sábado, 6 de abril de 2024

O dia do Senhor


“O dia do Senhor virá como o ladrão de noite...” II Ped 3;10

Não que os demais dias sejam fortuitos, ou nossos; apenas um, seja do Senhor. Porém, assim é chamado o período em que O Senhor, finalmente, decidirá acertar contas com a humanidade, trazendo o juízo.

“Ai do dia! Porque o dia do Senhor está perto, virá como uma assolação do Todo-Poderoso.” Jl 1;15

“Ai daqueles que desejam o dia do Senhor! Para que quereis vós este dia do Senhor? Será de trevas e não de luz.” Am 5;18

“O grande dia do Senhor está perto, sim, está perto, se apressa muito; amarga é a voz do dia do Senhor; clamará ali o poderoso.” Sof 1;14

Pedro cita Joel: “O sol se converterá em trevas, a lua em sangue, antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor;” Atos 2;20 etc.

Vemos, pois, que o dia do Senhor não é um texto solto numa névoa obscura que algum profeta soprou sobre os ares da revelação; antes, algo categórico, afirmado, explicitado e reiterado; no devido tempo, sua incidência será inevitável.

Pedro pontuou que a “demora” do Senhor em tratar com a humanidade seria usada como se significasse falaciosa Sua Palavra; “... nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo suas próprias concupiscências, dizendo: Onde está a promessa da Sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” II Ped 3;3 e 4

A relação do Eterno com o tempo não é a mesma nossa; “Amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda Sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânime para conosco, não querendo que alguns se percam, senão, que todos venham a arrepender-se.” II Ped 3;8 e 9

“O dia do Senhor virá como o ladrão, de noite...”
embora O Senhor venha para buscar o que é Seu, usa a figura do ladrão para ilustrar o “modus operandi”.

O ladrão vem inesperadamente; leva o que há de mais valioso; e o seu “feito” só é percebido depois, quando é tarde demais para evitar.

Embora muitos alardeiem um tempo de avivamento, isso brota do desejo dos seus corações, não, da Palavra. O Salvador ensinou que voltará em tempos de apostasia. “... Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” Luc 18;8

O que há de precioso para O Senhor? Cada alma salva, segundo o Salvador, vale mais que o mundo inteiro perdido. Os fiéis a Ele são o objetivo da Sua volta; “Os Meus Olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

Se, para o mundo soam a “fundamentalistas, radicais, donos da verdade, feitores de discursos de ódio...” os fiéis ao Senhor, para Ele, isso é o que há de mais precioso; precisamente, por terem se mantido separados do mundo, por amor a Ele, como Ele prescreveu; “Dei-lhes A Tua Palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não sou.” Jo 17;14

O “roubo” será percebido tardiamente; só será entendido pelos desviados da verdade, que, a tendo aprendido, não foram resilientes o bastante, para nela perseverar.

Mas, perguntaria o mais atento; estou falando sobre o arrebatamento, ou o juízo do Senhor? Ambas as coisas fazem parte do “Dia do Senhor.” Remover os Dele do ambiente onde cairá Seu Juízo, é por assim dizer, o “juízo” do Senhor, quanto aos que nele creram. “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Quando ensinou que não veio julgar, mas salvar, deixou evidente que o mundo já está condenado, como sistema ímpio; embora, individualmente as pessoas que se arrependem e mudam, ainda serão salvas. “Quem crê Nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no Nome do Unigênito Filho de Deus.” Jo 3;18

Quem tomou posse da vida eterna aqui, não vive contando os dias com sofreguidão, como os que acham que tudo se resume à existência terrena; “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Invés de olhar sôfregos ao “horizonte” em busca de sinais da volta do Senhor, desejamos que demore um tiquinho ainda; afinal, há tantos que gostaríamos de ver salvos.

Quando acontecer, se cumprirá a sentença de Rabelais, poeta francês: “Conheço muitos que não puderam quando queriam, porque não quiseram, quando podiam.” Hoje, ainda podes.

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