domingo, 17 de abril de 2016

PT: O Juízo, afinal

“Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força; Ele muda os tempos, estações; remove os reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios, conhecimento aos entendidos.” Dn 2;20 e 21

Alguns tentam alienar Deus das coisas terrenas, como se fosse Rei apenas nos Céus, e mandasse algumas “circulares” à Sua Embaixada na Terra, a Igreja. Entretanto, no sonho onde deu a Nabucodonosor a suma das peripécias humanas, digo, na interpretação que deu a Seu servo, Daniel, ficou patente Seu domínio sobre os reinos terrenos, creiam os homens, ou, não.

Como bem disse o Profeta, “estabelece e remove reis.” Quem pensa, pois, que O Senhor dos Senhores, e Rei dos Reis, reina estritamente sobre Seus servos, engana-se. Quando Pilatos jactou-se que tinha poder para crucificar a Jesus, ou, libertar, O Salvador respondeu: “Nenhum poder terias contra mim, se, do Alto não te fosse dado”. O “Alto” para Jesus não era César, antes, Deus. Assim, nenhum governo humano, por ímpio, corrupto, ateu que seja, existe alheio à Vontade, ou, Permissão Divina.

Aliás, O Senhor puniu a um rei de Israel que fez um acordo político, de vassalagem a Babilônia, quando vencido; idos os caldeus, esqueceu seu juramento e buscou apoio do Egito. Confirmou com aperto de mão, jurou por Deus, depois, traiu. “Porque desprezou o juramento, quebrando a aliança; eis que ele tinha dado sua mão; contudo fez todas estas coisas; não escapará. Portanto, assim diz o Senhor Deus: Vivo eu, que o meu juramento, que desprezou, a minha aliança, que quebrou, isto farei recair sobre sua cabeça.” Ez 17;18 e 19

Assim, o que acontece no Brasil hoje, é bem mais que escaramuças políticas opostas em busca de poder, antes, é o Juízo de Deus para com um governo mentiroso, corrupto, desleal, defensor de valores que afrontam aos preceitos Divinos.

O provável impeachment não é obra da oposição, tão fraca, condescendente; tampouco, golpe, como reverberam os desafeitos aos fatos e as leis. Começa que, a proposição primeira do impedimento veio do Dr. Hélio Bicudo, ex fundador do PT, assessorado depois, por Janaína Paschoal, e Reale Jr.

O maior adversário da peleja de hoje é o PMDB, nas figuras de Cunha e Temer, justo, o partido que foi coadjuvante do domínio Petralha por treze anos. Assim, o PT não está sendo alvejado de fora, como tentam fazer parecer. As mais graves acusações derivam de Ex dirigentes da Petrobrás, empreiteiros, Delcídio Amaral, ex líder do Governo no Senado. Tudo “fogo amigo”.

O PT está implodindo, caindo de podre, morrendo de Petismo; quem o está julgando é O Todo Poderoso que Reina acima dos pretensos poderosos da Terra. Mesmo que o Impeachment não passe hoje, governarão como? Com cento e poucos Deputados, um Ministério inchado, inútil, uma Presidente sem credibilidade nenhuma? O PT já caiu e finge não saber.

Claro que haverá violências, badernas, pois, esses bravos “defensores da democracia” não reconhecem nada que os desfavoreça, mesmo previsto em lei e demonstrado mediante fatos. Agora, pretender incendiar o país, como ameaçam, armados de mortadelas é exaltar a falta de senso do ridículo.

E não me venham as viúvas dos corruptos acusando Eduardo Cunha, como se, meu texto visasse embasar sua corrupção também. Deus usa o que lhe apraz, e, como bem disse Roberto Jefferson, Cunha é um adversário à “altura” de Lula. Para ambos, vale dedo no olho, chutes nas partes baixas, apagar a luz, casca de banana, trair, enfim, a regra é que não há regra. Assim sendo, Cunha serve agora, será julgado depois. Ninguém está acima da Lei.

Contudo, quem pensa que eventual impeachment encerra as coisas, o poder muda de lado e a banda segue, repense. Há muita sujeira ainda, muitos empréstimos “top secret” que serão abertos nas mãos de outro governo com um mínimo de probidade. A derrocada apenas começou.

Entre outras coisas, na gravação dos ditos de Lula, acusou aos promotores da “República de Curitiba” de se sentirem deuses porque são crentes. Bem, não são, mas, se enfrentam tais riscos, inclusive das próprias vidas, pelo triunfo da justiça, fazem sim, a Vontade de Deus de um modo digno, honroso. Sejam abençoados e protegidos pelo Eterno, pois!

Claro que a maioria dos agentes favoráveis ao impedimento pode ter suas máculas também; o que não torna seu voto favorável, nulo. Mas, quem tem maior responsabilidade, autoridade, recebe o mais intenso juízo.


Invés de usar seu poder para coibir, o faz para incremento da corrupção. Os petistas sinceros que estão tristes achando que perdem, entenderão depois, que, mesmo sua intenção sendo boa, sua visão estava prejudicada. O melhor para o país é o império da verdade, da justiça.

Aflições, o preço da vida

“Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate, aflições.” Heb 10;32

Interessante teor dessa exortação feita aos hebreus. Apresenta os combates, aflições, como consequência de terem sido iluminados. O labor inicial do inimigo é preservar seus cativos na cegueira. “Mas, se ainda nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4; 3 e 4

Contudo, aos que que têm olhos abertos pelo Senhor, esses, persegue, aflige. Diz-se, vulgarmente: “O que os olhos não vêm, o coração não sente.” Em parte isso é verdadeiro. Em parte, pois, saudade, por exemplo, sentimos de algo que escapa às nossas vistas. Mas, a ignorância espiritual pode ensejar sensação de segurança a alguém morto.

Lembro o comercial de certo detergente que dizia: “Porque se sujar faz bem”. A ideia era que, é salutar crianças brincarem livremente nessa idade de tantas descobertas, o que acaba sujando-as, mas, que fossem felizes, o dito sabão cuidaria da sujeira.

Tanto quanto, crianças tendem a se sujar de modo divertido, assim, nossa natureza. É muito mais fácil o pecado, mais confortável o escuro. Paulo escrevendo aos romanos lembrou-os de como era tranquila a vida deles, antes do advento da luz, disse: “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20 Ou seja: Não tínheis compromisso com obras justas, podíeis fazer o que quisésseis. Porém, restava uma questão: “Que fruto tínheis então, das coisas que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” V 21

Vemos que as facilidades de se viver “no escuro” alienados da justiça, são, no fim das contas, contraproducentes, pois, induzem à morte. Salomão dissera: “Há um caminho que parece direito ao homem, mas, seu fim são os caminhos da morte.” Prov 16;25

Assim, a Luz de Deus não incide sobre nós para que tenhamos facilidades, antes, vida. Aliás, o pretenso convertido que puder se gabar que vai tudo de vento em popa, sem problemas, “só vitória” como jactam-se alguns, tem boas razões par duvidar de sua regeneração. Combates, aflições, são inerentes à vida cristã.

Pedro expressou isso: “Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas, alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas, quanto a vós, é glorificado.” I Ped 4;12 a 14

Vemos que nossa firmeza, mesmo entre aflições, resulta na Glória de Deus. Nem toda aflição, porém, deriva de ataques do inimigo por causa de nossa fidelidade. A maioria delas, aliás, se dá pela infidelidade, por ficarmos aquém das Santas demandas do Espírito de Deus em nós. Há justos que sofrem sem causa própria, como Jó, Jesus Cristo, e, eventualmente, qualquer de nós; mas, geralmente arde o fogo das aflições com nossa própria lenha.

Se nos afligimos por que falhamos é a correção de Deus nos buscando; “Porque o Senhor corrige o que ama; açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija?” Heb 12;6 e 7

Também aqui deriva de termos sido iluminados, pois, como saberíamos que afrontamos Deus, se, desconhecêssemos Sua Vontade? Assim, nossa “conta de luz” espiritual requer que andemos segundo o que sabemos, para que a eficácia do Sangue de Cristo incida sobre nós. “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

Porém, se, fazendo tudo certo formos afligidos, aí será o inimigo “pagando recibo” que, Cristo em nós está visível como uma cidade edificada sobre um monte. Não descansemos até chegarmos a isso.

Pois, os hebreus, alvos da exortação inicial entraram à fé com bravura, suportando combates, mas, pouco a pouco começaram fraquejar; por isso, a evocação de seu bom início, e mais: “Não rejeiteis vossa confiança, que tem grande, avultado galardão. Porque necessitais paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa... Mas, o justo viverá da fé; se recuar, minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para perdição, mas, daqueles que creem para conservação da alma.

” Vs 35, 36, 38 e 39

sábado, 16 de abril de 2016

Multidão: Sábia ou, imbecil?

“Foi, falou com os principais dos sacerdotes, e com os capitães, de como O entregaria; os quais se alegraram, convieram em lhe dar dinheiro. Ele concordou; buscava oportunidade para O entregar sem alvoroço.” Luc 22;4 a 6

Me intrigava, assim que dei os primeiros passos em Cristo, por que, sendo Ele uma figura pública, facilmente encontrável, precisava ser entregue por um traidor? Contudo, era justamente sua publicidade que O “escudava”, só um dos Seus poderia entregá-lo num momento de privacidade, sem concurso da multidão que tumultuaria. Esse foi o papel de Judas.

Invés de usarem à multidão para escudar alvos, estilo nosso “Não vai ter golpe”, buscaram apenas seu objetivo, posto que, inocente, evitando, inicialmente, o concurso da multidão.

Os gregos não tinham um conceito elevado das multidões, antes, o oposto disso. Lembro uma cena do “Banquete” onde uns oito pensadores deveriam fazer cada qual, por sua vez, um discurso de elogio ao amor. Quando chegou a vez de Agatão, o dramaturgo, ele disse estar tímido ante à tarefa. Alguém lembrou-o que no teatro acabara de levar a multidão ao delírio com sua atuação, era “craque”. Mas, disse, bem sabeis que a multidão é ignorante. Um homem prudente teme muito mais o juízo de meia dúzia de sábios, que se expor ante uma plateia de tolos.

Não sei se concordo ou discordo dessa análise, embora, “lato sensu” a coisa é mesmo assim. Afinal, a mesma multidão que seria um óbice à prisão de Cristo, devidamente manipulada, estava, depois, ante o Tribunal de Pilatos berrando pela soltura de Barrabás, e, crucificação do Salvador.

Ainda não convencido da “Terra arrasada” dos gregos, suspeito que a qualidade da multidão depende do motivo que a aglomera. E, que há uma diferença diametral, de quando meu motivo é a afirmação de valores, minha consciência, para quando, minha adesão se dá movida pelo som de um berrante ao qual me acostumei; som esse, que por me ser tão agradável dispensa-me de pensar valores, raciocínio lógico, minha adesão à massa é a diluição do meu “Eu”, invés da sua afirmação.

Amanhã teremos, em função do processo de Impeachment, duas multidões antagônicas nas ruas; embora a verde amarelo, será, seguramente, muito maior, como tem sido invariavelmente. Se adotarmos o conceito grego, serão ambos os lados, imbecis, ignorantes. Algum lado deve ter razão, o que o indisporia com os adjetivos aqueles.

Quando é a paixão o elo de uma multidão, esse basta para abstração de todos os demais valores. Tomemos como exemplo a paixão pelo futebol. De um lado os gremistas, de outro, os colorados. Um time qualquer faz um gol, todos os de paixão comum se abraçam, mesmo que, entre eles haja advogados, professores, traficantes, assassinos, policiais, etc. naquela hora mágica não há distinção; estão todos felizes, são “iguais”.

Porém, quando os mesmos atores saem do “Coliseu” para o teatro comum das relações sociais, sua “igualdade” se desfaz, e em muitos casos os coloca em situação de inimizade, conflito. Esse tipo de multidão, pois, que anula indivíduos e valores na massa amorfa, acéfala e apaixonada, não dá para discordar que seja ignorante, pois, aglomera-se em torno de uma bandeira a despeito de outros valores.

Todavia, quando nossas coisas do dia a dia, que são derivadas das decisões políticas também são tratadas sob a bandeira das paixões, essa é a mais perniciosa das paixões, pois, a defesa incondicional de uma sigla a despeito de valores, nesse campo, é mais que contraproducente, é o cidadão traindo a si mesmo.

Infelizmente, nossa política faz dos partidos e seus anseios, Poder, o fim, invés do cidadão e seus legítimos pleitos. Assim, qualquer proposição, de vier “deles” estará errada, a despeito de eventuais méritos; se for “nossa” estará certa, malgrado o concurso de vícios.

Não nos comportamos como empregadores dos políticos que somos, e fiscais de seu desempenho, que deveríamos ser; antes, os temos como nossos “convocados pra seleção” e somos torcedores pelo seu sucesso. Se um dos “nossos” é flagrado em atos de corrupção, não acreditamos como o corno apaixonado que se volta contra quem o adverte da pérfida consorte.


Ora, o crescimento físico se dá imperceptível, ao concurso do tempo, apenas; o espiritual, de um convertido, à proporção que se alimente da Palavra de Deus, buscando entender e praticar à mesma; o crescimento psicológico que forja nossa têmpera demanda decepções, desenganos, dores. O crescimento cívico de um povo, o aprimoramento da consciência cidadã deriva de embates como o atual, onde, à força de sofrer as consequências da incompetência e improbidade, até os alienados são instados a tomarem posição.  Afinal, não temos um partido a preservar; temos direitos, deveres, e um país. Que triunfem a verdade e a justiça!

terça-feira, 12 de abril de 2016

Vida; o "Show do Intervalo"

O ladrão tem trabalho leve e sonhos ruins.” (Provérbio judaico)

Parece que a facilidade primeira do dito “profissional” não compensa, pois, as consequências assomam até nas horas de repouso, de dormir.

A liberdade à qual estamos “condenados” deveria nos fazer mais ciosos de nossas escolhas, que críticos das alheias. Entretanto, somos melhores críticos, que, autocríticos.

Não temos dificuldades com a ideia de colher o que plantamos; nossa dificuldade é com o tempo; não somos bons na arte de esperar.

Eis uma “vantagem” dos ladrões! Seu “trabalho” frutifica imediato. Contudo, aquilo que, reputam frutos, é apenas “plantio”; os sobressaltos da consciência futuros, que hão de perturbar seu próprio sono, são os seus molhos maduros, sua devida colheita.

Não fosse assim, roubar seria até uma arte, para evadir-se, alguém, das agruras da vida.

Na verdade somos inocentes apenas dos dois extremos da existência; nascemos sem pedir, morremos sem querer. Pelo que acontece no “intervalo”, somo responsáveis.

Sabemos que, cuida muito melhor dos bens aquele que os adquiriu à custa de trabalho penoso, que outrem, que os ganhou numa loteria qualquer. Quem experimentou o custo da aquisição, melhor dimensiona o valor das coisas. Tal percepção sempre será efeito colateral do trabalho, não se adquire teoricamente.

As borboletas, os saírem dos casulos passam por penoso estreitamento; justo essa passagem forçada é que dilata os poros de suas asas possibilitando depois, a graça do voo. De semelhante modo, nossos estreitamentos, devidamente avaliados, e nossas escolhas direcionadas por Deus, hão de plasmar asas futuras, compensando dores de agora.

Embora o preço nos seja um tanto doloroso, as recompensas serão sobejas, se, o experimento Divino em nós, layouts de anjos, for, enfim, vertido em arte final com nossa cooperação.

Os anjos iniciais, que foram criados perfeitos, ganharam suas riquezas “na loteria”, não conheceram o sofrimento; assim, mera vaidade, desejos por novidades vitimou a um terço deles, que caíram seduzidos pelo “Anjo de Luz” que hoje reina nas trevas.

Como aqueles, seres perfeitos inclinaram-se à imperfeição, O Criador trabalha em nós, imperfeitos, com o fito de que ajudados pelo Espírito Santo, façamos o caminho inverso.
Na Eternidade, além da incidência de nossas experiências sobre nós mesmos, no sentido de tolherem a tentação de, outra rebelião contra O Eterno, seremos testemunhas do peso das dores, para os anjos que se mantiveram fiéis, e, diverso do comício de Lúcifer, os desencorajaremos às “novidades.”

Hoje, trabalham para nós; segundo a Bíblia,Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” Heb 1;14 No devir, seremos almas salvas, para servir de testemunhas em favor daqueles, que hão de conservar sua santa posição.

Nenhum povo da história se ocupou tanto em entender o sentido da vida, como o fizeram os gregos. Desde priscas eras, de Tales de Mileto, Anaxágoras, Anaximandro, Heráclito, etc. os chamados pré-socráticos, que, laboraram em seus dias, para entender a natureza.

Em Sócrates tivemos um “Upgrade”, deixou ele de se ocupar com a origem da matéria, para preocupar-se com a higidez das almas. “Conhece a ti mesmo” era seu lema. Esse conhecimento da alma humana, que atingiu como a nenhum outro, dentre os privados de Revelação Divina, também esposava a necessidade das consequências aos atos.

Então, defendia que é mais infeliz aquele que comete uma injustiça, que outrem que a sofre. Quem é injusto tem uma alma adoecida, carece de cura, advogava. Quem sofria, bem poderia ser justo, e assim, nada deveria temer na eternidade, mesmo que, a injustiça presente lhe custasse a vida, como se deu, exatamente, com ele.

E, foi aos filósofos gregos da época, que Paulo apresentou a humanidade como que, numa redoma de tempo e espaço, cujo alvo seria encontrar a Deus; disse: “E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre a terra, determinando tempos já dantes ordenados, e limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, pudessem achar; ainda que não está longe...;” Atos 17;26 e 27

A ideia de procurar “no escuro”, porém, tateando, estava sendo superada naquele momento pelo advento da Luz, Jesus Cristo. Do autoconhecimento intentado pelos pensadores, estávamos sendo instados ao conhecimento de Deus. “Quem vê a mim vê Ao Pai” dissera o Salvador.

E, a perfeição posta ante nós como Espelho, necessariamente refletirá nossas imperfeições. O reflexo assusta, claro! Não é de Deus que as pessoas fogem, é dos próprios medos.


Estamos “condenados” a sermos anjos, um dia; há dois times deles, e quem escolhe a camisa somos nós. Uma escolha é fácil, como a do ladrão, mas, de consequências nefastas; outra estreita como a da borboleta, mas, que nos garante belas asas no Reino de Deus. 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

O filósofo e o político; água com vinagre

“A missão do chamado «intelectual» é, de certo modo, oposta à do político. A obra intelectual aspira, frequentemente em vão, a aclarar um pouco as coisas, enquanto a do político, pelo contrário, consistir em confundi-las mais do que já estavam. Ser da esquerda é, como ser da direita, uma das infinitas maneiras que o homem pode escolher para ser um imbecil: ambas, com efeito, são formas da hemiplegia moral.”  (Ortega Y Gasset)

Uma síntese que explica muito, das dores sentidas, quando, tentamos debater com alguém usando o método filosófico da busca pela verdade, independente das consequências. Deparamos sempre com a obtusa desonestidade intelectual que caracteriza o político. O que ele definiu magistralmente como hemiplegia moral dos imbecis, isso de nos encastelarmos numa ideologia, direita, esquerda, e, à partir dela construirmos nossas “verdades” alvejando a todos que, se nos opõem.

Suponhamos que um fato qualquer desabone uma liderança política, seja do partido que for. Presto seus defensores tentarão ocultar, defender, justificar, diluir, quaisquer que sejam as consequências sociais do ato improbo.

Ora, se alguém malversa o Erário, seja Lula, FHC, Dilma, Aécio, Marina, Renan, etc. tal está me prejudicando, uma vez que, em parte sou dono também, daquilo que foi malversado.
Se, eu o defender por ser simpatizante de sua ideologia, não passo de um imbecil, como disse o filósofo. Minha ética, moral, paralisa ao frêmito da paixão ideológica, dado que, logo assomará de novo, se, o culpado for dos adversários. “Hemiplegia moral”; nada poderia ser mais expressivo!

A mente filosófica não se satisfaz com o escuro, tampouco, com meias verdades; a do político, por sua vez, descansa sobre as maiores injustiças, desde que, compactue com a ideologia dos seus agentes.

Raul seixas cantava algo dizendo-se idiota ridículo que usava apenas 5% da sua cabeça animal, pretendendo tipificar todo o gênero humano. Não sei se esse número arbitrário tem alguma procedência; mas, que podemos mais, com certeza, podemos.

Como seria nossa nação, se, invés da crassa paralisia intelecto-ético-moral que grassa, houvesse cidadãos conscientes que ultrapassassem a barreira “intransponível” das paixões partidárias, e invés de escudar ladrões, os expusessem, exigindo punição severa pelos males feitos, e excelência funcional dos eleitos que ainda não fizeram males?

O poder, deveras, emanaria do povo, o Estado temeria ao cidadão, e prestar-lhe-ia os melhores serviços possíveis, uma vez que, monitorado por “patrões” aptos, perspicazes. Mas, as paixões, como nos separarmos delas?

Ocorreu por um instante a figura de dois profetas bíblicos, Elias e Eliseu; esse apegou-se àquele e jurou por Deus que não o deixaria; iria onde ele fosse. Mas, como era propósito Divino arrebatar Elias, cuja missão fora cumprida, Deus enviou um carro de fogo e separou a ambos, para elevar Elias num redemoinho.

Qual a relação do incidente com nossa reflexão? Estava pensando no apego das paixões. Elas têm o potencial de cegar, grudar nos ídolos, enfurecer, tornar violentos os seus pacientes, jamais obram visando a lucidez. Paixão é um fogo castrado da luz, mas, veemente para gerar calor. Assim, se não houver uma interferência Divina que separa a alma apaixonada de seu amo, argumentação alguma logrará.

Talvez, depois de ter sofrido algo assim, um poeta disse: “Não te aprofundes nas questões; elas não têm fundo” (Zeferino Rossa)

Por diáfanos e sábios que sejam os argumentos, a cegueira voluntária do apaixonado se encarregará de fazê-los baços, imprecisos, quando não, “errados”.

Ora, que importa a mim quem está no poder, de qual partido é, (sobretudo, onde há mais de trinta partidos ) que importa, digo, desde que, seu trabalho público propicie melhorias sociais verazes, aumento da produção e da distribuição de renda? Empregos, um upgrade na educação, e “de lambuja” os políticos tenham uma conduta ética, cidadã, visão de estadistas, em busca do bem comum? De qualquer viés ideológico, quem lograr algo assim terá meu aplauso, estará fazendo grande bem ao país e fertilizando meu orgulho de ser brasileiro.

Mas, não raro ouvimos algemados cantando loas à liberdade. Digo, os cegos pelas paixões jactando-se de livres, de fazerem escolhas isentos das opiniões alheias. Uma ova! Não passam de gado marcado, tangido por longínquo berrante, propriedade particular de manipuladores.

O homem realmente livre, é também livre das certezas, dada a imperfeição da espécie humana, sujeito a mudanças de convicções, quando os fatos desfizerem as boas expectativas que depositava em alguém.

A dúvida, aliás, é prerrogativa dos sábios; só os imbecis esposam “seguras” certezas.
Temo que dores ainda estejam reservadas para muitos brasileiros no atual cenário, onde, a fogueira das paixões é alimentada todos os dias, e manipuladores escudam-se atrás dos muros da ignorância. Já houve duas mortes, e receio que outras haverá. A indigência mental e moral, costuma cobrar seu preço em sangue.

A Necessária Separação

Tornou, pois, a haver divisão entre os judeus por causa destas palavras.” Jo 10;19

Embora para muitos o sonho de Deus seja a união dos povos, sobretudo, os ditos cristãos, em momento algum a Palavra de Deus menciona tal alvo. Antes, na Oração Sacerdotal, nosso Sumo Sacerdote orou pela unidade dos salvos. Isso equivale à coesão dos que creem e obedecem ao Senhor, não uma mescla de diversos, no estilo de um mosaico.

No texto acima vemos que as Palavras de Jesus causavam divisão. Por quê? Porque seus ouvintes formavam uma dualidade, crentes e incrédulos, invés de uma unidade. Os primeiros O reconheciam, os demais, atribuíam seus poderes a outra fonte. “Muitos deles diziam: Tem demônio, está fora de si; por que o ouvis? Diziam outros: Estas palavras não são de endemoninhado. Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?” Vs 20 e 21

O Salvador advertiu que Sua entrada à humanidade ensejaria mesmo, conflitos, invés de união; ouçamos: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas, espada; porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; assim, os inimigos do homem serão os seus familiares. Quem ama pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim; quem ama filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz, e segue após mim, não é digno de mim.” Mat 10;34 a 38

Usou uma forma ampliada de reiterar o mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas, inclusive, sobre nossos familiares.

Assim, gostando nós, ou não, não existe neutralidade espiritual; estamos com Deus, ou, contra ele. A melhor maneira de aquilatarmos de que lado estamos, é nossa reação à Sua Palavra. Ela sempre nos desnuda, sejamos convertidos ou, não.

O crente, corrigido se arrepende, muda de postura, recomeça; os demais, revoltam-se, descreem, acusam os mensageiros pela seriedade da mensagem, quiçá, como aqueles acima, atribuem ao inimigo eventuais atos de Deus mediante Seus Servos.

A própria Palavra apregoa Sua eficácia: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, penetra até à divisão da alma e do espírito, juntas e medulas; é apta para discernir pensamentos, intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas, patentes, aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13

Na verdade, nesse vasto “campo de nudismo” moral que estamos inseridos, as pessoas não se importam de estarem nuas, desde que, todos estejam “trajados a rigor”.

Entretanto, se ousar entrar no meio um que esteja revestido de Cristo, presto causará divisões; sua postura “não alinhada” destoará do lugar comum. É bem idoso o conflito entre agradar a Deus, ou, aos homens.

Paulo, o apóstolo causou uma revolução quando atuou na cidade de Corinto. Porém, missionário que era, foi adiante. Em dado momento ficou sabendo que os crentes de lá estavam capitulando às pressões de familiares incrédulos, de modo que sua fé, tão vistosa no início, estava sendo mantida a “boca pequena”, como se fosse motivo de constrangimento, invés de alegria.

Ao saber disso apressou-se a dizer-se inocente do “estreitamento” então, vigente; “Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, nosso coração está dilatado. Não estais estreitados em nós; mas, estais estreitados nos vossos próprios afetos.” II Cor 6;11 e 12 Noutras palavras: Eu falo de vossa fé com alegria, coração dilatado; se estais estreitos nisso, é por dardes ouvidos a ímpios, o que não deveis.

Aliás, o preceito foi uma divisão cabal, com todas as letras e detalhes necessários. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?
Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel?
Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; serei o seu Deus e eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, eu vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” Vs 14 a 18


Que os indigentes espirituais que nos acusam de fanatismo religioso prestem atenção: Nosso tribunal de apelação argumentativo é A Palavra de Deus, não uma religião, que pode ser mera invenção humana. Aliás, tais acusações são já, parte da divisão necessária, reflexo das escolhas de cada um. 

domingo, 10 de abril de 2016

O PT e o "Perfume Francês"

Dizem historiadores que em certas residências da França na Idade média, usavam encher potes de pétalas e algumas outras ervas cheirosas para perfumar ambientes. Claro que, sendo de coisas biodegradáveis, tinha “vida” curta. Em pouco tempo a mistura apodrecia. Daí, o que fora um “bom ar” tornava-se um “Pot-pourri”, pote podre em francês.

Na Espanha, o mesmo objeto era nomeado “Olla podrida”, folha podre. O que, dados os efeitos da semântica, como tratava-se de mistura múltipla, passou a ser usado como nome de uma espécie de sopa que faziam por lá.

A palavra correta é pot-pourri, de pot (pote ou panela) + pourri (podre). Segundo o Trésor de la Langue Française, surgiu em 1564 com o sentido de ragu, ensopado de carne com legumes, numa tradução literal do espanhol olla podrida, de significado idêntico.” ( Sérgio Rodrigues )

Assim, o que originalmente nomeara um perfume artesanal, passou a nominar também, um prato. Alguns anos mais tarde, migrou para a música;O termo pot-pourri é aplicado desde o início do século XVIII; o primeiro registo conhecido da aplicação desta expressão data de 1711, ano em que Christophe Ballard (16411715), um editor de música francês, a utilizou numa coletânea de peças que editou.( Wikipédia)

Nesse campo é conhecido até hoje, embora, a maioria use de modo incorreto: Pout Pourri, pois, segundo o mesmo autor, a palavra “Pout”, sequer existe no idioma francês.

Desse modo, pot-pourri que nasceu perfume, tornou-se alimento, depois, música. Entretanto, a ideia central, miscelânea, foi preservada nos três “ambientes” distintos. Seja a serviço do olfato, do palato, ou, por fim, da audição, nomeava uma mistura ampla.

Então, se a linguagem é algo vivo, dinâmico, sujeito a variações conforme o ambiente, tempo, cultura, ainda assim, tende a conservar traços lógicos; não ruma ao antagonismo mesmo que queiramos.

Entretanto, como “nunca antes na história deste país”, as pessoas comuns não sabem mais o que é legalismo, o que é golpismo; o que ditatorial, o que é democrático. “Contribuição cultural” inestimável que os Petralhas estão dando à presente geração. Deve ser uma nuance a mais da “Pátria Educadora” formando consciências politizadas.

Ora, contra isso ou, aquilo, mesmo, a favor, cada um tem direito de ser, uma vez que usufruímos, “ainda” livre arbítrio. Mas, só canalhas, teimam que dois mais dois são cinco; que misturando azul com amarelo resulta vermelho, ou, no caso, que cumprimento da Constituição é golpe.

Desisti há algum tempo de discutir com Petralhas pela simples razão que abomino do primeiro ao quinto, desonestidade intelectual. Uma mente honesta, considera o contraditório, a lógica, os fatos, a lei, o sentido das palavras. Nada disso faz sentido pra eles. Fazem sopa de folhas podres, música com legumes. São os democratas de plantão, detentores do monopólio da justiça social; apeá-los de poder mesmo por veredas constitucionais, é “golpe”.

Lula denuncia que não se chega ao poder sem voto, e exerce fisiológica e descaradamente o terceiro mandato, sem ter nenhum, negociando apoios no meretrício político de seu quarto de hotel.

A luta do Brasil decente é contra a roubalheira, a corrupção, o cinismo, o estelionato, a incompetência, a mentira... contudo, fazem parecer ante incautos que lutamos contra eventuais melhorias sociais, que somos traidores da pátria a serviço dos americanos, elite golpista, mesmo sendo 90% da população que os abomina. Elite, pela própria essência, sempre será uma minoria. Privilegiada, mas, minoritária.

Ora, um debate político, filosófico, requer regras equânimes, não é como meninos jogando bolinhas de gude, onde “livra-se do perigo” quem falar primeiro o que concede, ou, o que veta ao adversário.

Na verdade, pelo menos para o consumo externo o PT começou perfumado, mas, como o pot-pourri, apodreceu. Afinal, o assassinato de Celso Daniel se deu lá no início 2002; agora vem à luz que as motivações eram corruptas, os agentes, políticos. As pétalas eram podres desde o início.

Não queremos agentes políticos que matam eventuais opositores, antes, gente que resolve problemas por métodos civilizados. Só naquele caso são oito mortes. Isso de modo direto, imediato, sem falar noutras milhares, fruto da corrupção, que enseja abandono de estradas, hospitais, segurança... Não queremos agentes assim, de partido nenhum. O PT é a bola da vez, mas, se outros o imitarem, igualmente abominaremos, combateremos.

Claro que o impeachment não resolve por si as coisas, mas, melhora um pouco o cenário, restabelece certa confiança no empresariado, e plasma um mínimo de justiça ante aqueles que começam a duvidar que a honestidade compensa. 

Sair do fundo do poço será penoso, lento; sobretudo, com os vermelhos fazendo o que melhor sabem, oposição, vai ser difícil. Mas, com eles no comando, é impossível.

A coisa apodreceu, fede, e eles insistem que é perfume francês.