sexta-feira, 17 de junho de 2022

Paladar Espiritual


“Sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados;” II Ped 2;9

Uns que serão livres, outros, castigados. Diferente de uma pré-escolha Divina, reflexo das escolhas humanas definindo quem é quem. “piedosos... injustos...” adjetivos que refletem nossas ações; embora a salvação não derive das obras, essas testificam quem somos.
“Porque somos feitura Sua, (os regenerados) criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

A queda destituiu da filiação Divina para um plano inferior; meras criaturas. Uma centelha ficou em nós, que ainda sonha com a liberdade e a inocência de filhos. “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus... na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;19 a 21

Como a “fé vem pelo ouvir...” são dos nossos ouvidos o primeiro passo, fugindo, ou indo ao encontro da verdade, quando essa nos é revelada; “Porque o coração deste povo está endurecido, ouviram de mau grado...” Passos fugitivos. Por outro lado, tem os que, ouvindo do Salvador, O seguem; “Eis aqui o Cordeiro de Deus. Dois discípulos ouviram-no dizer isto e seguiram a Jesus.” Jo 1;36 e 37

A questão sempre é posta ante os ouvidos, não aos olhos; “Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.” Mc 4;23 Nossa índole, “paladar” define a reação: “Porque o ouvido prova as palavras, como o paladar experimenta a comida.” Jó 34;3

Quando diz que muitos são convidados e poucos escolhidos, não significa que O Eterno acene com bens a todos, os tendo reservado para uma elite; antes, que não obstante a mensagem salvadora ser comunicada a todos, poucos abraçam-na.

Os que escolhem obedecer, são escolhidos; poucos. “Os meus olhos buscarão os fiéis da terra, para que se assentem Comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101.6 De novo, as ações humanas testificando da salvação: “O que anda num caminho reto...”

Como O Santo busca a esses para servir; enriquece com dons, protege. “Porque o Senhor dá a sabedoria; da Sua Boca é que vem conhecimento e entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos Seus santos.” Prov 2;6 a 8

Quanto ao livre arbítrio, sem Cristo, não temos. Nossas boas intenções se perdem pela escravidão ao pecado. “Porque o que faço não aprovo; que quero, não faço, mas o que aborreço, faço. Se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;15 a 17

Se, sem Cristo não temos escolha, como poderíamos optar por Ele? O Espírito Santo concorre com a mensagem que ouvimos e tenta nos convencer; se ouvirmos de bom grado mudaremos. “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” Jo 16;8

É mediante a Voz do Espírito Santo, que Deus livra da tentação aos piedosos; onde domina e escraviza, o pecado reina; nos que estão se afastando dele, tenta seduzir ao regresso; tem em nós uma “cabeça-de-ponte" chamada, carne que cobiça sempre seu desembarque; “Cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; o pecado, sendo consumado, gera a morte.” Tg 1;14 e 15

“Dar à luz” aqui é diferente de um nascimento físico; O Espírito revela a pretendida ação como pecaminosa. Aí o arbítrio nosso decide seguir O Espírito, ou, capitular à carne. “Sendo consumado”, não apenas cobiçado é que o pecado mata.

“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8;1 

Assim, o ouvir de bom grado inclina-nos à obediência; essa forja o “andar em espírito;” dessa forma saímos vitoriosos ante às tentações.

Quem ouviu à Mensagem de Salvação teve, ajudado pelo Espírito Santo, oportunidade para decidir sobre ela; quem recebeu ao Salvador, recebeu também O Espírito Santo; “... tendo Nele também crido, fostes selados com O Espírito Santo da promessa.” Ef 1;13

Logo, não apenas a possibilidade de decidir sobre receber a Cristo, todas nossas ações são valorados pelo Espírito, mediante a consciência vivificada. Cada rejeição às tentações é um livramento; cada ato, na Divina direção, um testemunho; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

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