quinta-feira, 23 de maio de 2024

Cristo não aboliu a obediência



“Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.” Rom 7;4

Embora, para alguns, a Graça soe como mera leniência, uma facilitação, na verdade, ela chama para novo começo, Nova Aliança, com exigências, demandas, numa seriedade solene e santa.

Quando a Palavra fala que Cristo aboliu o Antigo Testamento, o fez em relação aos sacrifícios de animais, mostrando a inutilidade daqueles, meros tipos proféticos Dele. “Mas, vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por Seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” Heb 9;11 e 12

Quanto às exigências no trato com Deus e com o semelhante, nada foi abolido; antes, as exigências foram ampliadas. Basta ver, Mat 5;22, 28 e 39 por exemplo.

O Salvador garantiu: “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da Lei, sem que tudo seja cumprido.” Mat 5;18

Paulo assegurou: “... a lei é santa, o mandamento santo, justo e bom.” Rom 7;12
Não foi a Lei que morreu para nós, antes, nós que morremos para ela, que continua em vigor, sobre os que não estão em Cristo. “... vós estais mortos para a Lei pelo corpo de Cristo...”

A morte Dele, em nosso favor, é tida como sendo também nossa. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?” Rom 6;3

Como a Lei não foi dada para disciplinar mortos, e em Cristo estamos mortos para nosso passado de erros, estamos livres dela. Fomos chamados à vida como novas criaturas, agora, filhos de Deus. Paulo resume a ideia num verso: “Porque já estais mortos, e vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;3

Como a função da Lei não era salvar, mas manifestar os pecados e conduzir ao Salvador, os que se agarram a ela, ainda, como tábua de salvação, não a entenderam, nem a Cristo.

Paulo pinta isso com tintas bem fortes; “Todos aqueles, pois, que são das obras da Lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da Lei, para fazê-las. É evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.” Gl 3;10 e 11

O que diferencia a Graça da Lei, além da abolição dos sacrifícios de animais, e dos seus rituais contíguos, é que agora, em Cristo, a salvação é possível. Paulo comparou esse desprendimento da Lei, mediante a “morte” em Cristo com uma viuvez, que permite novo matrimônio sem culpa.

“Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e não será adúltera, se for de outro marido. Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a Lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.” Rom 7;2 a 4

Nossa vida “escondida” com Cristo demanda que andemos conforme. João foi categórico: “Aquele que diz que está Nele, também deve andar como Ele andou.” I Jo 2;6

Os que se apressam à Graça, como se essa significasse licença para pecar, que respondam: “... Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? ... Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” Rom 6;1 e 2

Portanto, erram bisonhamente os que, em defesa da “canonização” de perversões, desprezam o “legalismo e a religiosidade tóxica”, dos que exortam a uma vida de obediência, santificação.

O desprezo à Lei de Cristo é muito mais grave que à de Moisés. “Quebrantando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29

Deus É Amor? Sim. É Seu Bendito Amor que prorroga o tempo e encoraja servos Seus a seguirem chamando os errados ao arrependimento. Breve o tempo da Graça findará; será a vez do amor pela verdade e justiça entrar em cena.

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