segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O PT e o cinto de castidade

O que há de errado com a esquerda? Minha análise é ideológica, abstraindo roubo, corrupção, que são erros em qualquer parte. Aversão à “burguesia” e “opção pelos pobres” não é meritória?

Bem, guindar desfavorecidos a um upgrade econômico, inclusão social, é sempre bem-vinda. Não creio que haja um partido que seja contra isso, estritamente. A diferença é de método, não de fim. Enquanto os liberais acham que o crescimento se dá via círculo virtuoso, onde, medidas estruturais macroeconômicas sensatas, ensejam a organização que fará a economia crescer em todos os estratos sociais; e, o funcionamento institucional propicia a segurança jurídica necessária para atrair investidores internacionais;

os “Canhotos” não importa seus discursos, patrocinam o assistencialismo populista, que, se, num primeiro momento produz sensação positiva, acaba sendo um tiro no pé, ao premiar a vadiagem em vez do mérito, e omitir ajustes necessários; afinal, os pobres estão “crescendo” assim, por quê, mudar?

Perguntemos a um canhoto discurseiro quem são as “elites” que tanto combatem, e presto veremos que, a maioria não saberá para onde apontar, acostumados que estão, a discursar contra fantasmas; quem fizer uso do indicador, fatalmente apontará gente que tem muito em comum consigo, ou, quiçá, relações fisiológicas estreitas, como certos empresários do país.

Não se apresentam como uma alternativa política, antes, "A" alternativa, a única, “correta”. Quem pensa como eles, automaticamente está certo, não importa o que faça; se, diverge, errado, do mesmo modo. Assim, regimes violentos, opressores, como Cuba e Venezuela são “Democracias”, se, são canhotos; impeachment contra eles é “golpe”.

Sua visão utópica é transnacional; têm uma bandeira ideológica superior a do país. Além de gastos imprudentes com assistencialismo populista, patrocinam “investimentos” em países alinhados ideologicamente; empréstimos secretos, o que é proibido, como fizeram com o Porto de Cuba, e ditaduras africanas; fizeram vistas grossas quando o Evo Morales roubou à Petrobrás que lá investira, afinal, é “companheiro”.

Jamais se colocam como serviçais do povo que os elegeu, antes, patrões, pior, proprietários. Onde tiver um cargo relevante, lá estará um deles, a despeito do mérito, pois, basta que tenha sido um bom cabo eleitoral, para ser um ótimo gerente dos Correios, por exemplo.

Instrumentalizam, aparelham o Estado inteiro, o povo não passa de gado, eles, fazendeiros. Colocam dos seus no TSE, no STF, de modo que, quando a gente for pleitear justiça contra um deles, fatalmente estaremos pedindo às raposas, proteção pro galinheiro.

As instituições sob seu tacão não podem funcionar independentes, democraticamente; temem isso como certos príncipes medievais temiam chifres; colocavam cintos de castidade nas esposas quando não estavam perto. Se, a dona república, cansada da opressão decidir romper a relação e “dar pra outro”, desesperam-se, usam todos os meios espúrios, gritaria mentirosa, como ouvimos agora.

Todavia, não são tão contra a burguesia assim, de modo que seus dirigentes não fiquem milionários, pois, ninguém é de ferro. Então, quando falam em acabar com a pobreza, se referem a si mesmos e seus chegados.

Inútil demonstrar que um deles é mentiroso, pois, todos são, mas, incapazes de se envergonhar, pois, são amorais, desse modo, tudo pode, desde que, pelo triunfo da “causa”. São intelectualmente bisonhos, tanto que, no Brasil seus dois governantes maiores, Lula e Dilma são semi analfabetos. Como definiu o ator Carlos Vereza, são a “Glamurização da ignorância”.

Quem, possuindo dois neurônios ativos não se envergonha quando Dilma discursa? Eu não embarcaria num avião, mesmo com passe livre, se, soubesse que o piloto é um despreparado. Seu Brasil embarcou por quatro viagens seguidas, uma hora o desastre aconteceria, e, infelizmente, a hora chegou.

Pouco se me dá se haverá impeachment ou, não, em qualquer caso, os danos são profundos, queimaduras de terceiro grau, e difícil recuperação. Pior é que a maioria dos “médicos” de Brasília, está doente também, tem o rabo preso, se vendeu.

Em suma, felizmente não estava tudo dominado ainda; mas, está posta uma tensão social, irreversível; ou retomamos a liberdade republicana higienizando a coisa e serrando o “cinto”; ou, o “príncipe” oprimirá a república, até, que se torne irreconhecível.
Não se trata de mera escolha partidária, antes, de sermos cidadãos, ou, capachos.

O que há de errado com a esquerda?? Quase nada, fora o fato que quer ser as duas mãos ao mesmo tempo. Alguém definiu que o ideal na política seria como tocar violino: Segurar com a esquerda e tocar com a direita. Ou seja, não deixar de cuidar dos pobres, incluir, à medida do possível, mas, considerar, sobretudo, nas decisões políticas as necessidades dos que têm relevância econômica, pois, eles, geram empregos, riqueza, impostos.

Mas, o desafinado violino petralha “segura” com o marketing mentiroso, e toca com o fisiologismo corrupto... contudo, o país não quer mais dançar...

sábado, 12 de dezembro de 2015

Deus está nu e a gente não se envergonha

“Levanta-te, Senhor, ao teu repouso, tu e a arca da tua força. Vistam-se teus sacerdotes de justiça, alegrem-se os teus santos.” Sal 132; 8 e 9

No contexto o salmista faz menção da Arca que fora “encontrada no campo”, período que esteve entre os Filisteus, coisa que se deu durante o omisso e iníquo sacerdócio de Eli. Daí, associado ao “levantar” Divino há um clamor por melhores sacerdotes; “vistam-se os teus sacerdotes de justiça...”

A metáfora de ilustrar o caráter como vestes é recorrente nas Escrituras. Isaías, patenteando a inutilidade das obras humanas, raça caída, ante um Deus Excelso, radicalizou: “Mas todos nós somos como o imundo; todas as nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha; as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” Is 64; 6

Sim, o que confia em justiça própria, por melhor que pareça, não passa de um arrogante, presunçoso, blasfemo. Se, Deus diz que estamos privados de Sua graça, mortos, e, não podemos retornar a Ele sem Cristo, qualquer oposição implica chamá-lo de mentiroso, crassa blasfêmia. “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.” I Jo 5; 10

Então, como não é comum vestir roupas novas sobre velhas, carecemos nos despir das nossas, para nos vestirmos de Cristo, a Justiça Divina. As vestes não são nosso ser, antes, uma proteção da nudez; assim, a salvação não deriva de nossos méritos, mas, do amor protetor do Pai, que nos perdoa, purifica e reveste. 

Afinal, dadas as nossas múltiplas culpas, precisamos vestes alheias para parecermos justos; Deus, O Santíssimo, precisa se desnudar para que vejamos a beleza da Sua Santidade. “Clamai cantando, exultai juntamente, desertos de Jerusalém; porque o Senhor consolou o seu povo, remiu a Jerusalém. O Senhor desnudou o seu santo braço perante os olhos de todas as nações; todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.” Is 52; 9 e 10

O contexto não deixa dúvidas que esse “Desnudar o Braço Santo” refere-se ao advento de Cristo. Na verdade teve que descer de Sua Glória para “levantar” sobre a Terra em resposta à oração do Salmista.

Quanto a vestir os Sacerdotes de justiça, Malaquias ilustrou de modo magistral: “Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi, os refinará como ouro e como prata; então, ao Senhor trarão oferta em justiça. A oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, como nos primeiros anos.” Mal 3; 3 e 4

Esse “então” é o xis da questão. Isto é, apenas depois de purificado de suas imundícias, alguém está em condições de exercer o sacerdócio aprovado diante do Senhor.

Evangelho não é marketing, mas, esse apela a certos aspectos lógicos que fazem sentido em qualquer parte. Por exemplo, um propagandista experiente jamais usaria um calvo para anunciar um produto que combate à queda de cabelo. Isso traria uma “mensagem” paralela que seria a negação da mensagem falada.

De igual modo, cantar alguém, as glórias das Vestes de Cristo estando nu. Assim, qualquer mensageiro por eloquente que seja, não obstante aglomerar multidões ao redor de si, se, o cerne de sua mensagem aponta para tesouros da Terra, não passa de um mercenário travestido, longe de ser um sacerdote justo envergando as vestes de Cristo.

Paulo ensina: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não, nas que são da terra;” Col 3; 1 e 2 Na verdade, a reiteração do que dissera o Senhor: “Não ajunteis tesouros na Terra...”

Quem conhece o que aconteceu nos dias de Eli, o sacerdote ímpio, bem pode mensurar os estragos que um desses faz, mesmo, em nossos dias.

As coisas espirituais demandam profundidade; essa, requer tempo, renúncia, feridas, experiências... mas, a celeridade desses tempos de informática faz presumirmos que se pode semear e ceifar no mesmo dia.

Pior ainda que, uma súcia de “Sacerdotes” pré-fabricados é a doença de uma geração indolente que, por preguiça de ler a Palavra, orar, e pensar por si mesma, delega a esses “ungidos” o direito de pilotarem os rumos de suas vidas. Condutores cegos levando ao precipício uma multidão de incautos que lhes dá ouvidos e segue sonolenta.

Paulo precisa bater o martelo uma vez mais: “Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus.” Ef 5; 14 a 16

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

As prostitutas de Brasília

Por isso foram retiradas as chuvas, não houve chuva serôdia; mas, tu tens a fronte de prostituta, não queres ter vergonha.” Jr 3; 3

A privação do povo de Israel das chuvas na devida estação deveria ser entendida como sinal da contrariedade de Deus; a investigação dos motivos fatalmente culminaria na admissão da culpa, contrição, vergonha. Contudo,- disse o profeta – eles tinham fronte de prostituta, incapazes de sentir vergonha.

O que nos torna capazes disso? Não é o, não atingir, determinada meta, estritamente, antes, a certeza que atingi-la é nosso dever. Precisamos estar impregnados, mediante costumes, valores, de determinado modo de agir, que, nos seja espontâneo, natural. Qualquer estágio aquém enseja certo pejo, sentimento de culpa, por termos menosprezado coisas que mereceriam melhor apreço.

A prostituta foi tomada como exemplo de sem vergonha, porque, as demandas de sua “profissão” não combinam com a postura socialmente estabelecida, no que tange à figura da mulher. De tanto praticar certos atos, a coisa se lhe torna corriqueira, normal.

Se, esse apreço vale no prisma das ações, não é diferente nos valores que as motivam. Um homem de bom princípios, se, apanhado num momento de fraqueza defendendo coisas que não se coadunam à sua linha de caráter geral, seu primeiro sentimento, uma vez flagrado, será a vergonha. Digamos que, inadvertidamente contou uma mentira, circunstancialmente conveniente; descoberto, corará a face, pedirá perdão, assumirá seu erro.

Um mentiroso contumaz, porém, digo, que faz da mentira seu modo de vida, estará livre de todos esses incômodos psicológicos provenientes de eventual flagra. Com a maior naturalidade contará outra mentira para se “justificar” quando não, atacará a honra de quem o flagrou, usando calúnias, mentiras, que, mais que atentarem contra fatos o fazem contra a moral, a probidade de alguém.

Se alguém está pensando no PT, leu meus pensamentos. Eles têm o poder como meta, discursos e fisiologismo corrupto como meio, a mentira como advogada de defesa. Podemos elencar uma centena de mentiras gerada por eles, coisa bem fácil, aliás, invés de gerar vergonha, “mea culpa”, contrição, com a galhardia de um príncipe inglês em desfile oficial, contarão novas patranhas para se justificarem, ou, atribuirão nossa diatribe a pretensos laços com partidos de oposição, “direita” “elites” “burguesia” e outros demônios menores que povoam seu inferno ideológico.

A coisa é de tal monta que, chega a dar preguiça. Basta pegar uma frase qualquer que um deles disser, e, estará lá, seu bebê favorito, umbigo cortado, amarrado, e devidamente amamentado, a mentira.

Pessoas de destaque, como Luís Fernando Veríssimo, Chico Buarque, Gilberto Gil, Frei Beto, etc. também, quando deixam os afazeres e se ocupam de defender o “socialismo” da riqueza alheia, descomprometem-se com decoro, verdade, e naturalmente mostram a bunda ao colocarem as cabeças no “devido” nível, ao rés do chão.

A favorita da vez, além do “golpe”, claro, é fazer parecer que o impeachment é um desejo do Eduardo Cunha, que, estando em cagados lençóis, não tem moral nenhuma. A verdade é que recusara mais de trinta pedidos antes, pois, havia um acordo mútuo de sobrevivência onde defenderia Dilma e seria defendido pelos Petistas no Conselho de Ética.

Como os três deputados canhotos, de repente, tiveram uma crise ética e “traíram” Lula, ( meu cavalo sabe que ele fingiu defender Dilma porque ela sabe demais, mas quer que caia para sobrevivência do PT e sua sonhada candidatura; assim, manipula-a, bem como, os imbecis úteis do PT; ele e a cúpula traem toda a gama de filiados ) então, o Cunha se viu abandonado e abandonou o trato feito; pelas razões tortas fez a coisa certa, simples assim.

Porém, a cereja na torta dos mentirosos profissionais saiu dos lábios da “presidenta”; Ela disse que querem derrubar seu governo porque implantou o maior programa habitacional da história. Cáspita!

Queremos sua saída por causa do maior estelionato eleitoral da história; por causa das “pedaladas” que gestaram o maior rombo de todos os tempos, por causa do dinheiro de origem corrupta em sua campanha, etc. Quando esses canalhas terão o menor compromisso com a verdade?

A efetivação do impedimento demanda a aprovação de dois terços dos congressistas, e lá é o foro devido para se defender ou acusar conforme a motivação de cada um. Provem, pois, mediante defesa consistente que o pedido não faz sentido, e certamente terão votos suficientes para se manterem no poder; senão, assumam as consequências de sua malversação, incompetência, corrupção.

Essa gente é demasiado obscena, mas, falta-lhes noção do quê, seja isso; cobrar-lhes decência, coerência, lógica, verdade, seria como demandar pudor em campo de nudismo. Estão todos pelados e riem de nossa acusação, embora, achariam certo se nos despíssemos também. Como tanta gente adormeceu por tanto tempo??

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Miss bumbum gospel???

“Ao meu povo ensinarão distinguir entre o santo e o profano; o farão discernir entre o impuro e o puro.” Ez 44; 23

Alistando os deveres dos sacerdotes, mediante Ezequiel, Deus os concita a uma missão chave: Santificação. Sua missão incluía distinguir o santo do profano e o puro do impuro. Esse caso refere-se às coisas para consumo humano; aquele, de cunho espiritual, à relação homem-Deus, a devida santidade requerida.

Embora a ideia vulgar de “Santo” seja uma imagem de morto que, durante a vida teria operado milagres, e após ela foi “canonizado”, a posição bíblica é diferente.

Primeiro: Não se trata estritamente de pessoas; mesmo, coisas, que são consagradas para uso exclusivo a Deus. As vestes sacerdotais, o óleo da unção, os utensílios do templo, etc. eram santos, isto é, de uso específico, incorria em profanação, quem se atrevesse a algo diverso, como fez, o rei Belsazar ao beber vinho usando as taças do Templo de Deus, o que lhe custou a vida. Ver Daniel, cap. 5

Segunda: A santificação no que tange às pessoas não é um processo pós morte, antes, uma escolha que devemos fazer em vida. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual, ninguém verá o Senhor;” Heb 12; 14

Por fim, a santificação requerida não se verifica mediante operação de milagres, mas, caráter transformado, vida consagrada a Deus. “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5; 17

O Senhor fez questão, reiteradas vezes, de pontuar que Seu Reino não era terreno, porém, separado das coisas daqui. Para ingressar nele desafiou a nascer de novo, da água e do Espírito; Para prosperar nele, ajuntarem tesouros no Céu. Quando quiseram fundi-lo aos meios de manutenção dos reinos da Terra, uma vez mais, pontuou a diferença: “Dai a César o que é de César, – disse – a Deus o que é de Deus.”

Sintetizando: Os veros servos de Deus são pessoas que estão no mundo, não sendo dele, como estranhos. “Dei-lhes a tua palavra, o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.” Jo 17; 14 Isso, no que tange às escolhas, os valores, claro.

Esse conflito deve ser tal, que pode ser aquilatado por loucura, na descrição de Paulo: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” I Cor 1; 18

Ou, inimizade, na exortação de Tiago: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4; 4

Entretanto, grosso modo temos uma “igreja” eivada dos costumes do mundo, sem a menor noção do que consiste, a Cruz de Cristo.

Deparei com um texto de um padre comunista defendendo Lula dizendo ser ele o “Messias” dos pobres; com o mesmo grau de obscenidade, uma “irmã” seminua concorrendo a “Miss Bumbum Gospel.”( ??? )

Onde está a diferença? Na palavra Gospel? Deriva de “Inspirado por Deus”, em inglês; mas, será que o mesmo Senhor que preceituou santidade, separação do mundo aos seus, inspiraria algo tão mundano, tão ralé assim?

A Palavra ensina que Deus não é de confusão. Essa palavra aglutina duas: Fusão com; mistura, mescla que é a antítese de separação, santificação.

Então, embora “fundamentalismo”, “radicalismo” sejam os palavrões da moda, o Santo nos exorta a edificarmos sobre a rocha, o Fundamento, Cristo; sermos zelosos, radicais em nossa separação dos valores perversos do mundo.

Paulo foi categórico quanto ao “sine qua non” para filiação Divina: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; eu serei o seu Deus, eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, Eu vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6; 14 a 18

Há diferença entre pecado e profanação. Aquele desnuda nossas fraquezas, misérias, simplesmente; Essa, além de pecado, invade os domínios santos com lixo humano; falta de noção, temeridade, dissolução.

Assim, cada um é livre para fazer suas escolhas; sejam virtuosas, sejam viciosas; contudo, se escolher o lixo, inclua Deus fora disso, não emporcalhe o Santíssimo com o profano.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Sobre o Impeachment

Tenho deparado com as mais diversas apreciações sobre a abertura do processo de Impeachment contra a Presidente Dilma.

De um lado, a euforia dos que sonham com um país mais transparente, sem corrupção, com instituições fortes, democracia de fato, não mera casca de palavras, cujo miolo esconde o totalitarismo de um Estado aparelhado e feito propriedade de um segmento minoritário, da sociedade.

De outro, os defensores do Governo com sua cantilena: É Golpe! Não vai ter golpe! Terceiro turno! Dilma fica! Uns dizendo que não há fundamentação jurídica para o pedido; outros, como numa nota atribuída à CNBB dizendo que isso ameaça nossos fundamentos democráticos, e que deveríamos, antes, promover uma união nacional em defesa do País.

Bem, como eu sou do primeiro grupo, o dos que desejam a justiça, ou, o que pensam ser justo, avaliarei cada uma das “defesas” alistadas com a maior honestidade possível.

Golpe, sabemos, não é, pois, já foi usado em 92 contra Collor, com protagonismo de Lula e do PT e nossa democracia só se fortaleceu, afinal, o instrumento do Impeachment está previsto na constituição.

“Não vai ter golpe” é um brado imbecil, pelos motivos postos, bem como, quando há um, não é precedido de campanha publicitária criando expectativas a seu respeito; antes, como é necessário em tal caso, ocorre intempestivo, de chofre, surpreendente. Como num assalto, quando a vítima percebe, já era.

“Terceiro turno”? Parece que a oposição não sabe perder, faz qualquer tipo de jogo sujo pelo poder; essa é a consequência necessária de tal acusação. Entretanto, eles estão no poder há quatro eleições, todas decididas em segundo turno, de modo que esse “terceiro” seria o nono, já; como a oposição demorou tanto a perceber? Infelizmente, nossa oposição é infinitamente mais fraca, condescendente, do que o Brasil carece.

Contudo, resta uma leitura ainda; se ela for mesmo destituída do poder, dependendo do motivo, assumirá seu vice, Michel Temer, seu aliado, não, da oposição; qual o sentido, aí? Eu disse, dependendo do motivo, pois, se confirmadas as acusações de delatores que dinheiro roubado da Petrobrás foi usado na campanha da Dilma, sua vitória será caracterizada ilegítima, assim, seu vice também será deposto e haverá novo pleito.

Isso, não significa entregar o poder a ninguém, antes, devolver o direito de escolha ao povo que se sentiu traído pela campanha enganosa do PT.

“Dilma fica”! Ora, bradar isso é um direito inalienável dos que a defendem, tanto quanto é, dos opostos, dizerem, Fora Dilma!

Os que dizem que não há fundamentação jurídica para o pedido esquecem de considerar as implicações. Tal, foi redigido por juristas de renome como Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo, e Janaína Paschoal; desse modo, esses juristas devem ser apenas uns incompetentes.

Contudo, foi aberto o processo apenas, ninguém foi cassado, e, está sobre a mesa o amplo direito de defesa. Demonstrem, pois, de modo cabal que o pedido não é justo, e fatalmente o Congresso recusará cassá-la.

Por fim, a patética nota que concita à união nacional em prol do país, blá blá blá, que me causa asco. É da índole do PT a divisão, o fomento da discórdia, do “nós” contra “eles”, dos “populares” contra as “elites”, até sulistas contra nordestinos incitaram calhordamente no último pleito, e agora quereriam união?

O próprio PMDB que sempre os apoiou queixava-se que o PT não tem aliados, antes, tem servos. Ademais, não queremos salvar o país com o PT; queremos salvá-lo do PT; queremos o Brasil de volta, eles o roubaram.

Por fim, um apreço a uma desfaçatez mais; a de tentar fazer parecer que se trata de um pleito entre Eduardo Cunha e Dilma. Não é.

Quem quer o Impeachment é o povo que saiu às ruas clamando por ele. Cunha reteve mais de três dezenas de pedidos, tentando salvar a pele em negociatas escusas.

Se fez a coisa certa por razões erradas isso atenta apenas contra seu caráter, mas, a coisa certa segue sendo o que é. Já disse, a se comprovarem as denúncias que foram veiculadas quero muito mais que o impeachment, quero a extinção do PT, e a devolução de tudo que foi roubado da nação.

Não sou ingênuo a ponto de presumir que a mera deposição de Dilma repõe as coisas no lugar, mas, tirar a chave do cofre das mãos erradas é já um começo.

Se me dessem passe livre num avião cujo piloto não soubesse pilotar direito, eu recusaria o presente; qualquer pessoa sensata faria o mesmo. Entregar o país para analfabetos, incompetentes, e, pior, sem caráter, parece uma coisa comum, tão normal.

Basta dessa “glamurização da ignorância” como disse Lima Duarte. Que pilote um que sabe; além de perícia, tenha ficha limpa.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Tenham bom ânimo

“Tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, Icônio e Antioquia, confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois, por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus.” Atos 14; 21 e 22

Parece, dadas as pistas, que os discípulos daquela região tinham razões para desânimo, abandono da fé, às quais, Paulo e Barnabé cuidaram de minimizar. O antídoto proposto foi a exortação que, certas tribulações são necessárias para adentrarmos ao Reino de Deus.

Paulo fora apedrejado uns dias antes, dado por morto. Certamente estava coberto de chagas das pedradas sofridas; imagem desfigurada assim, não plasmava um semblante vencedor, para quem se atém às coisas superficialmente.

Acontece que, naqueles dias, os vencedores espirituais traziam marcas de batalhas em seus corpos, diverso dos “vencedores” de hoje, que ostentam aviões, helicópteros, limusines, etc. Na verdade, esses foram já derrotados, se, um dia lutaram mesmo, nas fileiras do Senhor.

Mas, pode ser um derrotado alguém que conquista tais troféus? Sim, tanto quanto é vencedor honrado aqueloutro que traz no corpo as “marcas de Cristo” como fez o apóstolo Paulo. O cenário de um vitorioso pode ser desolador como o de uma Tsunami, se, o abrigo da verdade se mantém em pé. Por outro lado, toda pompa e circunstância que seguir alguém, não passa de sepulcro de luxo, se, sua mente sucumbiu aos conselhos do inimigo.

Mediante Isaías, a conversão foi posta como um câmbio de pensamentos; “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno os seus pensamentos, se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55; 7 8

Escrevendo aos romanos Paulo preceituou renovação de mentalidade pra experimentar a Vontade de Deus. “E não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12; 2

Ilustrando o “campo de batalha” foi minucioso: “Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10; 3 a 5

Um entendimento cativo na obediência ao Senhor; nisso repousa nossa condição de servos Dele, e, vencedores no que tange ao tentador. Se, usa conselhos e altivez contra o conhecimento de Deus, o faz por bem saber o que isso significa: Jesus dissera: “A vida eterna é esta: que conheçam a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo 17; 3

Vemos, pois, que as posses de tais vencedores nada têm de ostensivas, antes, referem-se a algo abstrato, a Vida Eterna ancorada no conhecimento do Santo, e, claro, obediência.

Na verdade o cenário circunstancial pode ser o mesmo para pessoas de sortes opostas; como o padeiro e o copeiro de Faraó que foram colegas de cárcere de José. Estavam na mesma sina, possivelmente sob suspeita do mesmo crime; mas, na hora da justiça, um foi inocentado, outro, executado.

O Senhor não assegurou facilidades as Seus aqui; antes, os advertiu do concurso das aflições. Asafe, no Salmo 73 chegou a pontuar que o ímpios pareciam ter melhor sina que o justos.Porém, mediante Malaquias, o Senhor prometeu que, apenas no juízo Dele, as escolhas virtuosas de agora farão diferença, necessariamente. “Eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre quem serve a Deus, e quem não serve.” Ml 3; 17 e 18

Nossas eventuais tentações ao desânimo derivam de expectativas frustradas que alimentamos, ou, de uma leitura errada das coisas que vemos. Por isso, somos exortados à vida pela fé, que, extrapola às informações da vista e firma-se no Caráter de Deus. “Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, prova das coisas que se não se veem.” Heb 11; 1

Nesses dias trevosos onde, a verdade tem sido tão apedrejada, sobretudo, no meio político, mesmo que o cenário convoque à desolação, O Espírito Santo e a Palavra de Deus nos convocam à resiliência, à fibra moral, pois, pouco vale um guarda-chuva em dias de tempo bom.

Afinal, verdade, mesmo desfigurada na pedrada ainda é muito mais bela que a mentira, até, se, engalanada como a Rainha da Inglaterra em toda sua Majestade.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Perfeito juízo

"Tu julgarás a ti mesmo, respondeu-lhe o rei. É o mais difícil. Se consegues julgar-te bem, és um verdadeiro sábio". Saint-Exuperry

Porque, se nós julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11; 31 


Quando Paulo afirma que ao não nos julgarmos, acabamos sendo, por Deus, não significa que as pessoas não fazem juízo de si, estritamente; antes, que não fazem com sabedoria, como disse o pensador francês, via o seu personagem; “... se consegues julgar-te bem, és um verdadeiro sábio.” 

Tendem as pessoas, a “se acharem” como falamos na linguagem atual, pensando de si mesmas, mais que convém. Um “juízo” assim, invés de prescindir do Juízo Divino, apenas, torna-o mais necessário para que as coisas ocupem os devidos lugares. 

A Bíblia traz exemplos de gente que “se achava”: “...puseste à prova os que dizem ser apóstolos e não são, tu os achaste mentirosos.” Apoc 2; 2  “...Conheço tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.” Apoc 3;1 “...os que se dizem judeus, e não são, mas, mentem...” 3; 9 etc. Facilmente constatamos, pois, que a falta era de noção, de justiça, não, de julgamento. 

Na verdade, todos temos ótima noção de justiça, que, acaba poluída pelas paixões naturais que desvirtuam à vontade. 

Quando Davi julgou ao “homem rico” da parábola de Natã que deixou suas ovelhas e tomou a de um pobre, irou-se e condenou à morte ao tal insensível, sem perceber, porém, que tratava-se de si mesmo; por outro lado, quando o juízo era para honrar, invés de punir, como pediu o rei Assuero ao príncipe Namã, sobre o que fazer para demonstrar isso, o mesmo príncipe julgou maravilhosamente, receitando grandes honras, que, esperava, fossem para si, embora, fosse para seu desafeto, Mardoqueu. 

Então, somos capazes de julgar muito bem, desde que, abstraídas as paixões. Como raramente conseguimos, Deus fará incidir sobre nós os nossos melhores julgamentos, que, nunca o fazemos em relação a nós mesmos, antes, quando julgamos outros. O Senhor ensinou: “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados; com a medida com que tiverdes medido hão de medir a vós.” Mat 7; 2 

Contudo, se a Bíblia preceitua que julguemos a nós mesmos para prescindirmos do juízo Divino, e, as paixões atrapalham, como faremos para nos livrar delas? O mestre disse: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, julgo; o meu juízo é justo, porque não busco minha vontade, mas, a vontade do Pai que me enviou.” Jo 5; 30

Então, podemos fazer um auto julgamento justo, desde que, seja segundo a Vontade de Deus. Essa, não considera minhas paixões; antes, atenta apenas à reta justiça. Daí, ter visto, o salmista, na Palavra de Deus, a purificação necessária. “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.” Sal 119; 9 

Essa coisa simplista que se ouve, tipo, não julgueis para não serdes julgados não é bem assim. Mas, dirá alguém, está na Bíblia. Está. Contudo, refere-se ao juízo temerário de motivação pessoal, cujo “código” de leis sãos nossas idiossincrasias, preferências.

Essa coisa rasa, tipo, cada qual cuida de si não sustenta-se dez segundos no pódio da lógica. Quando digo isso, que ninguém deve se meter na vida de outrem, querendo ou não, estou me metendo na vida de todos que souberem o que eu disse, afinal, receitei-lhes um  comportamento. Mas, se deprecio que outros façam isso comigo, como ouso? 

O Senhor desaconselhou o juízo hipócrita do que vê um cisco no outro e desconhece uma trave em si; contudo, depois de tirar esse obstáculo, pode ajudar na remoção daquele. 

Em que bases poderia alguém pregar o Evangelho, que exorta ao abandono dos pecados e à reconciliação com Deus, sem, certo juízo, que define o que é pecado e como se volta para o Eterno? 

Conhecendo a Vontade de Deus, o aspecto intelectivo; praticando-a, o prisma moral que tolhe à hipocrisia; e ensinando-a, que é o juízo de Deus, não, uma preferência do mensageiro. 

De Esdras se diz: “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do Senhor; para cumpri-la e ensinar em Israel os seus estatutos, os seus juízos.” Ed 7; 10

Assim, quando busco a Lei do Senhor e compro-a, julgo a mim mesmo, pelo juízo de Deus; Fazendo isso, não careço ser julgado de novo, uma vez que já fui, com justiça. 

Enfim, se um sábio é quem logra julgar bem a si mesmo, e o bom julgamento deriva da Lei de Deus, acabamos dando a mão ao maior dos sábios, Salomão, que disse: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1; 7