domingo, 5 de maio de 2024

A Nova Aliança


“Esta é a Aliança que farei com eles depois daqueles dias, diz O Senhor: Porei Minhas Leis em seus corações, escreverei em seus entendimentos; e jamais Me lembrarei de seus pecados e suas iniquidades.” Heb 10;16 e 17

Na Antiga Aliança, a expiação, por razões óbvias, tratava apenas do passado. Ninguém se arrependeria no momento em que estava pecando, de modo a oferecer sacrifícios concomitantes ao erro; tampouco, ofereceria por pecados futuros, como que, fazendo um “crediário” para pecar. Inevitavelmente, os sacrifícios traziam remissão dos males feitos.

Quando na Nova Aliança, mediante O Sangue de Cristo, O Senhor diz: “... jamais Me lembrarei de seus pecados e suas iniquidades.” Também está tratando de nosso pretérito de erros, que foram purificados, mediante os Méritos do Salvador; porém, o alcance de Cristo vai além.

A purificação foi mais profunda que a do sacerdócio levítico, a eficácia também é maior, pode tocar o devir. “Porque, se o sangue dos touros e bodes, a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno Se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo?” Heb 9;13 e 14

Não significa que eu espose as ideias do Calvinismo; uma vez salvo, sempre salvo. Tampouco, que, uma vez que nasci de novo, posso soltar os bichos, posto que, O Sangue me purifica. Não é esse o argumento que proponho, quanto à eficácia futura da remissão em nós.

Antes, que a consciência, além de purificada é também vivificada, de modo a falar nitidamente, antes que venhamos a pecar, deixando claro que não devemos fazer isso. Se ela for ouvida, prevenirá pecados futuros, funcionando como um freio aos maus instintos, para que não venhamos a errar.

As Leis Divinas escritas em nossos corações e entendimentos, tolhem que pequemos por ignorância; O Espírito Santo dado aos renascidos possibilita que eles andem em obediência. Essa é a eficácia futura, da remissão de Cristo. Limpa nosso passado, e capacita a seguirmos limpos ao porvir. Coisa que os antigos sacrifícios não faziam, em sua monótona repetição. “Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados.” Heb 10;3 Falando de Cristo o profeta diz: “... Ele será como fogo do ourives, como sabão dos lavandeiros.” Ml 3;2

Claro que, malgrado as advertências de nossas consciências, ainda falhamos. Não mais sem dor, sem culpa, como era quando estávamos mortos. “Se a consciência não fórum freio, ela será um chicote.” Samuel Bolton.

Sabedor, disso, João escreveu: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, não há verdade em nós. Se confessarmos nossos pecados, Ele É Fiel e Justo para nos perdoar os pecados, nos purificar de toda injustiça.” I Jo 1;8 e 9

Assim, não carecemos de novo sacrifício; antes, arrependimento, confissão e mudança de atitude. A promessa Divina diz: “Jamais Me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades.” Não significa que as não cometeremos, eventualmente. Mas, que enquanto estivermos em Cristo, não sendo a iniquidade um modo de vida, mas, um tropeço eventual, Deus seguirá em Sua “amnésia” bendita. “Não me lembrarei.” Ou seja: Nos perdoará.

Porém, os que brincam com essas coisas, tendo conhecido a Cristo renascido Nele, voltam ao modo de vida antigo, como se, O Resgate do Calvário fosse ordinário, frágil como eram os primeiros, onde se ofereciam animais, com suas atitudes valoram para si, a Remissão Divina oferecida gratuitamente.

Ao tratarem Cristo de modo raso, não O diminuem; mas fecham para si as portas da salvação. “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se fizeram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, O expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

O Calvário é a solução final de Deus, quanto ao pecado; “Este, porque permanece eternamente, tem um Sacerdócio Perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” Heb 7;24 e 25

O Senhor nos capacitou a obedecer, vivificando nossas consciências e dando-nos O Espírito Santo; “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Agora, que, finalmente nosso arbítrio é livre, podemos fazer o que devemos; nossas escolhas serão patentes por nossas obras, mais que, pelas palavras. “... a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis; do pecado para morte, ou da obediência para justiça.” Rom 6;16

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