sábado, 6 de abril de 2024

Falácias


“Não te precipites com tua boca, nem teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, tu, sobre a terra; assim sejam poucas tuas palavras.” Ecl 5;2

“Portanto, meus amados irmãos, todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” Tg 1;19

“Porque, como na multidão dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras; mas tu, teme a Deus.” V 7 “Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; o que cerra seus lábios é tido por entendido.” Prov 17;28

O apóstolo Tiago pormenorizou razões; “... a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade; está posta entre os nossos membros, contamina todo o corpo, inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. Porque toda a natureza, tanto de bestas feras quanto aves, tanto de répteis quanto animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; mas, nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.” Tg 3;5 a 8

Quem jamais se precipitou com seus lábios, falando algo inoportuno? Atrevo-me a dizer que é um erro que todos já cometemos. Como seria se, todos nossos ditos fossem escritos, armazenados num livro, depois, cotejados um como outro, estudados, como A Palavra de Deus é?

Eventualmente alguns se jactam: “Não tenho medo da colheita, pois, bem sei da semeadura.” Bom é que tenhamos convicção das escolhas, dos valores que esposamos, das nossas atitudes. Entretanto, mesmo os melhores caracteres, sempre carecerão pedir perdão, cientes que nem todas suas ações foram probas, prudentes, oportunas como desejaria a pura sabedoria. Admitirmos nossos erros, aliás, é uma das nossas melhores falas, dado o concurso da verdade e da honestidade intelectual.

O salvador ensinou-nos a ser avisados quanto ao exercício da fala; “Mas, vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.” Mat 12;36

Há um testemunho preservado num memorial, que, arrola as falas dos que temem a Deus; certamente, o faz, O Eterno, para recompensá-los por elas; se fosse para punir seria atinente a todos, não apenas aos que O servem;
“Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; O Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram O Senhor, para os que se lembraram do Seu Nome. Eles serão Meus, diz O Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para Mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Ml 3;16 a 18

Meras falas não bastam. Os hipócritas costumam falar muito bem. Todavia, aqueles que têm o hábito de ser honestos, suas falas refletem à verdade; seus corações podem ser “vistos” pelas coisas que deles vertem; “Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.” Mat 12;34

Certas coisas são impossíveis sem a palavra; o ensino, sobretudo. Embora os bons exemplos tenham lá sua eloquência, a explanação dos motivos, costuma emprestar sentido às ações. Nossas atuações serão motivo de demanda, como ensinou Pedro: “... estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós...” I Ped 3;15

Não se trata de vetar à fala trocando-a por comunicação alternativa, vias sinais, por exemplo; antes, de conselhos práticos advertindo contra a incontinência verbal, que costuma ser veículo de grandes males.

Abstém-se de erros, quem reverbera de modo idôneo o que O Senhor diz: “Se alguém falar, fale segundo as Palavras de Deus...” I Ped 4;11 

Entre as muitas coisas que a Palavra prescreve temos: “Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor, aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Os que cobrem o mundo com decibéis falsos, apregoando aos quatro ventos o que “O Senhor lhes mostra”, deveriam aprender a calar a boca, para ouvir o que O Senhor diz: “Não mandei esses profetas, contudo eles foram correndo; não lhes falei, mas eles profetizaram. Mas, se estivessem no Meu conselho, então teriam feito Meu povo ouvir as Minhas Palavras, o teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações.” Jr 23;21 e 22

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