quarta-feira, 8 de maio de 2024

Os discursos de ódio

“... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço, e aparta seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem...” Jr 17;5 e 6

A grave consequência de se confiar no braço humano, quando deveria descansar no Divino, é a maldição. A insanidade do humanismo onde, deveria ser vivido o cristianismo, patrocina a falta de noção. A incapacidade de aquilatar, mesmo as coisas boas que, eventualmente surjam. “... não verá quando vem o bem...”

O bem, de Deus, vem, mesmo ao encontro dos maus. “Porque faz que o Seu sol se levante sobre maus e bons; a chuva desça sobre justos e injustos.” Mat 5;45

As situações trágicas como a que estamos vivendo no Rio Grande do Sul, evidenciam o melhor e o pior das pessoas. Graças a Deus, grandes demonstrações de heroísmo, desapego, empatia, voluntariado, cobrem nosso Estado. Muitos, de lugares distantes no país, se organizam e arrecadam grandes montas em dinheiro, ou, produtos necessários e enviam para cá. A omissão vergonhosa do Estado tem sido amenizada pela bravura dos cidadãos que, voluntariamente se entregam, à causa de socorrer.

O lado ruim, infelizmente também põe suas digitais, com registros de roubos, assaltos, saques, violências aproveitando-se da calamitosa situação. (Sugestão aos deputados: Apresentem um projeto transformando em crime hediondo, os crimes praticados em situações de fragilidade social como essa. Que, para criminosos em situações assim, suas culpas sejam inafiançáveis, e suas penas irredutíveis.)

Além do mal nosso de cada dia, alguns de fora, poucos, felizmente, comemoram nossa sorte, afinal, por todos os predicados que nos atribuem, dizem que merecemos isso. 

É possível que, algum bem, oriundo do maldito Rio Grande do Sul esteja sendo usufruído por esses que nos odeiam e desejam nosso extermínio, nesse exato momento.

Afinal, nosso Estado produz, 12.7 milhões de toneladas de soja por safra. Sete em cada dez pratos de arroz servidos no Brasil cresceram aqui, pois, somos responsáveis por mais de 68 % da produção nacional; na área avícola, além do mercado interno, exportamos para 131 países; do trigo, 52 % da produção nacional cresce nos pampas. Ainda jorra daqui, mais de 4 bilhões de litros de leite anuais. O rebanho bovino é de 10.8 milhões de cabeças, exportando para quase cem países. (fonte: Site CompreRural)

Além dessas coisas, o Rio Grande é pujante na produção de cítricos, maçãs, uva, derivados etc.

Se, esses não conseguem torcer pelo nosso bem por empatia, poderiam fazê-lo ao menos por esperteza; pelo que significa nosso sofrido Estado no âmbito nacional.

Porém, além da baba do ódio difícil de fundamentar, uma cavalar dose de estupidez assoma, nas vidas desses que veem motivo para comemorar a tragédia daqui. Xandão o paladino contra discursos de ódio tirou férias.

Que nossas vidas sejam coisas descartáveis, vá lá; não somos grande coisa mesmo. Contudo, muito do que foi gerado aqui, serve à nação inteira. Quando o mal das consequências vier, atingirá todo o país pelas razões alistadas acima; eles também não verão. Tal é a maldição de quem se recusa à luz; tatear no escuro até que se arrependa para ser curado, ou seguir assim, errante, estúpido, traidor de si mesmo.

Falando em cura, Luciano Huck disse que a Madonna trouxe cura para um país dividido. Droga! eu continuo doente, acho que não ruminei minha dose.

O que fragmenta o país desde longa data, é um discurso safado, estrategicamente pensado, visando dividir para dominar. Negros contra brancos; gays contra héteros; pobres contra ricos, sulistas contra nordestinos, conservadores contra os “progressistas”, etc.

Ora, somente personalidades do lado esquerdo foram homenageadas no Rio; apenas os “valores progressistas” foram vistos na encenação apresentada. A corrupção que indigna patriotas, e mau uso do dinheiro público também compareceram.

A primeira vez que vejo uma mediação pacificadora que adota todas as inclinações de uma parte em oposição à outra. Que alguém diga ao ilustre apresentador, que essa “lata velha” de tentar substituir fatos por narrativas não tem concerto.

A divisão ficou ainda mais visível; de um lado, pornografia, satanismo, corrupção e mentiras; até vultosas “doações” fakes; de outro, apenas gente decente.

Muita gente valiosa segue abnegada, importando-se mais com vidas, que com bandeiras; com empatia, que com ideologia. Eu penso diferente de muitas pessoas no prisma político, artístico, espiritual. Não quero que os que pensam diferente, morram; quiçá possa convencer algum a mudar de ideia. Se, convencido que estou errado, eu mesmo ouso mudar.

Mas que me convençam segundo a Lei do Senhor, não pelo braço humano. Acho que é missão difícil; “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Sal 125;1

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