“... Santos sereis, porque Eu, O Senhor vosso Deus, Sou Santo.” Lev 19;2
Diferente da ideia vulgar, onde alguém deveria viver de maneira piedosa, morrer fiel, e em seu nome se fazer preces recebendo pelo menos dois milagres comprováveis, e depois do devido “processo de canonização” a Igreja o declarará santo, a abordagem bíblica é outra. É uma necessidade, não uma possibilidade.
Não tem nada a ver com operação de milagres; pois, por esse prisma a igreja teria que “canonizar” Satanás. Só no livro de Jó ele operou duas coisas que o vulgo chamaria de milagres; produziu do nada, um vendaval tal, que colocou abaixo a casa do primogênito, dele, onde todos os demais estavam e os matou; depois, fez descer fogo dos Céus, queimando rebanhos. O que o Vaticano está esperando para instaurar o processo? Ver Jó cap 1;16 a 19
Uma das nuances dos últimos dias, são os chamados “prodígios da mentira” (mat 24;24 etc.) milagres de origem espúria. Pois o “Santo Anás” consegue, entre outras coisas se disfarçar de anjo de luz. II Cor 11;14 Com o avanço da tecnologia, muitos servos dele nem carecem auxílio espiritual para se lambuzarem no engano. Manipulam meios e “revelam”, onde incautos assistem.
A santidade que Deus requer dos Seus tem a ver com identificação; “Sede santos, porque Eu O Senhor vosso Deus, Sou Santo.” Assim como um pai humano se alegra encontrando seus traços num filho, também O Pai dos Espíritos deseja identidade espiritual em nós; afinal fomos projetados, originalmente, à Sua Imagem e Semelhança.
Assim, as coisas que Ele revelou probas, devemos aprovar; as réprobas, reprovar. Não diz isso, no salmo 15, aludindo ao cidadão dos Céus? Entre outras coisas é “Aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado, mas honra aos que temem ao Senhor...” v 4 É um que se identifica com O Pai.
A santidade requer que formemos fileira após O Senhor, Seus Valores, Sua Palavra, mediante, Seu Espírito em nós. A santificação é um processo; dados os maus hábitos do nosso pretérito, tendemos em incorrer nas práticas que andamos antes da conversão. Agora, em Cristo, quando erramos, nossa consciência avivada no Espírito, não permitirá que deixemos para lá, como se fosse algo desimportante. Por isso, reitero, é uma necessidade, não, uma possibilidade; “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual, ninguém verá O Senhor.” Heb 12;14
A “perfeição” possível a homens de carne e osso, herdeiros das consequências da queda, onde as inclinações naturais palpitam, é bastante imperfeita. Não significa não errar nas atitudes; mas requer não errar na leitura delas. Podemos pecar em nossa conduta, não, em nossos princípios.
Assumirmos nossos erros tentando corrigi-los, invés de dar de ombros e os renomear, como fazem os ímpios. “... não pequeis; mas se alguém pecar, temos um advogado para com O Pai; Jesus Cristo, O Justo.” I Jo 2;1
Uma condenação pesa sobre os que mudam os valores para não mudar comportamentos: “Ai dos que, ao mal chamam, bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas, luz, e da luz, trevas; fazem do amargo, doce, e do doce, amargo;” Is 5;20
Cheio está por aí, dos que acham que a Divina Graça seja um lixão, onde toda sorte de sujidades morais podem ser alocadas. Crasso engano! A Graça nos trouxe da morte pra vida; O Espírito nos convida e capacita à santificação; se negligenciarmos nossa parte, a desgraça espera.
Todos os servos de Deus, são “santos”; são chamados assim, não pela perfeição das suas atitudes; mas, porque fizeram profissão de pertencer ao Senhor pela fé, e disso deram pública demonstração pelo ritual do batismo. Se as atitudes ainda destoam dos preceitos bíblicos, é outro aspecto.
A Igreja em Corinto, por exemplo, tinha toda sorte de carnalidades, disputas, invejas latentes entre eles; todavia, escrevendo-lhes, Paulo introduziu seu texto, assim: “À Igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Jesus Cristo, chamados santos...” I Cor 1;2 Logo, num sentido amplo, todos os que dizem pertencer a Jesus Cristo, são “santos”; num sentido estrito, só O Senhor conhece.
Aqueles que decidem tomar O Excelso Nome do Salvador como fiador das suas vidas, precisam considerar na seriedade que isso requer; “Todavia, o fundamento de Deus fica firme tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo, aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19
Dos que assim não fazem, misturando o Santo com coisas profanas, devemos nos distanciar; “... não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, avarento, idólatra, maldizente, beberrão ou roubador. Com esse, nem ainda comais.” I Cor 5;11 "Porque está escrito: Sede santos, porque Eu Sou Santo.” I Ped 1;16
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