segunda-feira, 22 de abril de 2024

A saga da vida


“De um só sangue (Deus) fez toda geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;26 e 27

O Eterno determinou os tempos e os limites de nossa habitação; isso não significa que A Palavra Dele corrobore o fatalismo, comum nas tragédias gregas. A “determinação” Divina nos restringe a certo número de anos sobre a terra, dentro dos quais, nos convida à reconciliação consigo, mediante Jesus Cristo. “... Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Sem essa história vulgar que, a hora da morte de cada um está escrita, e ninguém escapa. Muitas vidas são abreviadas por escolhas humanas, não pela vontade Divina. Estava escrito todo um compêndio de ensinos que poderiam prolongar, qualificar a vida, e foi ignorado; Deus não é agente dessas mortes.

Temos a “mordomia” de nossas vidas dentro de certo limite de tempo, no qual, nossas funções vitais funcionam devidamente se forem cuidadas com zelo. Inconsequentes, podemos ser displicentes no exercício do nosso arbítrio. “Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas louco; por que morrerias fora de teu tempo?” Ecl 7;17

O fato que alguém poderia morrer “fora de seu tempo”, por si só já elimina o fatalismo, fazendo-nos consequentes, responsáveis. “... Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Nosso tempo tem um “teto”, um limite ao qual não excederemos; somos mordomos das nossas vidas, responsáveis pelas escolhas que fizermos.

Uma coisa que escapa ao raciocínio lógico, é ver alguém vivendo aqui, como se, sua existência pudesse ludibriar aos portais do tempo, alcançando lonjuras impensáveis à “matéria-prima” da qual dispomos.

Amontoam metais que dariam para viver folgadamente uma centena de vidas; fazem projetos de poder, como se, suas existências fossem durar para sempre. Qual o sentido disso?

“... perecem igualmente tanto o louco quanto o bruto, e deixam a outros, seus bens. Seu pensamento interior é que suas casas serão perpétuas e suas habitações de geração em geração; dão às suas terras seus próprios nomes. Todavia, o homem que está em honra não permanece; antes é como os animais, que perecem. Este caminho deles é sua loucura; contudo, sua posteridade aprova suas palavras.” Sal 49;10 a 13 Natural que os pósteros aprovem uma vez que serão eles que, usufruirão os bens que os inconsequentes amontoaram.

Embora os mais longevos possam viver em torno de uma centena de anos, a média é bem aquém disso. A qualidade de vida termina depois de certa idade, pela fragilidade da nossa constituição; “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos; se, alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta, vamos voando.” Sal 90;10

Além disso muitos imprevistos concorrem; de modo que, mesmo o dia de amanhã, só será nosso, se a Graça Divina assim o quiser. “Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, contrataremos e ganharemos; digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, se vivermos, faremos isto ou aquilo.” Tg 4;13 a 15

Sendo assim, o homem prudente deveria dar ouvidos ao chamado do amor Divino como uma coisa urgente, a ser recebida de imediato, pela incerteza quanto ao porvir. “... Hoje, se ouvirdes Sua Voz, não endureçais os vossos corações...” Heb 3;15

O Salvador mencionou a um “próspero” que amontoou coisas materiais durante a vida, sem se preocupar com a vida espiritual. No auge das muitas riquezas, pensava em “curtir” sua prosperidade; “Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite pedirão tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” Luc 12;20

A vida terrena é uma dádiva de espaço e tempo, onde os degredados da Divina presença pelo consórcio com o pecado, têm oportunidade de reencontrar o “caminho de casa”. 

Felizes os que, como o pródigo, ao sentir as consequências das más escolhas reconsideram em tempo; “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus servos.” Luc 15;18 e 19

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