quinta-feira, 18 de abril de 2024

O invisível em evidência


“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus.” Ef 3;10

“Para que agora...”
essa afirmação sugere que, noutro tempo foi diferente; agora...

Deus sempre desejou ser conhecido através do Seu povo. Quando ensinou seus preceitos, anexo aos cuidados com os escolhidos trazia esse alvo. “Guardai-os e cumpri-os, porque isso será vossa sabedoria e entendimento perante os olhos dos povos; que, ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e entendida. Pois, que nação há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o Senhor nosso Deus... ?” Deut 4;6 e 7

Não apenas entendidos, mas íntimos do Senhor. A escolha do povo hebreu, dava-lhes o privilégio de serem povo exclusivo do Senhor, e a responsabilidade de serem uma embaixada dos Céus na terra.

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes Minha Voz e guardardes Minha Aliança, então sereis Minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é Minha. Vós Me sereis um reino sacerdotal e povo santo...” Ex 19;5 e 6

O propósito do Eterno esteve longe de ser alcançado, pelos descaminhos em que se extraviaram os escolhidos. Mediante Isaías, O Criador alegorizou Sua decepção: “Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu lhe não tenha feito? Por que, esperando que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas? ... Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, os homens de Judá são a planta das Suas delícias; esperou que exercesse juízo, e eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” Is 5;4 e 7

O Divino propósito de ser conhecido mediante Seu povo fracassou, por causa da subserviência humana aos maus desejos, coisa que aconteceria, inexoravelmente, com qualquer etnia. A submissão aos desejos da carne, em rebeldia contra os mandamentos Divinos é um mal que se espraia entre todos; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Aludindo e contrapondo-se àquela videira que degenerou e deu maus frutos, O Salvador disse: “Eu Sou a videira verdadeira, Meu Pai É O Lavrador. Toda a vara em Mim, que não dá fruto, tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais.” Jo 15;1 e 2

A impossibilidade humana de frutificar como Deus deseja, foi evidenciada também pelo Salvador; “Estai em Mim, e Eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu Sou a videira, vós as varas; quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer.” Vs 4 e 5

Embora desejando ser conhecido, não tendo sido devidamente representado pelo Seu povo na Antiga Aliança, agora, em Cristo, isso mudou; “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem vê a Mim vê O Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” Jo 14;9 “... falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da Sua Glória, Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;1 a 3

Em Jesus Cristo, a Expressa Imagem do Eterno foi vista e ainda pode ser. Naquela ocasião, o privilégio e a responsabilidade foram dos Hebreus; hoje, cabe aos cristãos; “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus.”

A conversão não é um convite a desfrutarmos de vantagens em Deus; antes, o privilégio de sermos salvos da perdição, das inclinações perversas do mundo, e a reponsabilidade de representarmos ao Santo, com nossas atitudes, não com palavras; “Como é Santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda vossa maneira de viver;” I Ped 1;15

Mera profissão sem obras correspondentes é fé morta, que Tiago denunciou; “... a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, eu tenho as obras; mostra-me tua fé sem tuas obras, e te mostrarei a minha, pelas minhas obras.” Tg 2;17 e 18

Fomos ensinados a fazer nossas petições em Nome de Jesus; mais que um poder que avaliza nossos pleitos, isso é um compromisso que os limita. Como pediríamos em Nome Dele, coisas que Ele desaprova? “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Somos responsáveis por representar O Santo diante desse mundo. Façamos, pois, de modo honroso. “... aos que Me honram honrarei, porém os que Me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30

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