quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

A Lei de Cristo


“... Está escrito...” Luc 4:4

O contexto permite ver que, alude À Palavra de Deus; o que nela está escrito foi evocado pelo Senhor, em seu embate contra Satanás.

Embora, as Sagradas Escrituras sejam legítimo tribunal de apelação para dirimir dúvidas de cunho espiritual, não devemos levar às últimas consequência tudo o que está escrito, sem a devida compreensão do contexto e do propósito para o qual, determinada porção foi escrita.

Muitas coisas foram postas como sendo uma luz profética apontando para fatos que se cumpririam em Cristo. Mesmo A Lei de Deus, que segundo Paulo, nos serviu de aio para nos conduzir A Cristo, O Salvador.

Embora seus princípios permaneçam válidos, houve alterações; o Sábado foi abolido. A Lei dizia: “Não farás nele obra nenhuma.” Ex 20;10 O Salvador disse: “É lícito fazer o bem no sábado.” Mat 12;12

Honrar pai e mão sempre será necessário aos Divinos Olhos; o “não matarás” foi aperfeiçoado; ver Mat 5;22 assim como, o “não adulterarás” Mat 5;28. Ter outros deuses segue vetado; fabricar e adorar imagens, cobiçar, matar, roubar, dar falso testemunho idem. O sacrifício de animais, para perdão dos pecados, depois de Cristo, foi ultrapassado.

Por que essas mudanças? A Palavra explica: “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.” Heb 7:12 Saímos do sacerdócio temporal de Levi, para o Eterno, de Cristo.

Se a “purificação” lograda segundo a Lei era meramente aparente, ritual, em Cristo é mais profunda. A Palavra explica: “Se o sangue dos touros e bodes, a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo?” Heb 9:13 e 14

Antes era algo externo, agora devem ser purificadas as consciências; assim, quem imagina que a Lei era rigorosa em suas demandas, e a Graça é permissiva, leniente, não entendeu nada ainda.

Nos basta ver a pena pela transgressão de uma ou outra, para entender qual a mais séria; “Quebrantando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10:28 e 29

Aquelas coisas rudimentares apontavam para outras melhores em seu futuro. A Lei não aperfeiçoava; era uma “sombra” de algo que estava por vir, que aperfeiçoaria; “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferece cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.” Heb 10:1

A mesma Palavra pontua onde e quando mudou; “Mas, vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por Seu Próprio Sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado eterna redenção.” Heb 9:11 e 12

Ele veio cumprir a Lei. Cumpriu integralmente e deixou novos mandamentos. “... fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado;” Mat 28:19 e 20

Paulo chamou de “... lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus...” Rom 8:2

Como o objeto da purificação, agora, é nossa consciência, já não há apenas um rígido código escrito ao qual devamos recorrer em caso de dúvidas; além do que está escrito, vige o que está sendo escrito pelo Espírito em nossos entendimentos. “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele...” Is 30:21 

Até o que escrevemos com nossos lábios, nas sentenças que proferimos contra outros, será usado em juízo contra nós; “Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.” Mat 12:37

Os que precisam arranjar explicações, atenuantes “cristãs”, para o que costumam fazer demonstram, que, estão ferindo as leis das ordens internas. Aquele que se defende antes de ser atacado externamente, o faz porque está sendo denunciado pela voz da própria consciência.

Perante a sociedade tudo pode se impor no grito, na marra, no bandeiraço, passeata, lacração. Ante Aquele que sonda os corações perscruta o íntimo do ser humano, a nudez das escolhas perversas estará patente; onde e quando, a voz do espírito foi ignorada. “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena, naquilo que aprova.” Rom 14:22

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