quinta-feira, 9 de maio de 2024

A volta de Nabuco


“Qualquer que não se prostrar e adorar, será na mesma hora lançado dentro da fornalha de fogo ardente.” Dn 3;6

Sentença de Nabucodonosor, contra os que não se prostrassem em adoração, diante de uma estátua de ouro que ele fizera.

Dois traços de coisas humanas em consórcio com o maligno, querendo posar de Divinas.

Primeiro: O apelo visual. A estátua era de ouro. O rei sonhara algo impressionante. Desejara tão ardentemente a interpretação daquilo, que requerera dos “sábios”, não apenas a interpretação, como também a revelação do que fora sonhado.

Imitar grotescamente algo, qualquer salafrário, astrólogo, intérprete de sonhos, vidente, consegue; como fizeram certos magos diante de Faraó. Agora, revelar o profundo, o escondido, somente O Eterno. Daniel rogou a Ele sobre o assunto do rei e recebeu a revelação, tanto do sonho, quanto, da interpretação.

O rei vira uma colossal estátua em forma humana. Cabeça de ouro, tronco e braços de prata, abdômen de bronze, pernas de ferro, pés em parte de ferro, outra de barro. A Interpretação dada pelo profeta mostrava a “evolução” moral da humanidade.

Os dias da cabeça de ouro eram aqueles; nos subsequentes a humanidade desceria, até chegar aos de hoje. Os pés, a parte mais baixa possível, mesclando barro com ferro. Firmeza para a tirania, e fragilidade para a resiliência moral.

O rei devaneara que não lhe bastava ser a “cabeça de ouro.” Que O Eterno teria subestimado a estatura dele. Assim, mandou fazer uma estátua de ouro, sem espaço para metais menores, deixando patente, sua “grandeza” pela qual exigia adoração. A ênfase no testemunho dos olhos, a idolatria, é doença humana, pujante.

A Grandeza de Deus deve ser vista por Suas Obras, não por bibelôs que nós mesmos podemos fazer; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20 A “Imagem” espiritual do Eterno foi patenteada por Jesus Cristo; O qual veio, “... sendo o Resplendor da Sua Glória, Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3

O outro traço humano da demanda de Nabucodonosor, quanto à estátua aquela, era o imediatismo das consequências; todo o desobediente, “... será, na mesma hora lançado dentro da fornalha de fogo ardente.”

Na mesma hora. Não tinha todo o tempo do mundo, como O Eterno. Como seria se, O Criador punisse severa e imediatamente, nossas desobediências? Não seria. Digo, não existiria mais a humanidade.

No entanto, invés de sermos agradecidos pela longanimidade Divina, na qual O Eterno nos dá o tempo de nossas vidas, durante o qual porfia conosco para que nos arrependamos para salvação, muitos abusam da Santa Bondade e Paciência. Veem nelas, como que, uma licença para pecar. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8;11

Tiago desaconselhou essa temeridade, porque nossas vidas são demasiado frágeis, para que brinquemos com elas como se fossem inquebráveis. “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é vossa vida? Um vapor que aparece por um pouco, depois se desvanece.” Tg 4;14

Três jovens hebreus, Sadraque Mesaque e Abednego, apelidos babilônios dados a Hananias Misael e Azarias, recusaram a se curvar perante a estátua que o rei erguera.

Foram lançados na fornalha, conforme a sentença do monarca. Porém, O Rei do Reis, não permitiu que morressem queimados. Foram milagrosamente guardados no meio do fogo, sem sofrer danos, porque preferiram morrer, a desobedecer O Eterno.

As coisas rasteiras, necessariamente, deixam visível sua origem meramente humana, como o culto tencionado por Nabucodonosor; as que são de cima, forjam desprezo por bens menores, como a vida física até, em prol dos valores eternos.

“Nabucodonosor” tentará outra vez. Fará nova estátua dessa vez, falante, e exigirá adoração. Invés da fornalha, morte aos desobedientes. “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem falasse, e fizesse que fossem mortos todos que não adorassem a imagem da besta.” Apoc 13;15

O Salvador foi categórico quanto ao enfrentamento necessário dos verdadeiros males; “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer. Mas, Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Àquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;4 e 5

Além do apelo visual, e imediatismo, conforme aquela estátua, agora, um apelo maior; a estátua irá “falar”; um holograma do Anticristo, talvez.

Quem aprendeu de Cristo, habituou-se a andar em Espírito, não terá dificuldades em fazer sua escolha. “... Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Apor 2;10

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