sexta-feira, 24 de junho de 2022

O Escudo da Verdade

“Ele (Deus) te cobrirá com Suas Penas; debaixo das Suas Asas te confiarás; Sua Verdade será teu escudo e broquel.” Sal 91;4

Escudo e broquel. A rigor, ambos são escudos; o primeiro maior, capaz de proteger o corpo inteiro, para evitar ataques distantes por meio de flechas e lanças; o broquel de tamanho reduzido, ajustado ao antebraço, para eventual luta corpo a corpo; lutadores empunhavam a espada com um braço, e fixavam o broquel no outro. Assim, a ideia é que a verdade serve de defesa contra as mentiras mais distantes, bem como, contra as que nos atacam mais de perto.

O mero fato da verdade ser ilustrada como arma de defesa implica que a mentira parte para o ataque. 

Sempre foi assim, desde seu nascimento no Éden; nascimento entre nós. Entre anjos ela fizera vítimas antes de Adão e Eva. “Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste teus santuários...” Ez 28;18 

Lá, o “Querubim Ungido” já fizera sua campanha política que lhe deu um terço dos votos; para tanto, esse usurpador dever ser muito hábil na “arte” da mentira, da sedução.

Noutros tempos a mentira era “melhor”; digo, menos ruim que atualmente; pois tinha ainda, pudor e não ousava sair às ruas sem certa verossimilhança como camuflagem. Hoje está mais pelada que a “Globeleza” e airosa como aquela, sem nenhum pejo de ser vista nua e mal passada. “Fake News” é a verdade indesejável; calúnias, difamações grosseiras em prol do sistema corrupto, sempre são aquilatadas como “democracia”.

Embora a batalha milenar seja, eventualmente, ilustrada entre luz e trevas, vida e morte, salvação e perdição, Deus e Diabo; em essência é entre verdade e mentira.

Isaías viu nossos dias, ou semelhantes; “Como prevaricar, mentir contra O Senhor, desviarmo-nos do nosso Deus, falar de opressão e rebelião, conceber e proferir do coração palavras de falsidade. Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; a verdade anda tropeçando pelas ruas, equidade não pode entrar. A verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca ser despojado...” Is 59;13 a 15

Muitos protagonistas da dita “Batalha espiritual” parecem não ter entendido satisfatoriamente que, não devemos batalhar diretamente contra demônios que, já foram derrotados pelo Senhor.

Quando ensina que não lutamos contra carne e sangue, mas contra principados e potestades nas regiões celestiais, tem a ver com seus ensinos disseminados entre, e através, de pessoas de carne e sangue. As regiões celestiais estão entre nós.

Então, temos que identificar seus ardis, e desfazê-los. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo.” II Cor 10;4 e 5

Se, nosso triunfo tem por fruto levar entendimentos à Obediência de Cristo, necessariamente, o triunfo da mentira faz suas presas rebeldes ao Senhor. A verdade não carece muletas; pode andar muito bem com as próprias pernas; não usa nenhum acessório, ardil, contorcionismo filosófico/intelectual, nada. Ela basta. “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” II Cor 13;8

Porém, a mentira não tem pernas curtas como diz o adágio; ouso; sequer pernas tem; é levada no colo pelos seus servidores, assim com um ídolo inerte, cuja “força” reside na ignorância, não sendo nada, em si mesmo.

Alguém disse: “A mentira dá duas voltas no planeta antes que a verdade tenha tido tempo de vestir as calças.” Uma hipérbole bem humorada para ilustrar a solicitude voraz dos consumidores daquela, enquanto, a verdade pelo seu “peso” costuma andar menos.

Pois, na reta final desse embate entre Verdade e mentira, essa será exaltada em neon, para testar aos amantes da verdade, e julgar os carregadores do andor do engano.

Virá o Anticristo “esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça aos que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;9 a 12 Notemos que a mentira é sinônimo de iniquidade; a verdade é a perfeita equidade entre fatos e narrativa; a mentira fabrica seus “fatos”.

Quando, até aos justificados em Cristo, a mentira parecer vencedora, esses lograrão ver além das aparências; O Senhor os terá escudado; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos Seus santos.” Prov 2;7 e 8

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