quarta-feira, 17 de abril de 2024

A queda do Faraó


Uma mentira mil vezes repetida torna-se uma mentira enfadonha, insuportável. Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, defendia que se tornaria verdade. Como a frase dele era mentirosa, quando formulada, ainda segue sendo mentira, uns oitenta anos após. Será que não foi suficientemente repetida?

Os fabricantes de narrativas precisariam aprender, (embora não o farão) que a verdade é uma barreira que não pode ser removida aos gritos. As muralhas de Jericó caíram quando o povo gritou, não por causa dos decibéis; mas, porque Deus as queria derrubar. No mais, como disse o apóstolo Paulo, “Nada podemos contra a verdade; senão, pela verdade.” II Cor 13;8

O Brasil passou décadas, refém do “Teatro das Tesouras”, onde, atores canastrões interpretavam pelejas renhidas, enquanto dividiam o país entre si; até a surpreendente vitória de Jair Bolsonaro em 2018.

Os teatrólogos, quando viram que a vitória dele era irreversível, afiaram a faca e alugaram Adélio; afinal, era urgente que “defendessem à democracia.”

Como a “defesa direta” falhou, afiaram os dois gumes das línguas, e passaram quatro anos, colando rótulos depreciativos e mentirosos, num homem honesto, que, convalesceu do atentado, enfrentou uma pandemia, teve oposição da imprensa, STF e Congresso, além dos partidos de oposição; ainda assim, gerou empregos, mais de 400 mil com carteira assinada, enxugou a máquina estatal, coibiu gastos desnecessários e entregou o país com um superávit acima de 50 bilhões.

Esses números associados a ausência de arroubos autoritários que seus desafetos garantiam que ele tomaria, recrudesceram o apoio dos que já lhe eram leais, e conquistaram a muitos que vacilaram, desencorajados pelas falácias dos opositores.

Assim, sua reeleição seria inevitável, se, os votos não fossem “contados” numa “sala baixa” onde só, anões Morais poderiam entrar.

Oficializado o “resultado” do pleito, com tanta credibilidade, quantos cabelos ostenta o Supremo Xandão, o ladrão que não poderia concorrer por duas razões; estava condenado e não tinha ficha limpa, voltou “à cena do crime” como advertira seu vice, Geraldo Alckmin.

Desde então, nosso país descobriu a “democracia relativa”, que, traduzida em miúdos significa, sem povo. O “fascista” Bolsonaro continua atraindo multidões por onde passa; o “Pai dos pobres” só se atreve entre plateias amestradas, ou, miseráveis alugados a pão e mortadela.

Todas as medidas ditatoriais que tolheram jornalistas, influenciadores, e parlamentares de direita, sempre eram tomadas “em defesa da democracia”. Ao atropelo das leis, sem devido processo, e sempre no STF, mesmo, contra quem não tem foro privilegiado.

A ameaça "totalitária" de Bolsonaro e seguidores precisava ser contida a todo custo. Dada a “nobreza” das razões, esses deslizes eram um mal menor, em defesa da nossa nação.

A mínima discordância com a quadrilha empoderada, invés de tida como uma crítica, sempre foi tratada como um “ataque às instituições”, uma “conspiração de extrema direita”, um câncer a ser extirpado na origem.

Bolsonaro esteve no poder por quatro anos. A quantos prendeu? Desmonetizou? Censurou? Impediu de trabalhar? Forçou a tomar vacinas? Nenhum. Onde então a ameaça? Nas torneiras da corrupção fechadas; no projeto lulo/comuno/totalitarista ameaçado; na crise de abstinência dos corruptos, dos três poderes, e da imprensa.

O Faraó do STF estava pintando e bordando sem restrições, até que, por desafeito a conhecer limites, pisou no calo de Elon Musk, o bilionário sul africano.

Na sua sede perseguidora aos que “ameaçavam à democracia” impunha às plataformas digitais, censura, banimento, exclusão de personalidades de viés direitista, requerendo ainda, que essas ações fossem qualificadas como política interna das plataformas, não demandas do ministro.

Mais de uma vez escrevi que, no devido tempo todos entenderiam o que significa, “Deus acima de todos”, parte do lema do Bolsonaro.

Como nenhum brasileiro podia nem sequer criticar ao Xandssés, o Faraó, sem ser preso ou ameaçado de prisão, Deus usou ao milionário Elon, para jogar “defesa da democracia” no ventilador, de modo que, o mundo inteiro pudesse ver, como agora, pode.

Imprensa internacional, Congresso Americano, Parlamento Europeu, Tribunal de Haia, começam a ser inteirados do que eles fizeram; e, os que acreditavam que falácias destiladas no modo cantilena, se tornariam verdades, começam a descobrir que, não.

Além de cheirar mal, a coisa produz uma reação em cadeia, onde parte dos ratos de “la prensa” já abandonam o navio; pois, as temidas “pragas” da justiça e da verdade sonegadas, pouco a pouco são enviadas, evidenciando que, os pés do Faraó e asseclas eram de barro.

Em poucos dias não ficará pedra sobre pedra, no reino de “Alexandria”; inocentes serão libertos, e teremos nova “reação em cadeia”; os que lá já estão e aplaudem a gatunocracia vigente, reagirão estupefatos, vendo tantos “grandes” finalmente adequados ao nicho que lhes convêm. Até a morte de Celso Daniel voltará à cena, e os matadores serão julgados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário