“Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas. Corra, porém, juízo como águas, justiça como ribeiro impetuoso.” Am 5;23 e 24
Numa escolha entre culto e frutos, O Eterno não fica indeciso.
Não apenas os cânticos; também os sacrifícios se mostraram vis, distantes do que O Santo desejava. “Odeio, desprezo vossas festas; vossas assembleias solenes não Me exalam bom cheiro. Ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos.” Vs 21 e 22
Não havia mal com holocaustos, quando, derivados de uma adoração sincera, ou, arrependimento. O problema acontecia quando o culto era aquilatado como uma espécie de compensação para o pecado, uma moeda de troca, onde ímpios “agradavam” a Deus, enquanto, viviam às suas ímpias maneiras.
Invés de uma correção de erros, grassava uma progressão de erros. “Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomam conselho, mas não de Mim; se cobrem, com uma cobertura, mas não do Meu espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado;” Is 30;1
O ser humano, o político, sobretudo, amolece ao som das lisonjas, se sente prestigiado, ao toque de adulações. Todavia, O Todo Poderoso, além de Justo, É Santo. Antes de se impressionar com o teatro das “espertezas”, requer sinceridade, contrição, arrependimento, verdade, honestidade.
Os “louvores” da boca pra fora já tinham sido apreciados por Isaías; apreciação reiterada pelo Salvador: “Este povo se aproxima de Mim com sua boca; me honra com os seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8
Os que traem a si mesmos, empolgados com a própria hipocrisia e religiosidade, sem intimidade com O Senhor, também foram alvos do apreço de Jesus Cristo: “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu Nome? em Teu Nome não expulsamos demônios? em Teu Nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;21 a 23
Nosso culto não é o nosso relacionamento com O senhor; embora, possa ser derivado dele. Como reagimos às tentações do dia a dia, é a forma mais eloquente de louvor, que Lhe podemos dar; se, resistirmos resolutos ao tentador, para não entristecermos ao Espírito de Deus, O estaremos honrando.
Os frutos que O Eterno espera de nós, não medram nos púlpitos; antes, perante as pessoas; “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;14 a 16
A adoração hipócrita sempre foi rejeitada. Por Isaías, O Santo perguntou por que eles iam ao templo e sacrificavam; “De que me serve a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem Me agrado de sangue de bezerros, de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante Mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis pisar nos Meus átrios?” Is 1;11 e 12
Por Amós, como vimos, mandou pararem de cantar; por Malaquias, avançou inda mais; desejou que fechassem as portas do templo e apagassem o fogo do altar; “Quem há também entre vós que feche as portas por nada, não acenda debalde o fogo do Meu altar? Eu não tenho prazer em vós, diz O Senhor dos Exércitos, nem aceitarei ofertas da vossa mão.” Ma 1;10
Os sacrifícios eram uma triste necessidade; todavia, os hipócritas tratavam como se esses dessem prazer ao Senhor. Por Miquéias, disse o que esperava, mais que, louvores e ofertas; “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; que é o que O Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, ames a benignidade e andes humildemente com o teu Deus?” Mq 6;8
Davi, no auge da sua tristeza e arrependimento por ter pecado, alcançou uma compreensão melhor do temor que é devido perante O Altíssimo: “... não desejas sacrifícios, senão eu daria; tu não te deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” Sal 51;16 e 17
“Que darei ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o Nome do Senhor.” Sal 116;12 e 13
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