“Nós, cooperando também com Ele, (Cristo) vos exortamos a que não recebais a Graça de Deus em vão” II Cor 6;1
Sendo um favor Divino, não é possível que alguém receba a Graça por méritos; doutra forma deixaria de ser graça para ser mera justiça. Porém, receber em vão, dá o que pensar.
O que é vão? Aquilo que é inútil, sem proveito, ou, tido como tal, por quem o recebe. Carecemos ser ciosos da Graça oferecida, invés de a tratarmos como algo vil. Deus nos honrou e nos deu uma preciosidade; espera que a tratemos dessa forma. “Como o que arma a funda com pedra preciosa, assim é aquele que concede honra ao tolo.” Prov 26;8 Sejamos sábios, pois.
Judas aludiu a uns, “... que convertem em dissolução a Graça de Deus; negam a Deus, Único Dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.” Jd v 4
Alguns tratavam algo Excelso, como se, de parco valor, para próprio dano, e perdição. “Convertem em dissolução”, ou sejam, dissolvem-na, pelas suas maneiras ímpias e resilientes, invés de mudar, segundo lhes foi capacitado. “... fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos em novidade de vida.” Rom 6;4 Eis o objetivo!
Termos vivido de forma ímpia, errônea, antes de Cristo, e mesmo assim Ele nos ter chamado à Sua Luz Para Salvação, põe em relevo a grandeza do Seu amor; não, vulgariza a gravidade dos nossos pecados, como se, Sua inclinação perdoadora significasse uma espécie de licença para pecar. O Santo facilita quanto aos nossos erros pretéritos, mas responsabiliza-nos quanto aos passos presentes e futuros.
Aqueles que assim agem, perdem-se, não dando à santificação a necessária atenção. Sim, necessária, não, opcional; “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor;” Heb 12;14 Ou, “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8 Ainda: “Meus Olhos procurarão os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6
Deus não toma em conta os tempos da ignorância, nos quais vivemos antes, uma vez iluminados por Cristo, somos responsabilizados, desafiados a andar conforme. Caso não, no tocante a nós, a eficácia da Graça não se verifica, como pontuou João: “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros; O Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7
Dos que se recusam a caminhar na luz, todos os “cristãos” que, quando exortados a andar em santidade, abandonando seus maus hábitos, presto recitam: “Deus é amor”. Essa verdade lhes soa como um biombo atrás do qual se pode esconder as perversas inclinações, o que, no fundo, é apenas uma demonstração clara das escolhas que, também convertem em dissolução a Graça, como se, a manifestação dessa derivasse de um sentimentalismo leniente, cúmplice, irresponsável.
Deus É Amor, sim; todavia, além dos pecadores, ama também justiça e santidade. Não fosse assim, não seria necessário o Sacrifício de Cristo; bastaria O Eterno fazer “vistas grossas” às nossas falhas e a vida seguiria.
Paulo ensina os “apêndices” necessários, pós Graça; “Porque a Graça salvadora de Deus se manifestou a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente;” Tt 2;11 e 12
A abrangência do Amor Divino é universal, se manifesta a todos os homens, a essência por proba é estrita; impõe novo “modus vivendi” aos que o recebem; “... vivamos neste presente século, sóbria, justa e piamente.”
A vera conversão é tão radical que salta aos olhos, sobretudo, quando quem se converte levava uma vida dissoluta; “... Ele se inclinou para mim, ouviu meu clamor. Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;1 a 3
Moderninhos que “precisam” pintar de preto seus templos, para que, os que amam às trevas se sintam em casa, também fazem, institucionalmente vã, a Graça, como se, o trabalho da Igreja fosse agradar à impiedade, invés de desafiá-la ao arrependimento.
A sadia mensagem gera compunção, não, bem estar nos pecadores. Sempre foi assim; “Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?” Atos 2;37
A Igreja deve ensinar os rumos, não os que estão fora, em seus corações, emporcalharem-na com suas perversões desejando que ela as canonize. Senão, não só a Graça, mas a própria igreja se fará vã.
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