“Mas, pela Graça de Deus, sou o que sou; Sua Graça para comigo não foi vã, antes, trabalhei muito mais do que todos eles, todavia, não eu, mas a Graça de Deus que está comigo.” I Cor 15;10
“Porque a Graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século, século, sóbria, justa e piamente.” Tt 2;11 e 12
A Graça tem sido usada de modo a corroborar conveniências ímpias, muitas vezes, para prejuízo dos proponentes. Tais, a apresentam com “patrocinadora” da licenciosidade, justificadora da omissão, opositora da disciplina. Ela fez tudo; a nós restaria desfrutar.
Paulo apresentou seu árduo trabalho na Obra de Deus como contraponto à Graça, sem o qual, - defendeu - a mesma teria sido vã; escrevendo a Tito abordou sua abrangência plena, porém, ensinou renúncia dos modos ímpios e mundanos, como nossa necessária contrapartida ao Amor Divino.
Não venham raciocínios falazes, maniqueístas, dizendo que estou esposando a salvação por obras. A Palavra é categórica: “Porque pela Graça sois salvos, por meio da fé, isso não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras para que ninguém se glorie.” Ef 2;8 e 9
Sendo a fé uma virtude abstrata, a única forma tangível dela se deixar ver, é mediante nossa maneira de agir, se, deveras a possuímos; no mesmo texto que diz que a salvação não é pelas boas obras, essas são colocadas como necessárias, pelo querer do Salvador; “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus, para as boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10
Assim, as boas ações em Cristo não são um meio de salvação; antes, um meio de evidenciarmos que fomos salvos pela Graça do Senhor; “... mostra-me a tua fé sem tuas obras, que eu te mostrarei a minha, pelas minhas obras.” Tg 2;18
Infelizmente, desfilam por aí todo tipo de “engraçados”, digo, dos que acreditam que a Graça fez tudo; a eles não resta nenhum afazer. Ora, O Salvador foi categórico quanto ao propósito da salvação: “O Lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar os frutos da terra.” II Tim 2;6 “Eu Sou a videira verdadeira, Meu Pai É O Lavrador” Jo 15;1 “Nisto é glorificado o Meu Pai, em que deis muito fruto, assim sereis Meus discípulos.” Jo 15;8
Não poucos, refratários à necessária mordomia cristã, tentam disfarçar sua avareza e egoísmo sob as vestes da graça; desigrejados usam o argumento que se decepcionaram dentro de igrejas; agora não carecem mais delas, afinal, seriam “Templos do Espírito Santo” e bem podem se arranjar diretamente com O Senhor.
Assim como a graça recebida por alguém produz frutos visíveis, igualmente, O Espírito Santo, preenchendo um templo, não o levará errante, ensimesmado, separado do “Corpo de Cristo.” Decepções em nossa caminhada são “ossos do ofício”; “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo.” Jo 16;33 Muitos não entenderam a natureza da peleja, na qual foram chamados a fazer parte.
Nos dias de Gideão houve um chamado à covardia; digo, a que os covardes abandonassem a peleja, fossem para casa; Jz 7;3 O Eterno não queria que, uma vitória que Ele daria graciosamente, fosse um fomento à presunção.
Depois da Cruz de Cristo, não resta a mínima chance verossímil, de alguém presumir que será salvo pelos próprios méritos. Mesmo os mais valentes carecem da bendita remissão; são capacitados pelo Espírito Santo, para o necessário combate.
As decepções são estocadas do inimigo em nossa peleja; os adestrados pra mesma se esquivam com o “Escudo da fé”. A alguns hebreus que estavam decepcionados, e cogitando retroceder foi apresentado um enorme rol de gente que dera a vida por amor a Deus, os chamados “heróis da fé” e depois cotejadas as duas situações; “Ainda não resististes até o sangue, (como eles) combatendo contra o pecado.” Heb 12;4
Eventualmente nossas “razões” precisam ser vistas contra um pano-de-fundo melhor, para que entendamos que não temos razão.
Enfim, fomos salvos pela Graça inaudita; porém, desafiados às renúncias de paixões mundanas, “empoderados” em Cristo, para os enfrentamentos necessários; “A todos que O Receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus; aos que creem no Seu Nome.” Jo 1;12
Não precisamos buscar atenuantes para nossos pecados, antes, perdão. Os pecados alheios que observamos são advertências para que não os imitemos; não, motivos para que nos acovardemos.
Devemos vestir a “Armadura de Deus”, triunfar Nele; o chamado agora, não é para covardes, como foi aquela vez; antes, como nos dias de Josué: “... Passai e rodeai a cidade; e quem estiver armado, passe adiante da Arca do Senhor.” Js 6;7
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