quarta-feira, 2 de abril de 2025

A disciplina


“Mas se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;8

A disciplina, uma necessidade; a sua ocorrência, nuance da identidade dos filhos de Deus. Sem ela, nada feito; a pretensa filiação espiritual é falaciosa.

Somos, pela conversão, capacitados a agir como filhos do Eterno, porque Ele espera que assim o façamos; “A todos que O receberam deu-lhes poder para ser feitos filhos de Deus; aos que creem no Seu Nome.” Jo 1;12 Logo, a disciplina é exigida dos filhos, porque foram capacitados a suportá-la. “Os Seus mandamentos não são pesados.”

Com a infiltração da psicologia, que trata erros morais como “transtornos, síndromes”, enfim, enfermidades; e do feminismo, que despreza o complementarismo entre os gêneros forjado pelo Criador, esposando o “igualitarismo”, a ideia de disciplina vem perdendo espaço.

Ora, perversões sexuais como homossexualismo, zoofilia, pedofilia, não são transtornos, derivações genéticas; são escolhas; escolhas erradas, na contramão do propósito do Criador.

Ao mínimo indício de correção, a mais tênue nuance de disciplina, presto alguns “gatilhos” disparam, nas almas dos contaminados por isso. O agente da correção é logo rotulado como “tóxico, legalista, religioso”; as aversões mais extremas chegam a abandonar à fé por isso. Muitos, pretendem frequentar igrejas, com os mesmos valores “politicamente corretos” do mundo ímpio.

No entanto, o sisudo texto aquele prossegue: “Sem disciplina sois bastardos, não, filhos.” Pode soar duro, o texto, mas ele foi dado para ser verdadeiro, não, carnalmente palatável.

Que homem e mulher são iguais em dignidade e valor, isso é pacífico; nenhum ativismo é necessário para demonstrar o óbvio. Porém, foram projetados para funcionar de maneiras diferentes. Para se completarem. E como dizia Aristóteles, “A pior forma de desigualdade, é considerar iguais, aos que são diferentes”. Por isso, o complementarismo é sadio, não, o feminismo.

Acaso as próprias mulheres não têm protestado pela desigualdade de competir em esportes com as ditas “atletas trans”, que, biologicamente são homens? Existe alguma forma mais eloquente de reconhecer a desigualdade, no prisma físico? Parece que não. Claro que não é apenas no aspecto físico que somos diferentes. Mas, esse basta para desfazer a falácia do igualitarismo.

Se, do ponto-de-vista dum pastor, ele deve ser exemplo, não um ditador, “Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele; não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; não como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” I Ped 5.2 e 3
No prisma da ovelha, o exemplo observado em seu líder seve ser seguido, sob o risco de incorrer em disciplina, se agir de maneira distinta desse.

Jesus sempre foi severo com a hipocrisia, daqueles que colocavam pesadas cargas nos ombros alheios sem levarem as mesmas nos seus. Assim, não tem autoridade moral nem espiritual, para aplicar disciplina a terceiros, aquele cujo viver não for, disciplinado, irrepreensível, exemplar.

Paulo condiciona a autoridade para corrigir à prática, do que se requer; “Estando prontos pra vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.” II Cor 10;6

O mesmo que O Salvador ensinou com figuras bem eloquentes; “Por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou, como dirás ao teu irmão: deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando com uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, então cuidarás em tirar o argueiro do teu irmão.” Mat 7;3 a 5

Assim, separamos o joio do trigo: A hipocrisia, a falta de noção é uma coisa deplorável, um mal moral que carece de cura; uma doença que costuma infectar, principalmente, aos líderes; a disciplina é uma necessidade vital dos filhos de Deus, à qual devem ser submissos, para preservação do seu relacionamento com O Pai.

Na Antiga Aliança, o sumo sacerdote Eli, que foi omisso na necessária disciplina dos seus filhos foi severamente advertido e duramente punido por isso; “Por que pisastes, o Meu sacrifício e a Minha oferta de alimentos, que ordenei na Minha morada, e honras teus filhos mais do que a mim... os que Me honram honrarei, porém, os que Me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;29 e 30

O juízo por aquelas omissões do pai, ante as muitas profanações que os filhos cometiam, e seguiam impunes, terminou com a morte dos três; Eli, o pai, Hofni e Finéias, os filhos, todos, no mesmo dia.

Embora aos mais desavisados a disciplina possa parecer a castração dum direito, a rigor, é um limite, uma cerca que atua para a preservação das suas vidas. “vivifica-me segundo a Tua benignidade, assim, guardarei o testemunho da Tua boca.” Sal 119;88

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