sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

As cargas vãs


“Teus profetas viram para ti, vaidade e loucura; não manifestaram tua maldade para impedirem teu cativeiro; mas, viram para ti cargas vãs, motivos de expulsão.” Lam 2:14

É próprio dum lamento, ocorrer após consumada a desgraça. Uma leitura “à posteriori” da situação. Jeremias passara mais de duas décadas advertindo, chamando o povo ao arrependimento, para que aquilo não acontecesse.

“Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje, período de vinte e três anos, tem vindo a mim a Palavra do Senhor; vos tenho anunciado, madrugando e falando; mas não escutastes.” Jr 25:3 “... Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos.” Jr 6:16

Quando o homem tem alternativas, entre o aprazível e o veraz, costuma escolher o primeiro; embora, nas filosofias de botecos, ouse defender o segundo; “Mais vale uma triste verdade que uma alegre mentira”; versa, alegre pelas mentiras que escolhe.

Invés de ouvirem Jeremias, o profeta do Senhor, preferiam os alternativos, menos sisudos; “... Teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, não manifestaram tua maldade...”

Hoje, se quisermos ouvir aos que, atuam segundo à Palavra do Senhor, necessariamente deixarão patentes nossas maldades, nos desafiando ao arrependimento; pois, A Palavra do Eterno, assim, o faz.

Quem preferir os festeiros profanos que usam O Santo Nome, em prol das rasteiras inclinações carnais, terão uma vara de porcos revolvendo-se na lama das mentiras, atiçando cobiças, fazendo O Senhor parecer servo de desejos malsãos, invés de Médico que os visa curar.

Poderão estar envolvidas nas impiedades que tiverem, sempre serão “favoritos do Senhor”, destinatárias das chaves disso, daquilo, duma mudança radical na sorte, de modo a galgarem os mais altos pódios. O simples desejarem essas coisas é já um testemunho que desconhecem ao Senhor. “Buscai primeiro O Reino de Deus e Sua Justiça...” Mat 6;33

Em face ao desprezo das advertências Divinas, que poderiam evitar o juízo, nos dias de Jeremias, esse se tornara inevitável. Entre as ruínas da cidade arrasada, o profeta falava da vida no pretérito; de coisas que já tinham acontecido; “Devorou O Senhor todas as moradas de Jacó, não se apiedou; derrubou no Seu furor as fortalezas da filha de Judá, abateu-as até à terra; profanou o reino e seus príncipes.” Lam 2:2

Uma leitura equivocada do tempo, por uma presunção implícita que sempre será possível fazer depois, o que recusamos agora, é um mal que tem lançado muita gente a perder. O profeta mesmo vaticinara o “acordar” atrasado em face ao que deveria ser apreciado, em tempo; “Passou a sega, findou o verão, e não estamos salvos.” Jr 8:20

Pedro também mencionou os que zombam da “demora Divina” em mostrar serviço, usando a Santa Longanimidade, como “argumento” em favor da impiedade deles; “... nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, dizendo: Onde está a promessa da Sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” II Ped 3:3,4

Adiante explicou a causa da “demora”; “O Senhor não retarda Sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas, é longânime para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” V 9

Adiante, advertiu: “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão; a terra e as obras que nela há, se queimarão.” V 10

Por fim, chamou a um raciocínio lógico, induzindo ao arrependimento: “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” vs 11 e 12

A resposta parece óbvia pra quem tem algum grau de amor-próprio, de juízo na cabeça.

Sempre teremos os “profetas alternativos” que “atualizarão” ao que é eterno, redefinindo o que não deve ser alterado, porque se recusam a alterar seus comportamentos, e pretendem “harmonizá-los” em suposta comunhão com O Criador.

Em favor das mudanças do que é imutável palestrarão, darão entrevistas, pregarão, escreverão livros, como se, essa ímpia insistência tivesse valor em si mesma.

A única “eficácia” disso será o fomento da ilusão dos tais, coisa denunciada pelo mesmo Jeremias; “Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, a Lei do Senhor está conosco? Em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram A Palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” Jr 8:8 e 9

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