terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Obsessão sexual


“Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? não estão aqui conosco suas irmãs? Escandalizavam-se Nele.” Mc 6:3

Por Jesus operar os milagres que operava, sendo conhecido com sua família, escandalizava; O Mestre viu naquilo, desonra; “... Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre seus parentes, e na sua casa.” V 4

Quatro irmãos dele são citados nominalmente, e “irmãs”; o que supõe, no mínimo, duas. Fez parte de uma família normal. O respeito de José pela missão excepcional dada a Maria pelo Eterno requeria que ele não a tocasse maritalmente até o nascimento do filho. Depois a vida seguiu seu curso. “José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara; recebeu sua mulher; e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito...” Mat 1:24 e 25

Para o catolicismo, Maria seguiu virgem para sempre. Talvez, pela ideia errônea que o pecado original seja o sexo; como ela era santa, criaram um dogma que padece na orfandade, por falta de filiação bíblica. Não é necessário que alguém seja casto para que seja santo. Basta que sua vida sexual se dê, dentro dos parâmetros Divinos.

Dizem os defensores do referido dogma, que os “irmãos” de Jesus seriam meros parentes. Assim eram chamados, num sentido amplo, os que vinham da mesma linhagem sanguínea.

De fato, havia menção de um líder, uma tribo, e os demais eram alistados como irmãos. “Seus irmãos, os levitas, foram postos para todo ministério do tabernáculo da casa de Deus.” I Cr 6:48

Isso quando se tratava de citação genérica. Há distinção entre “parentes” e irmãos, como vemos nos versos acima.

Quando são citados pelos nomes, um a um, isso elimina a ideia de uma menção genérica, por tratar-se de uma abordagem estrita. Além do que, quando quis se referir à prima de Maria, Isabel, o Anjo a chamou assim, invés de chamar de irmã, uma vez que era da parentela. “Eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice...” Luc 1:36

Houve um momento em que os irmãos dele, escandalizados com as coisas que Ele dizia e fazia, concluíram que Ele estava fora da casinha, precisava ser detido; “Quando os seus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si.” Mc 3:21

Só teriam esses “escrúpulos” os da família; “se Ele seguir assim, o que pensarão de nós?” Caso fosse apenas da parentela, a “culpa” sendo diluída entre muitos, causaria menos pejo.

Quando a “comissão para zelo da honra da família” chegou onde Jesus estava, sabendo Ele, da intenção pela qual o buscavam, ignorou-os solenemente. “Chegaram, então, seus irmãos sua mãe; estando fora, mandaram-no chamar. A multidão estava assentada ao redor Dele, e disseram-lhe: Eis que Tua mãe e Teus irmãos Te procuram, estão lá fora. Ele lhes respondeu, dizendo: Quem é Minha mãe e Meus irmãos? Olhando em redor para os que estavam assentados junto Dele, disse: Eis aqui Minha mãe e Meus irmãos. Porquanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe.” Mc 3:31 a 35

Dada a errônea e indevida intenção da “comissão familiar” o Senhor abstraiu os laços sanguíneos, e guindou o parentesco para o âmbito espiritual. “qualquer que fizer a vontade de Deus, é Meu irmão...” Naquele momento, seus irmãos de sangue se opunham à Vontade Divina.

A obsessão pelo sexo, como vimos, fez com que, adotassem a errada ideia que o pecado original fosse o tal. Na verdade, foi apenas a desobediência. A mulher pecou sozinha; depois, convenceu seu marido a fazer o mesmo, o que elimina o ato conjugal, por óbvias razões.

O que é a imposição do celibato, senão, um desdobramento mais, dessa obsessão? Se alguém quiser “se fazer eunuco” por amor ao Reino de Deus, que o faça, voluntariamente, não, obrigado. Paulo era celibatário. “Porque quereria que todos os homens fossem como eu; mas cada um tem de Deus seu próprio dom... se não podem conter-se, casem-se.” I Cor7:7 e 9

Quando uma igreja decide que pode alterar, suprimir ou suplementar A Palavra de Deus, onde, quando, irá parar? No lado oposto da antiga obsessão, o “Papa” pretende abençoar uniões homoafetivas. Muitos que, concordaram com outras alterações da Palavra, achando que a Igreja podia, agora reclamam dos “avanços” do Papa.

Como sempre tivemos os limites da Palavra como muralha intransponível, seguimos no mesmo lugar. Não damos a Maria, funções que A Palavra não dá; é nosso modo de respeitar a ambas; nem às perversões sexuais, um nome diferente ao que a Bíblia já deu. O erro seguirá sendo erro, mesmo que todos o endossem.

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