“O ímpio atenta para o lábio iniquo; o mentiroso inclina os ouvidos à língua maligna.” Prov 17;4
A mesma ideia repetida com palavras diferentes. Que pela identificação, aquele cujo caráter é mau, tende a aproximar-se dos seus semelhantes.
Dessa fonte a simbiose entre cabritos e falsos mestres. Onde o verossímil é buscado mais que o verdadeiro. Tais já têm uma inclinação; só carecem de “doutores” que encaixem “biblicamente” os seus anseios.
Todo tipo de perversão no varejo, é em desdobramento de alguma dispersão do atacado; quando, produtores e produto da heresia se contemplam, como que, olham num espelho.
Assim, já ouvi muitos mestres dos “desigrejados” usando a Parábola do Bom Samaritano, para “provar” que os que estão fora do “sistema” são melhores que os de dentro. Portanto, basta que façamos o bem, como fez o tal, e estará tudo certo. Será que foi isso mesmo que O Mestre ensinou?
No contexto um escriba dera uma sábia resposta, sobre salvação. Quando a conversa derivou para o amor ao próximo, ele perguntou quem seria esse; aí, O Salvador narrou a parábola e devolveu a pergunta, sobre quem fora o próximo do que estava necessitado.
Duas coisas saltam aos olhos nesse incidente: a denúncia que mera religiosidade vazia, sem engajamento amoroso não tem valor; e a verdade que, outro, mesmo sem nosso envolvimento espiritual pode atuar melhor que nós, se formos omissos em fazer o que nos cabe. Isso resulta na diatribe à hipocrisia, e na insanidade do preconceito, dado que, quem agiu bem foi um samaritano, dos quais os judeus não gostavam.
Dizer que a hipocrisia e o preconceito são coisas más, e que mesmo um leigo transeunte pode agir infinitamente melhor do que quem erra nisso, não embasa a doutrina da salvação mediante as obras, nem cria um lastro sobre o qual, os ditos desigrejados possam andar seguros.
Mas os “desigrejados tem mais que isso; A Palavra ensina que somos “Templos do Espírito Santo”, logo, quem precisa de outros templos? É há textos que dizem; “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus e não sois de vós mesmos” I Cor 6;19 O verso anterior deixa ver que no contexto se veta à fornicação; “Fugi da fornicação, porque todo o pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o que fornica peca contra seu próprio corpo.” V 18
Há mais textos que figuram nossos corpos como templos espirituais. Sempre, numa exortação à necessária santificação; nunca, como sendo um templo alternativo, na posse do qual, pudéssemos nos eximir de congregar.
Em II Cor 6; 14 a 16 somos exortados a nos separar, dos infiéis, dos injustos, dos que estão em trevas, dos filhos de Belial, e dos idólatras, para que, nosso “templo” seja habitado pelo Senhor. Em momento algum preceitua que nos separemos dos irmãos; antes, promete uma habitação coletiva, na congregação. “Por isso, saí do meio deles e apartai-vos, diz O Senhor; não toqueis nada imundo e Eu vos receberei. Serei para vós Pai, e sereis para Mim, filhos e filhas, diz O Senhor, Todo Poderoso.” Vs 17 e 18
Por fim, versam os seguidores dos “Mestres desigrejeiros”, “O dízimo era da Lei; vivemos na era da graça, em nenhum lugar o Novo Testamento se fala dele; não carecemos pagar, pois.”
Na verdade, o dízimo era mui antes da Lei. Foi regulamentado nos dias dela em atenção ao ministério dos levitas. Abraão o pagou; e todos os salvos pretendem ser descendência espiritual dele.
Paulo fala de modo indireto, mas basta honestidade intelectual para ver.
“Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito de vós recolhamos as carnais? Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, mais justamente nós? Mas nós não usamos deste ‘direito’, antes, suportamos tudo para não por impedimento algum, ao Evangelho de Cristo. Não sabeis que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? Os que estão de contínuo junto ao altar, participam do altar? Assim, ordenou também O Senhor, que os que anunciam O Evangelho, que vivam do Evangelho.” I Cor 9;11 a 14
“Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito de vós recolhamos as carnais? Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, mais justamente nós? Mas nós não usamos deste ‘direito’, antes, suportamos tudo para não por impedimento algum, ao Evangelho de Cristo. Não sabeis que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? Os que estão de contínuo junto ao altar, participam do altar? Assim, ordenou também O Senhor, que os que anunciam O Evangelho, que vivam do Evangelho.” I Cor 9;11 a 14
Não estou legislando em causa própria, não recebo dinheiro de igrejas; mas, há muitos ministros probos que o recebem dignamente. Sem o quê, a Obra de Deus seria inviável. Sabemos que há muitos salafrários por motivos rasos; Deus os julgará.
Todavia, os que precisam de “mestres”, munidos da necessária desonestidade intelectual, para envernizar a insubmissão e o amor ao dinheiro como doutrina bíblica, acharão aos montes, e se completarão. Como vimos ao princípio, “O ímpio atenta para o lábio iniquo; o mentiroso inclina os ouvidos à língua maligna.”
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