sábado, 27 de janeiro de 2024

As tristezas


“Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.” II Cor 7:10

Duas origens possíveis para a tristeza. Tanto ela pode ser segundo Deus, quanto, segundo o mundo.

O que entristece ao Eterno é o pecado, a apostasia, as más escolhas que levam Seus filhos à perdição. 

No mundo, qualquer alvo egoísta não atingido, desejo insano não realizado, entristece; mesmo a bênção, a prosperidade de outrem, magoa ao invejoso que imagina que ele mereceria tais coisas, não, quem as recebeu. Pleitos rasteiros podem ensejar uma tristeza falsificada; o velhaco vitimismo, para “justificar” uma demanda; enfim, as variáveis são imensas, embora a razão básica das tristezas do mundo derive de uma causa; alienação de Deus.

Os que reconciliaram com Ele, mesmo ante tristezas necessárias, ainda concorre uma alegria interior, espiritual, que mitiga os danos daquelas; “Porque o reino de Deus não é, comida, nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.” Rom 14:17

Davi chegou a dizer que tinha no Senhor, gozo maior que o dos ímpios ao festejar uma grande colheita; “Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho.” Sal 4:7

Em linhas gerais, a tristeza segundo Deus verte de alvos nobres não atingidos, como a salvação; Deus só a permite quando, absolutamente necessária; “Porque não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens.” Lam 3:33

Há uma qualidade didática na tristeza, como versou alguém: “Caminhei uma légua com a alegria, incansável tagarela; mesmo que falasse tanto, eu nada aprendi com ela; caminhei uma légua com a tristeza, que nenhuma palavra falou; ah, quanta coisa aprendi, quando a tristeza comigo andou!”

A Obra de Deus, pode ser “feita” segundo Deus, ou, segundo o mundo. Malgrado, O Salvador tenha sido categórico quanto à separação, muitos tentam fundir essas coisas, distintas.

O Senhor disse, dos Seus: “Dei-lhes Tua Palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como Eu do mundo não sou.” Jo 17:14 a 16

Quem pensa que O Evangelho prioriza “as causas sociais” como está na moda, não entendeu nada.

Se, como vimos, os que são de Cristo, não são do mundo, embora estando nele, por que forjariam as mais espúrias associações, em demanda de um mundo melhor, como pretende o ecumenismo?

O Evangelho não foi dado para a pacífica convivência entre os diferentes; tampouco, para salvar o sistema. Antes, para anunciar retamente a boa nova que confronta e convida ao arrependimento; desafia o pecador a sentir tristeza segundo Deus, por ter errado o caminho, para que se arrependa em tempo.

As preocupações do mundo têm a ver com a salvação do ecossistema, a convivência pacífica, a legitimação das imoralidades, dos vícios; usam o Nome de Deus, eventualmente como verniz; o espírito do engano como diretriz.

Por mais que ímpios não gostem de escutar isso, o mundo não tem conserto; está perdido. O Eterno não pretende salvá-lo; antes salvar dele, os que lhe derem ouvidos, para os quais, outro mundo foi preparado. “Porque, eis que crio novos céus e nova terra; não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.” Is 65:17

Pedro falou do fim de um, e da vinda de outro mundo; “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus em fogo se desfarão, os elementos, ardendo se fundirão? Mas nós, segundo Sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.” II Ped 3:11 a 13

João viu o cumprimento da promessa; “Vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.” Apoc 21:1

Tende esse mundo que, quanto mais avança na vereda do tempo mais se afasta de Deus, a deplorar os que permanecem Nele, segundo Sua Palavra. O desejo mundano por “modernizá-la” é apenas uma máscara para o intento maligno de silenciar À Voz de Deus.

Não somos contra a preservação da natureza, socorro aos pobres, convivência pacífica; também fazemos essas coisas; apenas vemos às tais, não como nosso objetivo aqui; antes, como incidentes paralelos numa caminhada cujo fim é muito mais alto que isso.

Se em última análise não há um mundo melhor para o mundo; há um mundo novo para os que se deixam persuadir pela Palavra de Deus, para salvação.

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