“O que foi semeado em pedregais, é o que ouve a Palavra e logo a recebe com alegria; mas, não tem raiz em si mesmo, antes, é de pouca duração; chegada a angústia, a perseguição, por causa da Palavra, logo se ofende;” Mat 13;20 e 21
Fragmento da “Parábola do Semeador”, sobre o solo pedregoso.
Não obstante, sermos exortados a suportar perseguições, alguns “cristãos” são tão melindrosos, que ao menor sinal de angústia, à mínima sombra de escândalo, presto abandonam a “fé”, se fazem “desigrejados”; quando não, abrem um canal no Youtube, e passam a denunciar a “farsa do cristianismo.” Alguns viram ateus.
Quando esses solos pedregosos resolvem “defender à verdade”, passam ao largo de um contêiner de bons exemplos e gritam aos quatro ventos, suas diatribes ao todo, ciosos que as suas malas de escândalos favoritos trazem tudo o que eles necessitam para a viagem. Suas decepções pontuais são seus fachos de “luz.”
O Salvador ensinou que devemos ser o “Sal da Terra”; entre outras coisas, significa isso: Uma minoria com sabor especial, capaz de transformar; não, meros camaleões que se moldam às nuances do ambiente. O que estiver ao nosso redor, não deve se impor, necessariamente, o que foi posto no íntimo, mediante novo nascimento.
Sendo, a Igreja um hospital de campanha em pleno combate, natural todo tipo de feridos, “cirurgias de emergência”, paliativos; mudanças, derivadas da evolução da peleja; pela natureza milenar da mesma, esperável também, infiltrações inimigas, espionagem, traições e toda sorte de malefícios.
O que muito acontece, infelizmente, é que, meninos espirituais, muitos, por negligentes para ouvir à Palavra da Vida, por serem adultos naturais, acreditam que já podem tomar decisões autônomas, sem a mínima luz, no âmbito do discernimento no combate.
Mexem nas prateleiras que deveriam ser manuseadas por gente grande; o resultado é desastroso. Quando O Salvador ensinou que aquele que não se fizesse como um menino não poderia entrar no Reino dos Céus, antevia essas coisas; sem a humildade necessária, a índole aprendiz duma criança, seremos presas fáceis do orgulho.
Aconselhando sobre o cuidado na escolha de obreiros Paulo disse: “Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do Diabo.”
O que diríamos de um soldado que, ao chegar no campo de batalha passasse a falar mal do próprio exército, porque esse tem inimigos que o desejam destruir? Cáspita!! Não foi para isso que se alistou?
Desgraçadamente, muitos “obreiros” (infiltrados do exército inimigo) se ocupam em ocultar a peleja necessária, tentando fazer parecer que as fileiras do Senhor dos Exércitos são, na verdade, cômodas paragens de um clube de lazer. Aí, os incautos que preferem fantasias doces à realidade amarga, vêm para o quartel com esteiras, óculos de sol, refrigerantes... como reagiriam se alguém estragasse isso, permitindo que alguma bomba caísse perto das suas imaginárias piscinas? O clube não protege seus associados, estou fora!
Ora, acorda ó sonolento! Paulo, me ajuda: “... Desperta tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá!” Ef 5;14
Fomos alistados para o bom combate; ao vermos o semelhante tropeçando nas suas fraquezas isso deve ensejar duas coisas; desejo de ajudar, e vigilância para não incorrer no mesmo erro. “... assim combato, não como batendo no ar; antes, subjugo meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo, não venha de alguma maneira, ficar reprovado.” I Cor 9;26 e 27
Onde vemos pecados, seja nas nossas vidas, seja nas alheias, ali vemos alvos de quem está a serviço de Cristo. Em nós, devemos combater pelas renúncias necessárias em submissão ao Senhor; no semelhante ajudar mediante oração, conselhos, disciplina, conforme o caso.
Assim, ao vermos as digitais do pecado, vemos um objetivo a combater; não, um poderoso inimigo do qual nos apressaremos em fugir; “Ainda não resististes até o sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4
Logo, ao constatarmos as infiltrações do inimigo, como diz no hino francês, “às armas cidadãos!” Eis o alvo! Não sejamos covardes.
Não ignoramos que pessoas probas, experimentadas, também se decepcionam; e, nem todo aquele que claudica à margem da vereda é um covarde. Mesmo assim, caso aconteça conosco, não tiremos os olhos do alvo; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre o seu Deus.” Is 50;10
Como a “terra” na referida parábola é o coração humano, sejamos cuidadosos no preparo da nossa, para que a semente nela lançada, produza para nosso bem, e para a Glória do Senhor. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Prov 4;23
Nenhum comentário:
Postar um comentário