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quinta-feira, 26 de julho de 2018

A Graça possibilita, não facilita

“Rogo-vos, pois, eu, preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados.”

Os que pretendem uniformizar a sorte dos salvos teriam um problema aqui; “... eu, o preso do Senhor, rogo, que andeis...” Dissera Paulo. O preso admoestando sobre os passos dos que eram livres, pois, “a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” V 7

Os utilitaristas atuais teriam dificuldade de entender como um prisioneiro inocente seria alvo da Graça; normalmente as pessoas não associam Graça a um favor imerecido; antes, ao patrocínio de um desejo almejado; alguém preso, por certo, sonharia ser livre; só assim seria agraciado. Todavia, ao apóstolo, a salvação era suficiente, mesmo que perdesse sua vida, como, de fato, perdeu.

Se, não estamos presos como Paulo, tampouco, somos tão “livres” assim, a ponto de, nossas doentias inclinações prevalecerem à Vontade do Senhor. Somos “presos livres”, como se, usássemos tornozeleiras eletrônicas, que facultam liberdade dentro de certos limites.

A “liberdade” absoluta era para antes, quando, mortos; “Quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20 “Mas, agora, libertados do pecado, feitos servos de Deus, tendes vosso fruto para santificação; por fim a vida eterna.” V 22 Notemos que, a progressão da salvação deve culminar em santificação, o que, resulta em menos poder, no quesito liberdade.

Como qualquer pai amoroso cercearia os passos a um filho se, ele rumasse às drogas ou, outros vícios, assim, Deus, nos disciplina dentro de Seus limites, para nos proteger, não, para limitar.

Os avessos à Sua Disciplina não são Seus Filhos; “Porque o Senhor corrige ao que ama; açoita a qualquer que recebe por filho. Se, suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;6 a 8

João Batista exortara os “salvandos” a produzirem frutos dignos de arrependimento; Paulo escreveu aos salvos demandando frutos de santificação; requerendo maturidade espiritual. Afinal, santificação, separação do mundo e seus valores pervertidos não é um upgrade possível aos salvos; Antes, uma demanda indispensável, para os que desejam ver a Bendita Face do Santo. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual, ninguém verá o Senhor;” Heb 12;14

Diferente do que ensina o catolicismo, que santificação seja a operação, em vida, de, pelo menos dois milagres, redundando num processo de reconhecimento e “Canonização” após a morte; a Bíblia ensina que é uma separação paulatina dos valores profanos do mundo, mudando nossos pensamentos pelos Divinos, infinitamente mais elevados, para que sejamos reputados, então, limpos de coração. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8

Esse papo moderninho de que os tempos são outros; a onda é ser “politicamente correto” e, a pretexto de “tolerância” devemos aquiescer com toda sorte de vícios amalgamados ao cristianismo é apenas perversão do inimigo infiltrado; pois, aquilo que é eterno jamais demanda um processo de “atualização” como se, biodegradável fosse.

Desgraçadamente “progredimos” de uma geração de heróis que nem mesmo o martírio era coação suficiente para que negassem a fé, como Paulo; para uma igreja pusilânime, covarde, onde críticas, zombarias são “provas” muito duras; francamente!

Esperam que, a Graça Divina, necessariamente lhes trará facilidades, favores, fama, aplausos, grandeza... Essa seria a “Fé inteligente”, que “toma posse” das chaves disso ou, daquilo. Nos últimos dias os homens serão amantes de si mesmos; tendo aparência de Piedade, mas, negando sua eficácia. Disse Paulo a Timóteo.

Tiago denunciou a duplicidade em Sua Epístola; e, diverso da santificação que O Senhor deseja, essa redunda em impureza. “Chegai-vos a Deus; Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Cap 4;8

Em Cristo somos vocacionados ao Reino dos Céus; se, devemos andar de modo digno, é o “aplauso” Celeste, não, terreno que devemos buscar; Pois, disse O Salvador aos Fariseus: “... Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Por aqui podemos estar presos, desempregados, enfermos, humilhados; se, malgrado essas variáveis todas estivermos em paz com Deus, então, inda estaremos sob as asas de Sua Graça. Senão, mesmo que tenhamos ganhado o mundo inteiro, nossa efêmera presunção de donos, de poderosos será apenas o disfarce pontual, camuflagem de nossa prisão eterna.

Muitos que andaram na Fé, segundo a vocação Divina sofreram bem mais que nós; as perseguições lhes impetradas não maculou quem eram; mas, realçou quem o mundo é; “Dos quais o mundo não era digno...” Heb 11;38

Na vereda da fé carecemos de ouvidos para ver melhor.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Miss bumbum gospel???

“Ao meu povo ensinarão distinguir entre o santo e o profano; o farão discernir entre o impuro e o puro.” Ez 44; 23

Alistando os deveres dos sacerdotes, mediante Ezequiel, Deus os concita a uma missão chave: Santificação. Sua missão incluía distinguir o santo do profano e o puro do impuro. Esse caso refere-se às coisas para consumo humano; aquele, de cunho espiritual, à relação homem-Deus, a devida santidade requerida.

Embora a ideia vulgar de “Santo” seja uma imagem de morto que, durante a vida teria operado milagres, e após ela foi “canonizado”, a posição bíblica é diferente.

Primeiro: Não se trata estritamente de pessoas; mesmo, coisas, que são consagradas para uso exclusivo a Deus. As vestes sacerdotais, o óleo da unção, os utensílios do templo, etc. eram santos, isto é, de uso específico, incorria em profanação, quem se atrevesse a algo diverso, como fez, o rei Belsazar ao beber vinho usando as taças do Templo de Deus, o que lhe custou a vida. Ver Daniel, cap. 5

Segunda: A santificação no que tange às pessoas não é um processo pós morte, antes, uma escolha que devemos fazer em vida. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual, ninguém verá o Senhor;” Heb 12; 14

Por fim, a santificação requerida não se verifica mediante operação de milagres, mas, caráter transformado, vida consagrada a Deus. “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5; 17

O Senhor fez questão, reiteradas vezes, de pontuar que Seu Reino não era terreno, porém, separado das coisas daqui. Para ingressar nele desafiou a nascer de novo, da água e do Espírito; Para prosperar nele, ajuntarem tesouros no Céu. Quando quiseram fundi-lo aos meios de manutenção dos reinos da Terra, uma vez mais, pontuou a diferença: “Dai a César o que é de César, – disse – a Deus o que é de Deus.”

Sintetizando: Os veros servos de Deus são pessoas que estão no mundo, não sendo dele, como estranhos. “Dei-lhes a tua palavra, o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.” Jo 17; 14 Isso, no que tange às escolhas, os valores, claro.

Esse conflito deve ser tal, que pode ser aquilatado por loucura, na descrição de Paulo: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” I Cor 1; 18

Ou, inimizade, na exortação de Tiago: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4; 4

Entretanto, grosso modo temos uma “igreja” eivada dos costumes do mundo, sem a menor noção do que consiste, a Cruz de Cristo.

Deparei com um texto de um padre comunista defendendo Lula dizendo ser ele o “Messias” dos pobres; com o mesmo grau de obscenidade, uma “irmã” seminua concorrendo a “Miss Bumbum Gospel.”( ??? )

Onde está a diferença? Na palavra Gospel? Deriva de “Inspirado por Deus”, em inglês; mas, será que o mesmo Senhor que preceituou santidade, separação do mundo aos seus, inspiraria algo tão mundano, tão ralé assim?

A Palavra ensina que Deus não é de confusão. Essa palavra aglutina duas: Fusão com; mistura, mescla que é a antítese de separação, santificação.

Então, embora “fundamentalismo”, “radicalismo” sejam os palavrões da moda, o Santo nos exorta a edificarmos sobre a rocha, o Fundamento, Cristo; sermos zelosos, radicais em nossa separação dos valores perversos do mundo.

Paulo foi categórico quanto ao “sine qua non” para filiação Divina: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; eu serei o seu Deus, eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, Eu vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6; 14 a 18

Há diferença entre pecado e profanação. Aquele desnuda nossas fraquezas, misérias, simplesmente; Essa, além de pecado, invade os domínios santos com lixo humano; falta de noção, temeridade, dissolução.

Assim, cada um é livre para fazer suas escolhas; sejam virtuosas, sejam viciosas; contudo, se escolher o lixo, inclua Deus fora disso, não emporcalhe o Santíssimo com o profano.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Desgraçando a graça

“Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus…Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.” Mat 4; 4 e 7
 
É comum depararmos com  coxos espirituais; digo, os que têm a perna da graça “sarada” e a da sã doutrina, atrofiada. Chegam a opor Jesus à Bíblia, quase, como se fossem excludentes. Essa seria legalista, fria; enquanto Ele é amor, graça, salvação. 

Afirmam a irrelevância da vida pregressa dos candidatos a salvos como se fosse uma revelação ao invés do “óbvio ululante”. Qualquer pecador, por mais sujo que esteja traz em si os “méritos” necessários para ser salvo; está morto e precisa reviver, como o pródigo.

Entretanto, quando essa obviedade pacífica passa a ser argumento contra a disciplina dos salvos, surgem as primeiras digitais da vigarice espiritual e intelectual. 

Como as instruções normativas aos salvos derivam basicamente das epístolas, não diretamente de Jesus seriam irrelevantes, de menos valia; quando não, contaminadas pelo farisaísmo; de Paulo, sobretudo.

Ora, nos textos supra, o Senhor derrota satanás com palavras “de Moisés”, ao invés de criar algo novo, mesmo podendo. Mais que isso; quando o Allan Kardec da vez tentou criar o espiritismo, o Senhor remeteu a Moisés e aos profetas como melhor alternativa: “…Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.” Luc 16; 29  

Embora, aqueles seriam do Velho Testamento, não estavam obsoletos a ponto de ser desconsiderados.

Suspeito que essas ênfases na graça não visam colocar em relevo o óbvio; mas, pacificar sem mediador ao pecador contumaz. Claro que renovamos todos os dias nossos erros, e, paralelamente  a misericórdia se “renova a cada manhã”; como enfatizou Jeremias. 

Isso não basta para que pretendamos andar sem disciplina, como adverte a epístola aos Hebreus; “Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.” Heb 12; 6 a 8

Na verdade Cristo tornou a Lei mais rigorosa em Sua releitura; ensinou a ir além das expressões visíveis buscando as sementes, no coração. A diferença em relação ao Antigo Testamento é que Seu sacrifício basta, não carece ser renovado; nosso arrependimento, sim. O Advogado não cria processo sem petição do cliente.

O legalismo não consiste em observar a Lei; antes, em descansar na aparente observância ignorando a intenção espiritual no preceito da mesma. Por isso o Senhor advertiu: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mat 5; 20
 
Não se trata de pleitear salvação pelas obras; mas, de evitar que a graça seja barateada a tal ponto, que venha a prescindir dos devidos frutos que testificam o que  ela fez. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 3; 10
 
O Renovo da “raiz de Jessé” não brotou para fazer sombra nas árvores adoecidas ; antes, para mudar suas naturezas. Onde isso não ocorreu, resta trabalho a ser feito. “… todas as árvores do campo baterão palmas. Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o Senhor por nome, e por sinal eterno, que nunca se apagará.” Is 55; 12 e 13

Embora seja muito mais confortável parecermos “legais”, por incrível que pareça, somo desafiados a ser santos. Não, “canonizados” após a morte dado o reconhecimento de dois milagres, como faz o catolicismo; antes, demonstrando em vida a eficácia de dois milagres: A salvação, e a santificação mediante o Espírito. 

Isso deve ser tão visível, quanto uma cidade edificada sobre um monte; radiante como a luz, relevante como o sal. “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5; 17

Enfim, não há dificuldade com o passado de nenhum pecador; antes, com o presente de ministros que se esforçam mais em agradar aos homens que a Deus. A Palavra de Deus foi rejeitada em Moisés, em Josué, em Samuel, em Jesus, sobretudo; em Paulo… por que não o seria em nós?

Ainda assim, nosso papel é anunciar retamente a mensagem da graça que desafia o agraciado com um sonoro, “não peques mais”! 

Se gastarmos nosso tempo martelando a penha da doutrina para alargar o caminho estreito seremos inúteis a Deus e aos homens. Esperar da graça mais do ela dá, acabará em desgraça.