quarta-feira, 1 de maio de 2024

O universalismo


“Toda a carne verá a salvação de Deus.” Luc 3;6
“... depois derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e filhas profetizarão, vossos velhos terão sonhos, vossos jovens terão visões.” Jl 2;28

“Toda a carne”, seja para ver a salvação, ou, para receber dons espirituais, é uma demonstração da abrangência possibilitadora, da Obra de Deus; não, da incidência necessária. A universalidade do propósito, não abona um universalismo do alcance.

Em palavras mais simples; porque todos verão, não significa que todos terão. Afinal, poucos responderão ao chamado, como O Senhor deseja.

Dons espirituais seriam derramados sobre gente que ignora a Deus? Não. Então como entendermos o vaticínio de Joel, que dons seriam derramados sobre toda a carne?

Todos os povos; africanos, asiáticos, europeus, americanos, os da Oceania, ilhéus por toda parte. Nenhum lugar seria privado da mensagem de salvação, tampouco, dos dons espirituais que acompanham. “Pregai O Evangelho a toda criatura,” Ordenou O Senhor.

As particularidades inerentes aos que respondem favoravelmente ao Divino Chamado, evidenciam que, embora o mesmo esteja ao alcance de todos, a eficácia dele reflete-se sobre os poucos que reagem do modo correto; crendo, se arrependendo e mudando de vida. “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” Mat 22;14

O universalismo, onde todos serão salvos, a despeito do modo como vivam, é a abordagem central do livro/filme, “A Cabana”, que tanto sucesso fez, por esposar uma mensagem que o ímpio gosta, a despeito do que Deus manifestou na Sua Palavra.

Em dado momento do filme, a “Sabedoria” personificada leva Mac ao “tribunal”; ordena que ele julgue seus dois filhos que restaram, após a trágica perda da caçula, e escolha qual dos dois irá para o céu e qual para o inferno. Ele se desespera aos gritos não querendo condenar a nenhum. Qualquer pai, sadio, agiria assim.

Nas entrelinhas, a mensagem da “dificuldade Divina” em mandar algum dos seus “filhos” para o inferno também, o que, seria o “argumento teológico” pra salvação universal. Tudo muito bonitinho, sentimental, com um viés “lógico”, porém, com uma omissão proposital que estraga tudo. “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.” Spurgeon.

Deus não considera todo o ser humano como Seu filho. Enquanto cativo de Satanás pelo pecado, não passa de criatura. Devemos viver e anunciar a Cristo, “Na esperança que, também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;21

Essa liberdade, traz um testemunho interior, que deixamos a condição de criaturas e fomos feitos filhos. “O mesmo Espírito testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus.” Rom 8;16

O Eterno não terá que enfrentar a dificuldade de escolher qual dos Seus filhos irá para o inferno, porque, nenhum irá.

Porém, a maioria das criaturas, pela própria rebeldia em consórcio com a oposição, se perderá, para desprazer do Eterno. “... Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; por que razão morrereis...?” Ez 33;11

Se, não conversão implica, necessariamente, em morte, onde se abriga o universalismo?
Será que, no âmbito espiritual podemos criar doutrinas aos berros, à coação de narrativas, como na política? “Toda Palavra de Deus é pura; escudo para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Fizeram em Encantado RS contra A Palavra, uma estátua com 43,5 metros, o “Cristo Protetor”, no Vale do Taquari. Desde a recente inauguração, estamos na terceira tragédia, infelizmente, por causa de enchentes descomunais.

Coisas assim, toda carne vê, basta olhar. No que tange à comunhão com Deus, é mais estrita. “Quem me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

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