segunda-feira, 15 de abril de 2024

Sem censura


“Morte e vida estão no poder da língua; aquele que a ama comerá do seu fruto.” Prov 18;21

Muito ouvi esse texto sendo mal interpretado, de modo a sugerir o tal “poder da palavra” que, segundo seus proponentes significa que, o que falamos, necessariamente acontece. Assim, só deveríamos falar coisas “positivas”.

Não é essa a ideia. Nos dias de Salomão havia pena de morte; um testemunho a favor ou contra alguém, tanto poderia livrar, quanto, condenar. Daí o conselho para sermos prudentes com o uso da língua, sob pena de cometermos injustiças; a Justiça Divina nos fará colher o que plantarmos. “... comerá do seu fruto.”

Um desdobramento mais amplo do mandamento que veta o falso testemunho. A palavra dos homens ímpios sequer tem o “poder” de se manter fiel; tanto, que, os tratos entre eles carecem ser registrados perante testemunhas, os “contratos”; não raro, acabam na justiça pelo não cumprimento, para que a força das leis suplemente o que falta, aos seus caracteres defeituosos.

Cristo exortou que sejamos ponderados com nossas falas, porque as “leis” que escrevemos quando aprovamos ou reprovamos algo, serão usadas em nosso julgamento. “Porque por tuas palavras serás justificado, por tuas palavras serás condenado.” Mat 12;37

Tiago também aconselhou a prudência com o falar. “Com ela (a língua) bendizemos a Deus e Pai; com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto seja assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e amargosa?” Tg 3;9 a 11

Antes, reduzira a ideia numa sentença: “Portanto, meus amados irmãos, todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” Cap 1;19

Salomão versara sobre as vantagens de calar; “Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; o que cerra os seus lábios é tido por entendido.” Prov 17;28

Todo esse compêndio de ensinos, conselhos sobre o falar consequente só é necessário, porque concorre a presunção que todos seremos livres para falarmos o que desejarmos. Se assim não fosse, bastaria um mandamento nos amordaçando, quanto ao que não podemos falar, e pronto.

Não é próprio de Deus, que preza pela nossa liberdade de escolha, que sejamos tolhidos nem mesmo “para nosso bem”, como tencionam os legisladores brasileiros que pretendem impor a censura.

Malgrado seus argumentos nobres, como “proteger à democracia”, a patifaria não deixa de ser o que é, apenas porque alguém decidiu mudar suas vestes. Ora, a democracia prevê, justamente, liberdade de escolha, locomoção e expressão. Como poderia ser protegida, se, violada em seus fundamentos? É preciso ser muito canalha para esposar algo assim.

Outros argumentos igualmente “nobres” dos nossos “democratas” seria tolher às ditas fake News, à desinformação. Ora, a notícia falsa se combate com a verdade. A desinformação, com a informação correta.

Por exemplo, outro dia o presidiário ladrão disse que Israel matou 12.300.000 crianças em seus bombardeios em Gaza. Para destruir essa grotesca mentira, basta informar com dados, que o número total de mortos de ambos os lados no conflito está em torno de 30.000 pessoas. E a população de Gaza é de dois milhões de pessoas.

Mas os combatentes das falsidades não ligam se o fulano disse algo assim. Disse ainda o pai da mentira citado, outra, aludindo ao número de 186 milhões de casas que Bolsonaro teria deixado inconclusas e seu governo estava concluindo e entregando. Ora, sendo nossa população pouco mais de 210 milhões, a uma média de três pessoas por domicílio, não excederia o total de moradias do país, entre casas e apartamentos, a 70 milhões. Alguém se importou com essa fala, combateu-a? Não. Por quê? Porque, o que incomoda esses pilantras não são as mentiras, antes, a verdade.

A censura faria com o cidadão comum, que se expressa mediante as redes sociais, o que os “pixulecos”, o dinheiro da corrupção, faz com a prostituta que foi Imprensa um dia. Cala-a.

A dominação dos “Supremos” ditadores em nossa nação, é tal, que nenhum cidadão pode falar nada no sentido crítico, sem sentir o peso do Estado opressor. Ora, as leis existentes já disciplinam contra calúnias, injúrias, difamações.

Onde essas coisas forem cometidas, não necessitamos de novas leis; basta aplicar as existentes. Porém, para se proibir a verdade, sim, são necessárias severas leis. Esse é o ponto que está vindo à luz mediante Elon Musk; isso vai colocar abaixo o império das mentiras.

A “democracia sem povo” ruirá; os “eleitores” que puseram o embuste corrupto que aí está, serão responsabilizados pelo que fizeram. Mais que pela palavra, Deus julga pelas ações. “Alexandre... causou-me muitos males; O Senhor lhe pague segundo suas obras.” II Tim 4;12

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