“... quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade?” Gal 3;1
Para que os cristãos gálatas deixassem a verdade em prol de outro ensino, seria necessário que esse outro, exercesse certo fascínio sobre eles, era a ideia de Paulo.
Invés de buscar pelo ensino, “o quê?” o apóstolo demandou pelo seu agente; “quem?” uma vez que a verdade estava sendo preterida, qualquer coisa no lugar, seria, necessariamente, mentira.
Tudo aquilo que suplementa, suprime, ou distorce o sentido da Palavra, inevitavelmente atua, a serviço de alguma mentira; “Santifica-os na verdade; Tua Palavra é a Verdade.” Jo 17;17
Se isso fosse observado com a devida seriedade, nenhuma seita existiria. Aliás, o que elas têm de fascinante, de modo a atrair seguidores, que a verdade não tenha? A doentia presunção de exclusivismo, que todas as seitas possuem, (salvação só aqui; os outros estão todos perdidos) requer dos sectários, pelo menos, dois vícios. O guruísmo e o orgulho.
O primeiro é um derivado da preguiça mental, de investigar nas Escrituras para ver se os ensinos propostos vêm delas mesmo; caso afirmativo, se a interpretação é honesta, sadia; para que fazer isso, se o Papa, pastor, missionário, apóstolo tal, garante o que está dizendo?
Se, ousasse examinar às Escrituras, entre outras coisas o Simplício encontraria o seguinte: “Maldito o homem que confia no homem; faz da carne seu braço e aparta seu coração do Senhor.” Jr 17;5
A ideia que salvos somos só eu e os que pensam como eu, faz um bem enorme ao orgulho; tipo uma criança com um brinquedo novo, emulando outra com certo sadismo: “Eu tenho, você não tem.”
Além do exclusivismo, as seitas trazem no bojo, a insuficiência da Palavra de Deus. Os católicos têm sete livros apócrifos, a tradição e o Magistério; os Mórmons têm os escritos de Joseph Smith; as testemunhas de Jeová sua “tradução” sui generis, e os escritos da Torre de Vigia; os adventistas os escritos de Ellen White; etc. Todos os grupos citados se pretendem, cada um em particular, ser os únicos salvos; fora deles, todos perdidos.
Há pouco assisti o vídeo de um padre dizendo que os evangélicos vão pro inferno, por não estarem na “Igreja verdadeira”. Disse que nossa Bíblia tem sete livros faltando, e O Senhor advertiu que tirar um til da Palavra bastaria para se perder; é sério?
Os livros apócrifos foram rejeitados pelos mestres hebreus da antiguidade que não reconheceram nos tais, traços da inspiração Divina; invés de questionar, por que foram rejeitados, a pergunta é: Quem os colocou? Por quê? O que há neles que falte nos demais Textos Sagrados?
Mas, se ele acha condenáveis os que alteram à Palavra de Deus, por que eles alteraram os dez mandamentos? Trocaram o sábado pelo domingo, omitiram o que veta às imagens e dividiram em dois, o décimo, para completar o vazio. “Pelas tuas palavras serás julgado.”
O objetivo da Lei não é salvar, mas deixar patente que precisamos ser salvos; ela não pode nem deve ser alterada. Não estou esposando, como os adventistas, a guarda do sábado; vivemos segundo a “Lei de Cristo”; mas o que está escrito não pode ser mudado.
Vi também a capa de um vídeo católico que apresenta a foto do farsante mirim, o Miguel de Oliveira com a pergunta: “Está contente, Lutero?” Como se, a reforma fosse em defesa de farsantes; não caro “filho de Francisco”, a reforma foi contra os desvios doutrinários que afrontam à Palavra de Deus.
Vendo a prostituição do Papa, defendendo e propondo o ecumenismo que valida a tudo, depois de ter passado milênios defendendo que “fora da Igreja Católica não há salvação” e aprendendo que agora, “todos estão certos”, não importa no que creiam, e seguir se achando os donos da verdade, chega a ser patético, como ouvir o Alexandre de Morais, “defendendo à democracia”. As narrativas, por prostitutas que sejam, seriam mais fortes que os fatos, francamente!
Ora, salvação não está numa instituição, antes, numa pessoa: Jesus Cristo; e os ensinos Dele estão na Sua Palavra, plenos, sem necessidade de suplemento, acréscimos quaisquer, nem permissão para supressão nenhuma; o que exceder a isso é falso, não importa se o agente se diz católico, evangélico, adventista, mórmon, o que for.
Ah, mas você gosta da sua religião e não aceita que ninguém discorde; problema seu!! Seu eu estiver ensinando diferente da Bíblia, preciso e posso ser corrigido, será um bem para mim. Como dizia Sócrates, “Livre-me da minha ignorância e te terei na conta de benfeitor”.
O Evangelho genuíno não exerce fascínio; confronta, entristece, desnuda; mas, obedecido, salva. Fora dele, qualquer liderança, use o rótulo que usar, está a serviço da oposição, pois, não obedece à verdade.
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