Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
domingo, 18 de janeiro de 2015
O soco do Papa Francisco
sábado, 17 de janeiro de 2015
A culpa de Deus
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Angústia, aferidora da alma
A ideia vulgar de força é a compleição física “sarada”, capacidade de mover grandes pesos. Entretanto, a força buscada no provérbio supra, reside na alma. Como se reage nas angústias é o aferidor que determina se é forte ou fraca. O mais forte de todos os homens, Sansão, fraquejou nisso; se deixou seduzir pelos queixumes chorosos de Dalila; a alma fraca pôs o corpo robusto a perder.
A força física é imediata, visível, breve como corrida de cem metros rasos. A da alma requer um teste mais duradouro, como aquelas ultra-maratonas estilo “Iron Man” onde a capacidade é testada ao extremo. Se, a resistência física triunfa a obstáculos, igualmente físicos, a da alma se mostra em face às angústias.
Não são provas para Usain Bolt, o campeão jamaicano dos cem metros, antes, para homens de dores, imitadores do Salvador. Quanto já presenciei os “velocistas” imediatos fingindo-se maratonistas; os frágeis de alma fazendo poses de durões. Que fácil é o soldado levar sua vida no quartel! Diverso seria viver precariamente durante uma batalha.
Assim, os valentões de microfones, guerreiros de púlpitos que vociferam sua coragem ante a plateia; e, à menor prova, fraquejam vergonhosamente. “Sem luta não há vitória”, “maior é o que está em nós que o que está no mundo”, “essa é a vitória que vence o mundo, a nossa fé”, etc. dizem; porém, à menor incompreensão por parte de um irmão toda sua “firmeza” cai por terra. Falando parecem desafiar canhões do inimigo, mas, atuando capitulam a bodoques.
Se pensarmos num exemplo de falastrão bíblico, presto surgirá a figura de Pedro; sempre o primeiro, a opinar, dizer que seu Mestre pagaria impostos indevidos, mesmo tendo que ir “pescar” a grana para sanar sua precipitação. Resumindo, ninguém era tão rápido em falar coisas indevidas.
Por fim, a “cereja da torta”: quando o Senhor falou que todos se escandalizariam nele o deixariam só, Pedro foi o primeiro a prometer que morreria com Seu Mestre. Os outros pegaram carona, mas, a bravata inicial foi dele. Contudo, na hora do “vamos reconhecer” desconheceu por três vezes ao Senhor que jurara seguir até à morte.
A alma ignora a amplitude de sua fraqueza, pois, mensura sua “força” com a régua da presunção, nos momentos em que não está precisando dela. Depois, à medida dos fatos é que descobre que não era tão “sarada” assim. “E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente.” Mat 26; 75
Todos fracassaram, mas, a falha de Pedro foi tão notória que pareceu, aos olhos do colegiado de discípulos que estava fora, descredenciado, expulso do time. Porém, foi buscado uma vez mais pela graça do Santo. “Ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse.” Mc 16; 7 Essa menção não o faz Papa, como defende o catolicismo, antes, neutraliza a possível ideia de rejeição do falastrão; “Dizei ... a Pedro...” Ou seja: Incluam aquele infeliz também.
Na real, nenhum de nós conhece exatamente sua capacidade ante às angústias. Heróis bíblicos como Elias e Jó, no auge da angústia desejaram a morte. Deus nem sempre atende nossas orações, felizmente.
Mediante Isaías aconselha, que em plena escuridão ao nosso redor, mantenhamos ainda a confiança Nele. “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, firme-se sobre o seu Deus.” Is 50; 10
Os fracos de alma, em tempos assim presumem o abandono, falha de Deus em socorrê-los; o quê permitiria a busca de soluções alternativas, sem Ele. Entretanto, o verso seguinte aborta “acender fogo estranho”: “Eis que todos vós, que acendeis fogo, e vos cingis com faíscas, andai entre as labaredas do vosso fogo, entre as faíscas, que acendestes. Isto vos sobrevirá da minha mão, em tormentos jazereis.” V 11
Infelizmente, muito do que se diz visando encorajar não passa de oba-oba inconsequente, ufanismo. Pessoas são chamadas para viver melhor quando deveriam ser ensinadas a morrer melhor. Assim como a dor do suplício cessa depois que a vida sai, as futilidades carnais pesam muito menos sobre os que crucificaram a natureza e renasceram em Cristo.
A porta é estreita quando conduz à cruz. Ao homem espiritual fica ampla. “Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” II Ped 1; 11 Muitas angústia derivam do “medo de morrer” de quem deveria ter morrido há muito.
domingo, 11 de janeiro de 2015
A Assembleia de Deus
“Porque, quem esteve no conselho do Senhor; viu, ouviu a sua palavra? Quem esteve atento à sua palavra e ouviu?” Jr 23; 18
O contexto é de uma dura diatribe de Jeremias contra falsos profetas. A pergunta parece sugerir que os verdadeiros participam de um “conselho” celeste onde, diretrizes Divinas, uma vez homologadas passam a ser sua missão. Confesso que não era bem essa a ideia de poder absoluto que eu tinha. Um soberano legisla, executa e julga desde Seu Trono, sem “pedir bexiga”.
Entretanto, no livro de Jó temos uma audiência de anjos apresentando relatórios ao Eterno; Satanás imiscuído entre eles. No mesmo livro, quando Deus questiona ao patriarca sobre os fundamentos da Terra menciona, por ocasião da Criação, um júbilo coletivo; trabalho de equipe. “Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam e todos os filhos de Deus jubilavam?” Jó 38; 6 e 7
Outro dia, o Papa Francisco fazendo vergonhosa concessão à Teoria da Evolução disse que Deus não criou o Universo com uma varinha mágica. Certo. Porém, não serve de argumento evolucionista, absolutamente. Afinal, são coisas excludentes, uma vez que Darwin pressupõe a negação de Deus.
Basta que leiamos com atenção o quê significa “Criar pela Palavra”. O Gênesis narra que o Eterno dizia: “Haja animais viventes...” isso equivale a dar uma ordem aos serviçais. Se Ele mesmo criasse não necessitaria supervisionar o trabalho, como fazia; “Viu que era bom”. Do ser humano sim, está dito que O Santo fez com Suas mãos, invés de ordenar a criação.
Acaso não é assim na construção civil? Muitos serventes, carpinteiros, pedreiros, hidráulicos, eletricistas, pintores, etc. para se edificar um prédio. No fim, se diz que a obra é do engenheiro tal, uma vez que foi o autor e supervisor do projeto. De igual modo foi criado tudo o que há pela Palavra de Deus. O qual delegou aos anjos o serem criativos dentro do projeto original. Isso explica a belíssima diversidade de espécies.
Mas, voltando ao ponto de partida, um profeta verídico conhece mesmo o “conselho do Senhor”? Há uma assembleia celeste a tomar diretrizes sobre os destinos da Terra? Não é Deus que resolve tudo sozinho? Não. Longe de significar que Ele precise de ajuda.
Mas, parece ser de Sua escolha dividir decisões com os quais confia. Micaías conta-nos de um conselho assim, quando do juízo de Acabe. “... Ouve, pois, a Palavra do Senhor: Vi ao Senhor assentado sobre o seu trono, todo o Exército do Céu estava junto a Ele, à sua mão direita e à sua esquerda. Disse o Senhor: Quem induzirá Acabe, para que suba e caia em Ramote de Gileade? E um dizia desta maneira, outro de outra. Então saiu um espírito, se apresentou diante do Senhor e disse: Eu o induzirei. E O Senhor lhe disse: Com quê? Disse ele: Eu sairei e serei um espírito de mentira na boca de todos os seus profetas. E Ele disse: Tu o induzirás, e prevalecerás; sai e faze assim.” I Rs 22; 19 a 22 Vemos que a decisão de matar Acabe partiu do Senhor; mas, a forma de como fazer foi decidida pela assembleia de anjos.
O Eterno não tem problema nenhum com a participação em Seu Governo; apenas, com o “Pedigree” de quem participa. Diverso dos governichos humanos onde qualquer súcia de vagabundos sai quebrando tudo e exigindo participação, lá apenas uma elite moral e espiritual tem assento.
Houve um caso em que as diretrizes celestes permitiram a interação da Terra. Deus mostrava em visão a Zacarias a restauração pós exílio na figura do sacerdote Josué; o jovem deu pitaco em plena visão e foi aceito. “... Então respondeu, aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estas vestes sujas. A Josué disse: Eis que tenho feito com que passe de ti tua iniquidade; te vestirei de vestes finas. E disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre sua cabeça ...” Zac 3; 4 e 5
Se, às câmaras humanas ascendem fazendo promessas; à Divina, só fazendo faxina.
“Senhor, quem habitará no Teu Tabernáculo? Quem morará no Teu santo monte? Aquele que anda sinceramente pratica justiça, fala a verdade no seu coração. Não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra seu próximo; a cujos olhos o réprobo é desprezado; mas, honra aos que temem o Senhor; aquele que jura com dano seu, contudo, não muda. Aquele que não dá seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado.” Sal 15