“Como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse ao que tinha o império da morte, isto é, o diabo.” Heb 2;14
Já fui inquirido: “Por que Jesus precisou encarnar e morrer; não poderia Deus, simplesmente, perdoar aos pecadores?” Não! não poderia. Não se trata da minha falível opinião; antes, da Palavra de Deus. “Se formos infiéis Ele permanece fiel; não pode negar a Si mesmo.” II Tim 2;13
'Mas perdoar aos pecadores arrependidos não o negaria; antes afirmaria Seu Amor'. É. Porém, O Altíssimo preza algumas coisas além do amor. “... Justiça e juízo são a base do Seu Trono.” Sal 97;2
Se, o Amor de Deus se manifestasse de modo a tolher esses valores, justiça e juízo, O Santo estaria negando a Si mesmo. Agindo com parcialidade, deixando sentimentos tolherem Sua Divina e Santíssima Essência. Ele não pode negar a Si mesmo, pelos limites que Sua Própria Santidade estabelece. Não deve satisfações a ninguém.
Na entrega de Cristo havia mais coisas envolvidas que apenas amor; “A misericórdia e a Verdade se encontraram, a Justiça e a Paz se beijaram; a Verdade brotará da Terra, e a Justiça olhará desde os Céus.” Sal 85;10 e 11
Embora o inefável amor pelas almas estivesse atuante, O Senhor o fez sem sacrificar Seu amor por esses valores também.
Vigoraram essas razões, do Divino Ser que estabeleceu o juízo, “vida por vida”; a vida que Adão perdera na queda diante do inimigo era perfeita, eterna; o resgate deveria ser pago por alguém semelhante; de carne e sangue e sem pecados, segundo o preço da própria Justiça Divina. “Convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos...” Heb 2;17
Mesmo os mais justos dos homens que viveram, não estavam qualificados para nossa redenção; Moisés, Jó, Samuel, Noé, Daniel... nenhum. Todos os que nasceram após o degredo do Paraíso, nasceram em pecado e a ele inclinados. Foram homens admiráveis; porque, apesar disso, no temor ao Senhor lograram grandes feitos e deixaram edificantes exemplos; mas eram, como nós, pecadores.
Para efeito do resgate da vida perfeita que Adão perdera, “... nos convinha tal, Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime do que os Céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes oferecer a cada dia sacrifícios, primeiramente pelos próprios pecados, depois, pelos do povo; porque isto fez Ele, uma vez, oferecendo a Si mesmo.” Heb 7;26 e 27
Como O Criador entregara o governo da Terra ao homem, “... multiplicai-vos, enchei a Terra, sujeitai-a;” Gn 1;28 se tomasse de volta para si, simplesmente, o canhoto O acusaria de ser injusto; de ter revogado um dom; A Palavra ensina: “Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento.” Rom 11;29
Desse modo, como o homem perdera o domínio para o inimigo, “... sois servos de quem obedeceis...” Rom 6;16, apenas um filho do homem, poderia redimir ao ser humano. Isso explica porque, O Salvador se fez como um de nós.
Por isso, chamava a Si mesmo de “Filho do Homem”; um fato novo para quem É Deus; o que Ele queria fixar, pontuando a Justiça Divina em curso, no Seu Ministério.
Quando disse depois de ressurreto: “É Me dado todo o poder, nos Céus e na Terra”, aludia a isso, ao domínio perdido na Terra que fora resgatado por Ele; assim, o direito de colocar a casa em ordem por aqui, foi uma conquista Dele; “... O Pai, a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” Jo 5;22 “E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque É O Filho do Homem.”
Desse modo, se tão alto preço foi pago, porque o Excelso Amor Divino, por nós, não sacrifica à justiça, a qual, também ama, como existem pregadores modernos pretendendo embarcar pecadores no vagão do amor, sem antes passar pelo guichê da justiça?
Essa ênfase exagerada na graça, dos que acusam aos mais sóbrios de “religiosos, legalistas, tóxicos” etc. tentando parecer que a igreja é um ambiente de entretenimento, invés de um hospital de campanha em pleno combate, é falsa, doentia.
Nossa justiça é como um trapo imundo, por isso carecemos da de Cristo, em nosso favor. Ele condiciona a remissão, a uma rendição incondicional; “negue a si mesmo, tome sua cruz e Me siga.” Até onde? Paulo pergunta: “Não sabeis que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, o fomos na Sua morte?” Rom 6;3
Depois, explana o que isso significa: “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo, na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela Glória do Pai, assim, andemos em novidade de vida.” Rom 6;4
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