará a todos. Se, desde aqueles dias, advertia da inutilidade profana dos deuses de humana feitura, o que diria dos de hoje, quando a ciência se multiplicou e A Palavra está disponível a todos?
Ironicamente, vendo uma súcia de mercenários usando Sua Palavra para ganhar dinheiro, se dizendo pastores, Colocou Sua advertência nos lábios de um leigo; Bolsonaro tem repetido à exaustão; “Meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento...” Os 4;6

Se, do ponto de vista dele, isso se refere à política da nação, e faz sentido, no Prisma Divino atina à vida espiritual.
Mesmo podendo decidir sobre tudo, O Santo nos dá direito de escolha no mais importante: “Escolhe, pois, a vida.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário