segunda-feira, 15 de abril de 2024

Obras abandonadas


“... Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

Entendermos que somos projetos inconclusos é vital para que nosso crescimento espiritual seja possível. Senão, podemos nos tornar rústicos, inacessíveis, impermeáveis ao conhecimento, refratários a correção.

O primeiro passo nessa direção é o acendimento da luz espiritual, a revelação Divina sobre Suas Santas demandas.

A luz suplementa-nos quanto ao que falta no entendimento. Nos faz ver como as coisas estão na dimensão espiritual. Todavia, a decisão sobre andarmos na luz, agirmos conforme a Divina Justiça que nos foi mostrada, é opção particular de cada um. Saberemos o certo, se, buscarmos aprender de Deus; mas o aperfeiçoamento só se dará se nos deixarmos moldar.

O problema de nos pormos avessos aos ensinos do Mestre, indispostos à obediência, é que, anulamos pela rebeldia a eficácia do que O Salvador fez por nós. Seu sacrifício foi para nos salvar, também foi para regenerar, não mais segundo nossa rasa escala de valores. “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;20 e 21

A luz permite ver. A vontade deve se submeter a Cristo, “tomar Seu jugo”, se queremos andar Nele e com Ele. Senão, por religiosos que pareçamos, seremos uma fraude; uma obra incompleta que recusa ser aperfeiçoada, embora carecendo grandemente. “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

O primeiro “inconveniente” da luz, é que desconforta aos que ilumina. Invés de dourar à pílula da verdade, apontar ao “grande potencial humano” ou trazer incondicionais promessas “de Deus”, como fazem tantos falsos profetas, a luz confronta ao pecador deixando patentes seus descaminhos.

Os que procuram ser agradáveis, aceitos, mais do que ser verdadeiros, falseiam, no anelo por aplausos, quando, deveriam ser apenas instrumentos para iluminar. Aquele que lida mal com luz quanto às próprias imperfeições, não tem autoridade moral para ser um instrumento na correção das alheias. “Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10;6

A rejeição a Cristo, e consequente perseguição, fora a resposta do establishment religioso, pelo mal estar que a Luz causava. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para luz, a fim de que, suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

O crescimento proposto aos salvos não é coisa de pequena monta; os dons ministeriais foram dados, “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da Estatura Completa de Cristo.” Ef 4;12 e 13

Foi Ele que em nós começou a “boa obra”; não se dá por satisfeito com nada menos que nossa santificação. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor;” Heb 12;14 “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8

Embora nossa edificação mediante O Espírito Santo, seja Ele, Cristo, em nós, somos responsáveis pela parte que nos toca; obedecer, andar na luz. Caso a edificação fracasse, sempre será nossa a culpa.

Cristo advertiu Seus pretensos seguidores a calcularem os custos, antes de se meter na “construção”; “Pois, qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou edificar e não pôde acabar.” Luc 14;28 a 30

Os que largam a obra inconclusa, além de se fazerem piores que, os que nem a começaram, ainda reincidem sua maldade sobre O Salvador; “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se fizeram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus...” Heb 6;4 a 6

Quando a obra para, em nós, é porque paramos de querer, de obedecer. Deus ainda quer, embora respeite ao não querer humano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário