domingo, 14 de janeiro de 2024

Escolhidos para servir

“Meus Olhos procurarão os fiéis da terra para que estejam Comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

Essa busca seletiva tem a ver com as respostas que damos ao convite amoroso do Senhor. Para salvação, a busca é expansiva, abrangente. “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura...” Mc 16;15 Ninguém é tão mau a ponto de estar fora dos planos salvíficos Divinos; tampouco, bom, de modo a poder ser salvo sem O Evangelho.

A despeito do tipo de solo, a semente deve ser lançada em todos os lugares, como ensinou Jesus, na parábola do semeador.

Porém, “muitos são convidados, poucos, escolhidos.” A busca seletiva não se refere à salvação, antes, ao serviço. “... o que anda num caminho reto, esse Me servirá.”

Se, quanto às renúncias, o caminho da salvação é estreito, no que tange à qualidade espiritual, moral, de quem o deve trilhar, é reto.

Demanda que primeiro bebamos, e exibamos em nossa “saúde” a eficácia do remédio que iremos receitar. Paulo ensinou a disciplinarmos os errados, depois que tenhamos aprendido a cumprir a mesma disciplina; “... levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo; estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10:5 e 6 Se nossos entendimentos não estiverem “cativos” a Cristo, não esperemos ter autoridade moral para corrigir aos demais.

Para ser alguém salvo, é necessário que se arrependa e submeta-se ao Salvador, mesmo que, na hora da morte, como um dos ladrões na cruz. Para servir, ministerialmente, devemos ser separados em santificação, aperfeiçoados pela edificação, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4:14

Mesmo tendo as credenciais requeridas, eventualmente, isso não faz de ninguém um “chamado”, necessariamente. A escolha de quem, e quando, fará o quê, pertence ao “Dono da Vinha”, O Senhor. O risco de nos colocarmos onde não fomos chamados é que, nos perguntem: “Amigo, como entraste aqui?”.

Sempre será imprudente, alguém se voluntariar invés de esperar; pois, pode causar danos à obra, invés de frutificar nela. Mesmo tentando fazê-la com todo o seu coração, “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, O Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; isto para dar a cada um segundo seus caminhos, segundo o fruto das suas ações.” Jr 17:9 e 10

Na igreja primitiva alguns “voluntários” iam após o trabalho de Paulo, fazendo estragos, por pretender ensinar o que não tinham aprendido. “Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, transtornaram vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento...” Atos 15:24

Se, no prisma do nome, das posses, da cultura até “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são;” I Cor 1:27 e 28 No aspecto da obediência e santificação, os presumidos ministros não podem ser “coisas loucas”, antes, devem ser zelosos, santos.

“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia.” I Tim 3:2-4

Porque o texto nomeia “bispo”, será que essas demandas são apenas para eles, ou, abarcam a todos os obreiros?

Se o simples mencionar O Nome Santo nos compromete, (... o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade. II Tim 2:19) o que dizer dos o fazem ministerialmente, ensinando em Nome Dele? “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.” Tg 3:1

Desde os dias do Antigo Testamento havia insanos que se voluntariavam errando o alvo; “... Qualquer que vem a consagrar-se com um novilho e sete carneiros logo se faz sacerdote daqueles que não são deuses.” II Cor 13:9

Nossas vontades, sejam boas ou não, são nossas. Somos desafiados a renunciá-las, em prol da Divina, que é infinitamente superior; “Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são Meus caminhos mais altos que os vossos, e Meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55:8 e 9

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