sexta-feira, 3 de maio de 2024

As línguas estranhas


“Todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? Outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.” Atos 2;12 e 13

O que dera azo ao maravilhar-se de uns, e zombaria de outros, fora o fato que, cheios do Espírito Santo, simples homens galileus, sem cultura, começaram a falam nitidamente mais de uma dezena de idiomas diferentes, exaltando as grandezas Divinas.

Só tolos têm resposta para tudo; homens prudentes, eventualmente, têm dúvidas. Se acontece algo fora do comum, desafiando a compreensão, esses admitem sua falta de entendimento; “Que quer isto dizer?”

Ao passo que, os tolos arranjam uma “resposta” para tudo; pois, invés da honestidade intelectual, que precisa lidar com os fatos, lhes basta o escárnio, a zombaria, mesmo desprovido de qualquer senso. “Estão cheios de mosto.” Exageraram no vinho, encheram a cara; não sabem o que falam.

A embriaguez impossibilita o ordinário, invés de capacitar para o extraordinário. Digo, um bêbado não consegue falar direito seu idioma, como seria capacitado pelo álcool, a falar noutro?

Deixemos os escarnecedores, e nos ocupemos, por um pouco, dos honestos. “Que quer isso dizer?” Pedro respondeu: “Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: Nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do Meu Espírito derramarei sobre toda carne; vossos filhos e filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, os vossos velhos sonharão sonhos;” vs 15 a 17

Aquilo queria dizer que eles foram cheios do Espírito Santo, como fora predito pelo profeta.

A possibilidade sobrenatural de falar em línguas estranhas, queria dizer algo mais.

A ordem Divina nos dias antigos fora para que se espalhassem, ocupassem toda a terra. Porém, em Babel, decidiram fazer um “monumento à rebeldia”, uma torre tão alta que pudesse ser vista de muito longe, para que sempre voltassem para aquele vale. “... edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, façamo-nos um nome; para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.” Gn 11;4

Invés de glorificar a Deus, queriam fazer um nome para si; “... façamo-nos um nome...” antes que, se espalhar pela terra como ordenado, queriam um referencial para que não fizessem isso nem por acidente. “... para que não sejamos espalhados sobre a face da terra.”

Vendo isso, O Eterno desceu e confundiu as línguas; o que antes era apenas um idioma, se tornou uma miscelânea, de modo que as pessoas não se entendiam. Assim, por eliminação dos diferentes se agruparam aos semelhantes, formando inúmeras tribos que por razões óbvias, evitar estranhos com quais não podiam se comunicar, elas se espalharam por toda terra.

Eventualmente, analisando ruínas Astecas, Incas, Maias, na América, alguns, “suspeitam” que tenhamos sido habitados por extraterrestes, dado o conhecimento arquitetônico necessário àquilo; impossível, supõem, aos habitantes daqueles sítios.

Ora na região da Mesopotâmia, e Egito era avançada a arte de construir, naqueles dias. Invés de um honesto, “que quer isso dizer”, ante tais ruínas, avaliando a possibilidade de engenheiros da época terem vindo para cá na migração forçada pós Babel, preferem o “estão cheios de mosto.” Digo, “foram alienígenas.”

Duas coisas recusadas então, glorificar e obedecer a Deus, ainda são sistematicamente, onde o homem transita sem O Espírito Santo animando-o.

Então chegamos ao mais importante que aquilo queria dizer. Se em dias idos, com idioma único o povo recusou a obedecer e glorificar a Deus, então, em todas as línguas da terra, isso seria possibilitado pelo Bendito Consolador. “... todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.” V 11

Certo que há muita falsificação, gente que exibe o dom sem frutos. Entretanto, muitos escarnecedores ainda vicejam, gente de nome se dizendo servos de Deus, que zombam dos dons do Espírito Santo, como se, não fossem genuínos, nem cumprissem um propósito.

Porque eles não falam, não é demérito. “... a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12;7 Mas, qual a utilidade? Se foi dado para que Deus fosse glorificado em todos os idiomas...

Ninguém imita ao falso. Se os dons do Espírito são verdadeiros, os que escarnecem e fazem humor até, contra os que “estão cheios de mosto”, em algum momento, serão achados lutando contra Deus.

Que farsantes sejam desmascarados; maus testemunhos, depreciados. O cidadão celeste é um, “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas, honra os que temem ao Senhor...” Sal 15;4

O risco de confundir um e outro, deveria ensejar cuidado, em homens prudentes. “O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um quanto outro são abomináveis ao Senhor.” Prov 17;15

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