sábado, 5 de abril de 2025

Servos de Mamom


“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro; não podeis servir a Deus e a Mamom.” Mat 6;24

Mamom é uma palavra aramaica que significa dinheiro, ou riqueza. Assim, a advertência para que não tenhamos o dinheiro como um ídolo ao qual servimos, invés dum meio do qual nos servimos, oportunamente.

Os demasiado apegados a ele, lutam com unhas e dentes contra a doutrina do dízimo, por exemplo. Fazem isso com os argumentos mais estapafúrdios, tipo: “Deus não precisa de dinheiro; Deus não está vendendo bênçãos; o dízimo era da lei, do Antigo Testamento, já está superado.”

Que O Criador não precisa dinheiro é pacífico; Ele diz: “Se Eu tivesse fome não te diria, pois Meu é o mundo e toda sua plenitude.” Sal 50;12

A oportunidade de sermos partícipes na provisão dos meios para a Obra Dele, é uma forma tangível pela qual podemos deixar patente nosso amor pelo Eterno e pelo semelhante, que será beneficiado pela nossa dádiva.

Que O Santo não está vendendo bênçãos, também não é necessário discutir; A Palavra diz: “Honra ao Senhor com os teus bens, com a primeira parte de todos os teus ganhos.” Prov 3;9

Como vimos, não é uma questão carência de meios, por parte Daquele que a tudo criou; como é Ele que nos dá o trabalho e a saúde para desempenhá-lo, reconhecer isso de um modo prático devolvendo um décimo, é um modo de honrarmos a quem nos abençoou.

Ele abençoa aos que são fiéis, não porque mercadeja bênçãos, o que não precisa; antes, porque recompensa à honra, que aprecia. “... aos que me honram, honrarei; porém, os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30

Por fim a ideia que o dízimo seja um derivado da Lei, é falaciosa, desculpa esfarrapada. A Lei foi dada mediante Moisés, e nada fala acerca de dízimos, nos dez mandamentos; isso era uma prática mais antiga; Abraão nos seus dias o fez; “Aquele cuja genealogia não foi contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas.” Heb 7;6

A prática foi regulamentada por Moisés, para provisão do sustento à tribo dos levitas, a “igreja” da época. 

O fato de que O Salvador cumpriu a Lei em nosso lugar e nos redimiu do poder dela que matava, não significa que os princípios dela tenham deixado de valer, na Nova Aliança. Ainda devemos amar a Deus sobre tudo; honrar pai e mãe; não matar, furtar, cobiçar, dar testemunho falso; tudo isso abarca o resumo do Salvador, que condensou os dez mandamentos em dois; amar a Deus sobre tudo, e ao próximo como a nós mesmos.

O que mudou é que o Sacrifício Eterno do Senhor, eliminou a necessidade de se oferecer animais; e estamos livres do sábado um sinal que fora dado aos judeus.

Usar o fato de que há muita gente malversando os bens da igreja, como argumento para ser infiel, seria como, ter como referência os muitos que põem suas vidas a perder, no crime, nas drogas, como “patrocinadores” do aborto, por exemplo. Embora tenham alguma semelhança, são coisas bem distintas.

Sabemos que há muitos mercadores de bênçãos, e outros que condicionam a salvação ao pagamento dos dízimos; mas, os erros desses não fazem acertadas as reservas dos que cultuam a Mamom.
Igrejas sérias prestam contas das finanças com transparência; as que assim não fazem, são do time de Judas que trocam ao Senhor por moedas. Evitemos às tais.

Aquele que ama ao dinheiro sempre arranjará um “argumento” para a sua infidelidade; não poucos desses, deram muito mais do que o dízimo, ante mercenários, quando, esses prometeram que Deus multiplicaria cem vezes, se eles assim o fizessem.

Portanto, não é questão de falta de fundamentação bíblica, pois, a simonia também não tem; mas, de uma vontade corrupta, refém desse amor doentio. “Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda espécie de males, e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e transpassaram a si mesmos, com muitas dores.” I Tim 6;10

O homem íntegro não distorce à Palavra para que ela “diga” o que ele deseja ouvir; antes, submete sua vida à doutrina, para que essa seja regenerada da maneira que O Eterno quer.

Sempre haverá um “Mestre” com ensinos ao gosto do freguês; a internet os tem para todos os paladares; todavia, se alguém devaneia que a necessária marcha pelo caminho estreito seja um passeio gostoso, está rumando à perdição, endeusando aos próprios desejos, alienado de Deus.

“Há um caminho que ao homem parece direito; mas no fim, são os caminhos da morte.” Prov 14;12

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