sábado, 25 de junho de 2022

Flores e frutos


“... a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores, brotara renovos e dera amêndoas.” Nm 17;8

A disputa por poder levara alguns rebeldes a questionarem a liderança de Moisés e Aarão.

Sempre assim; quando aparenta que o poder encerra privilégios, todos se “voluntariam” a ele; porém, nos momentos em que pesa a responsabilidade, aí os voluntários somem.

Acaso algum dos portentosos líderes se ofereceu, quando cativos no Egito, para o necessário enfrentamento com Faraó, em Nome do Senhor? Invés disso, se opunham a Moisés, muitas vezes, porque às primeiras tentativas dele, Faraó endurecera o jugo.

Atualmente, advertimos contra a falta de memória, quando, grandes desastres pretéritos se apresentam como soluções e muitos acreditam. A amnésia sobre o que O Eterno fizera mediante Moisés, era o mal naquele tempo.

A Santa Paciência do Criador tinha dado espaço à ira; 14.700 pessoas foram mortas como juízo.
O Senhor resolveu reiterar Sua Escolha; requereu uma vara de cada tribo no tabernáculo, com a promessa que, a do escolhido floresceria. Naquela noite, Operou maravilhosamente, fazendo a vara de Aarão florescer e frutificar.

Uma alma sadia deveria “rebelar-se” antes de certos pleitos, pelas implicações envolvidas. Todos conheciam o histórico recente da libertação do Cativeiro; e inda cheiravam mal os cadáveres de uma praga que atingira aos rebeldes; a rejeição ao escolhido do Senhor, o motivo; o simples se atrever a colocar sua vara perante O Senhor, era já uma coisa indigna. Soa como Balaão argumentando com uma mula falante; para mim, qualquer animal que falasse encerraria o assunto. Tens “razão”!?

Perseverar na disputa subentendia certa dúvida ainda, em relação a Moisés; e mesmo Ao Senhor, que o escolhera.

Diariamente sou afrontado por indecências assim; a disputa de um cordeiro com uma ave de rapina não é um pleito legítimo: “Em quem você votaria? Lula ou Bolsonaro.” É indecente fazer essa pergunta, por desconsiderar o abismo moral que separa ambos; aliás, se essa senhora degredada, a moral, ainda existisse, aquele pária seguiria preso; sua quadrilha, apelidada de partido teria sido extinta.

Embora, ante a avalanche de números falsos, os bem intencionados possam pretender uma pesquisa verdadeira para evidenciar à fraude, eu recuso votar. Não faz sentido inquirir a um cidadão, se é favorável à polícia, ou aos bandidos. O óbvio ululante salta aos olhos.

Então, um líder de tribo com escrúpulos morais e um milímetro de discernimento, recusaria a participar da escolha; oraria humilhado, pedindo clemência a Deus, pela falta de noção e rebeldia circunstante. Bem sei quem é que Escolhestes; estou satisfeito com isso; diria meu probo cidadão, eventual.

O Senhor não equiparou Suas Divisas ao padrão rasteiro, mundano; antes, o “poder” no âmbito espiritual significa renúncia, serviço. “... Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam; seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir; dar Sua Vida em resgate de muitos.” Mc 10;42 a 45

A doentia inflação de títulos eclesiásticos portentosos, que grassa, de duas, uma; ou, significa um surto repentino e benfazejo que convenceu muitos sobre a nobre missão de servir; ou, os padrões mundanos invadiram a Igreja; a disputa por cargos visando o egoísta servir-se, invés do amoroso, servir.

Muitos escândalos que acontecem na “Igreja” derivam de se dar espaço e domínio para gente que não é igreja; mercenários infiltrados, reféns de anseios mesquinhos. Aí, quando o “pastor/a” mata, adultera, malversa, todos os idôneos são nivelados aos tais. A Imprensa se ocupa disso. Felizmente temos a garantia: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos;” Mat 5;6

Se fossem requeridas credenciais, conforme o ensino de Paulo, uns 70% dos “obreiros” que andam gritando profanações por aí estariam usando de outro modo suas vozes; quiçá, vendendo loterias, bijuterias, ou porcarias afins.

O Nome, A Palavra, a Igreja do Senhor são coisas Santas. Atualmente Ele não faz florescerem varas dos escolhidos; mas, ensina que cada postulante deve ser julgado pelos frutos.

Nossas “produções” de antes de Cristo são coisas para esquecer; “Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais?” Rom 6;21

Nele fomos capacitados a frutos melhores; “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento...” Luc 3;8

Como um dependente químico em recuperação precisa lutar contra aquilo diuturnamente, viciados em pecados também carecem todos os dias mortificar à má índole, por amor à vida; “... agora, libertados do pecado, feitos servos de Deus; tendes vosso fruto para santificação...” Rom 6;22

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