quarta-feira, 10 de abril de 2024

Banidos do Reino


“Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, impuro, avarento, o qual é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus.” Ef 5;5

“Porque bem sabeis isto:”
Costumamos pensar na Palavra de Deus como Fonte que nos revela algo; assim é. Entretanto, também pode reiterar o que já é sabido. Alguém disse que, “A verdade precisa ser diuturnamente repetida em palavras, porque a maldade se repete em ações.”

“Chover no molhado”, repetir ante alguém, o que esse já sabe, também faz parte dos Divinos cuidados para com aqueles que O Senhor chama. “... Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas; é segurança para vós.” Fp 3;1

Paulo estava reprisando ensinos que eram de conhecimento dos cristãos efésios, que julgou oportunos. Alistou alguns tipos que “não têm herança no Reino de Cristo e de Deus.” Não significa que seja essa, uma lista exaustiva; antes, o apóstolo arrolou os primeiros tipos réprobos, que lhe vieram à mente.

“... nenhum devasso...” Os depravado nos costumes, libertinos, licenciosos, perversos, não serão admitidos no Reino. Gostaria de saber o quê, os que pretendem “editar” à Bíblia fariam com um texto assim. O baniriam simplesmente, ou, dourariam à pílula com quais palavras?

A Palavra de Deus, precisamente por ser o que é, costuma confrontar más inclinações, denunciando-as como réprobas ante O Eterno. Enquanto obra o mundo por ser inclusivo, abrigando na legitimação social, toda sorte de comportamentos, por detestáveis que sejam ante O Senhor, Ele segue Exclusivo, Impoluto, Indômito, Santo.

“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual, ninguém verá o Senhor...” Heb 14;12 “Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6

“... impuro...”
A separação demandada dos que pretendem pertencer a Cristo, tolhe toda sorte de misturas, com aquilo que desafina dos santos preceitos. Fazer distinção entre o santo e o profano, é o primeiro passo que deve aprender, aquele que pretende se conservar puro, como templo do Espírito Santo.
Desde a Antiga Aliança essa separação era demandada. “Para fazer diferença entre o santo e o profano, entre o imundo e o limpo...” Lev 10;10

A mera cobiça do olhar, já macula à alma humana pela impureza, como ensinou O Salvador; “... qualquer que atentar numa mulher para cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Mat 5;28
O Senhor usou uma pesada alegoria quanto à necessária disciplina dos olhos; “se, teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no Reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.” Mc 9;47

Tiago exortou contra o coração duplo: “Chegai-vos a Deus, Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Tg 4;8

A devassidão se espraia, sobretudo, pelas formas alternativas de relacionamentos; a impureza, mesmo nas formas tradicionais, também pode acampar.

“... ou avarento, o qual é idólatra...” Em geral se pensa na idolatria como confecção e adoração de imagens; esse é o aspecto mais grosseiro. A superestima fanática de pregadores e cantores, também é uma forma de idolatria, que muitos professos cristãos, cometem. Porém, mais sutil é o exagerado apego materialista, o amor ao dinheiro.

Invés de liberalidade para com as carências dos irmãos mais pobres, e para com as necessidades da Obra de Deus, sendo generosos nas ofertas e fiéis nos dízimos, muitos se apegam ao que podem, para burlar isso, mesmo jurando confiança irrestrita no Eterno.

Apareça um “teólogo” dizendo que não precisamos mais templos, (“desigrejados” assoviarão com dois dedos à boca) e que os dízimos foram abolidos, pronto; os avarentos terão seu “mestre”.

Pouco importa se, os postulados desse, não suportem a um sadio escrutínio da Palavra. Os “Mamonitas” desqualificarão a quaisquer expositores, por aptos que sejam, e ficarão com seus colegas de afeto monetário.

Paulo exortou ao jovem pastor, Timóteo: “Os que querem ser ricos caem em tentação, laço, muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;9 e 10

Sendo um cuidado amoroso e necessário, a repetição de preceitos vitais, pois, parece oportuno terminar essa abordagem, com a reiteração do que foi assentado no princípio: “Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, impuro, avarento, o qual é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus.”

O Salvador nos ensinou a colocarmos as coisas na devida ordem; “buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

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